Para matar a saudade do Queen, God Save The Queen em SP

Pedro Antunes

A semelhança é assombrosa, mas o cantor argentino Pablo Padin, de 36 anos, nunca havia se dado conta. Deixando o bigode crescer, bem aparado, ele fica a cara de Freddie Mercury (1946-1991). E é incorporando uma versão portenha do lendário cantor inglês que ele roda o mundo com o God Save The Queen.

O nome é o hino do Reino Unido e uma contestadora música do Sex Pistols. Mas, no caso de Padin, a ideia é homenagear o Queen e, neste tributo, eles já passaram por Europa, Estados Unidos, América do Sul. Amanhã, eles se apresentam na Via Funchal, na Vila Olímpia, às 22h.

Natural de Rosario, ao norte da Argentina, Padin começou a ouvir rock ainda pequeno. Mas foram os arranjos vocais sofisticados do Queen vindos do quarto do irmão que chamaram a atenção do garoto de 16 anos. “A própria imagem de Freddie sempre foi algo que me chamou a atenção”, lembra. “Queria conseguir cantar como ele, e fui treinando, treinando, treinando…”

O God Save The Queen foi criado em 1998. Padin tocava com o baterista Matias Albornoz. “Tocávamos numa banda que tinha um repertório mais variado, não só Queen”, explica o Freddie cover. Um amigo indicou o baixista Ezeguiel Tibaldo, que, por fim, trouxe o guitarrista Francisco Calgaro.

Preocupados com a boa qualidade das músicas executadas, e para serem fiéis a Mercury, Brian May (guitarra), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria), os argentinos passaram um ano ensaiando. “Isso tudo faz parte da excelência, do nível de qualidade que queremos atingir. O Queen é uma banda com fãs fervorosos. Precisamos ser perfeitos”, diz o vocalista. “Começamos em lugares pequenos, para pegar o ritmo no palco. Tudo faz parte do show.”

A primeira visita ao Brasil foi em 2006, e a última, no ano passado. Segundo Padin, o público brasileiro se equipara ao chileno quando o assunto é empolgação. “É claro que é difícil comparar os públicos, mas eu acho que vocês gostam muito de rock e têm uma disposição enorme para dançar, cantar, isso tudo me impressiona.”
O repertório é escolhido a dedo para pegar os fãs pela emoção. Clássicos são selecionados entre os 17 álbuns da discografia completa do Queen: We Will Rock You, Love of My Life, Crazy Little Thing Called Love, Radio Ga Ga e Bohemian Rhapsody, esta última a preferida de Padin.

Em 2011, foram comemorados os 65 anos de nascimento de Freddie Mercury, que morreu em 1991, após ter contraído HIV. O mundo nunca mais viu (ou ouviu) outra banda tão inventiva. Então, quando o cansaço pela falta de novidade nas rádios bater, ouvir um clássico é sempre uma saída acertada. E Padin, com um bigode verdadeiro (segundo ele) é uma opção interessante. ::

DIVIRTA-SE
God Save The Queen – Um Tributo ao Queen.
Via Funchal.
R. Funchal, 65, Vila Olímpia.
Telefone: 3846-2300.
Sexta-feira (dia 3), às 22h.
R$ 80 a R$ 220.


Fonte: http://blogs.estadao.com.br/jt-variedades
Dica de: Roberto Mercury

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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