A já tradicional “We are the champions” foi a música que embalou o início de segunda-feira de Lewis Hamilton. O inglês aproveitou a noite em São Paulo, bebeu mais água que bebida alcoólica e percebeu o que conquistara no domingo à tarde: o título da F-1.
Durante entrevista no Hotel Hilton, afirmou que saiu renovado da comemoração, pois viu a felicidade geral dos funcionários da McLaren.
“Mais para o fim da noite, estava sentado lá e ouvi uma música, ‘We are the champions’, do Queen. Vi todos os membros de minha equipe, meus mecânicos, meus engenheiros, o pessoal de refeições, os chefes, meu pai, todo mundo. Todos estavam muito felizes”, declarou.
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“Ver o quanto você os deixou felizes, o quanto eles trabalharam e o quanto estão satisfeitos foi um sentimento que não pode ser colocado em palavras.”
O campeão sentiu-se bem consigo mesmo e considerou ter sido bem-sucedido no aprendizado, pois, em 2007, perdeu o título pelo mesmo ponto que neste ano deu-lhe a taça. “Foi realmente legal ver essa coisa, e, depois disso, estava pronto para ir para a cama. Aprendi minha lição do ano passado”, disse.
A noite de Hamilton foi sossegada, mas ele às vezes não consegue acreditar no que obteve: “Acordei relaxado nesta manhã, satisfeito e cheio de energia. Senti-me realmente revigorado. E vem à minha mente: ‘Wow, você é um campeão do mundo’. Nunca em milhões de anos pensei que estaria aqui. Tinha sonhado com isso _é por isso que parece que estou sonhando. É por isso que vem à minha cabeça, é para mostrar que é realidade. Então, é uma ótima sensação”.
O mais jovem campeão da história, entretanto, viveu uma grande angústia no fim do GP Brasil, pois estava abaixo da quinta posição e, por Felipe Massa estar em primeiro, o título ia para o brasileiro.
“As duas últimas voltas foram as mais duras de minha carreira inteira. Após a perda de posição [para Vettel], não havia nada a fazer”, disse o inglês, que relatou que estava com menos pressão aerodinâmica que os adversários, o que deixava a pilotagem em chuva mais difícil.
“Acho que, na décima curva, eles disseram-me que Glock estava logo à frente. Ele estava de pneus para seco e sofrendo. Se pudesse ultrapassá-lo, seria ótimo. Não sabia se estava próximo o bastante e somente restavam duas curvas.”
A confirmação do título só veio após o recebimento da bandeirada, o que significou tensão, mas tal sentimento foi seguido de felicidade por ter superado o piloto da Ferrari na classificação final do campeonato.
“Fui para a 11ª curva e vi Vettel ultrapassar [Glock]. Quando o alemão ia para a curva, subi por dentro. Nessa hora, relaxei e pensei que deveria ter feito isso. Esperava que a equipe dissesse: ‘Woo hoo, você venceu o campeonato’. Mas eles não disseram. Então, fiquei em pânico por um segundo. Uma vez que cruzei a linha, fui mais emocional que nunca”, revelou.
Hamilton lembrou que não mais carregará o número 22 no carro, como era neste ano por punição imposta a McLaren em 2007. Agora, será o número um. “Essa é a coisa mais legal que já existiu.”
Fonte: tazio.uol.com.br