Os mais jovens talvez nem saibam exatamente quem foi Freddie Mercury ou nem identifiquem as canções do Queen pelos seus títulos, mas certamente reconhecerão ao menos os trechos mais populares de clássicos do rock como I Want To Break Free, Love of My Life e We Will Rock You, que marcaram a carreira da banda inglesa.
Há ainda outro hit emblemático do grupo, Bohemian Rhapsody, que impulsionou a trajetória daqueles músicos. E é justamente essa canção de estrutura complexa, com características de ópera, que dá nome ao filme, que conta a história da banda formada por Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon.
Naturalmente, devido à popularidade do vocalista, o longa dirigido por Bryan Singer (X-Men: O Filme/2000 e O Retorno de Superman/2006) centra-se na história de Mercury, morto em 1991, aos 45 anos, em decorrência de complicações da Aids. O roteiro, no entanto, só vai até 1985 e não acompanha os detalhes da relação de Mercury com Jim Hutton, seu companheiro até o fim da
vida .
Para interpretar o vocalista, foi escalado o ator Rami Malek, que estrela a série Mr. Robot, exibida no Brasil no canal Space. Malek, que tem fama de tranquilo, foi vítima da fúria de Bryan Singer durante as filmagens. Conhecido por seu temperamento intempestivo, o diretor chegou a arremessar um equipamento elétrico contra o ator.
Singer também chegava atrasado no set e deixava os atores à sua espera, depois que eles passavam horas se maquiando. Mesmo depois de receber uma advertência, continuou a arrumar conflitos e acabou sendo dispensado. Foi substituído por Dexter Fletcher – que dirige Rocketman, cinebiografia de Elton John que estreia em breve -, mas, ainda assim, oficialmente, a direção é de Singer.
Caracterização
Muitíssimo bem caracterizado como Mercury, Malek diz que não quis imitar o cantor: “Queríamos entender por que ele fazia o que fazia. Então, ver todos aqueles artistas, filmes e coreógrafos que o influenciaram foi incrivelmente útil para entendermos seus movimentos e sua forma de apresentação”.
O filme começa mostrando um dos momentos mais gloriosos do Queen, que foi sua participação no histórico show Live Aid, que arrecadava fundos para vítimas da fome na Etiópia. Em seguida, faz um flashback e vai até a infância de Freddie em Zanzibar, na atual Tanzânia, onde ele nasceu.
Graham King, produtor do filme, lembra de outros momentos importantes do longa: “A mudança de Freddie para Londres como imigrante, o preconceito que sofreu, sua timidez e insegurança com relação a sua aparência, o quanto ele lutava em várias batalhas ao mesmo tempo, seu brilho como compositor e músico e como ele encontrou outra família na banda”. Os outros integrantes do Queen são vividos por Ben Hardy, Gwilym Lee e Joseph Mazzello.
Fonte: https://www.correio24horas.com.br