Banda ainda possui 52 milhões de ouvintes mensais no Spotify e recorde do Guinness pela permanência no ranking
A venda de catálogos musicais é uma prática antiga desde o início da indústria musical, mas o valor que bandas clássicas são capazes de alcançar quando seu material muda de mãos ainda surpreende. Desde 2016, essa prática se tornou um grande negócio, despertando interesse de investidores em busca de retornos sustentáveis.
Muitos desses catálogos são de artistas estabelecidos, com histórico de sucesso e renda há anos. Nomes como David Bowie, Bruce Springsteen e Whitney Houston se tornaram alvo de grandes gravadoras e fundos de investimento, que competem para adquirir os direitos da música dessas grandes figuras. O mais recente alvo é o catálogo do Queen, que a Sony Music está negociando adquirir por US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5,2 bilhões).
Caso o acordo se concretize, irá cobrir todas as músicas e a propriedade intelectual relacionada a banda, como direitos de logotipos, videoclipes, produtos, publicações e outras oportunidades de negócios. Esse acordo se soma a outras transações recentes, como a venda do catálogo de Justin Timberlake por cerca de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 528 milhões) e de Bruce Springsteen por cerca de US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 2,6 bilhões). Outros artistas, como Bob Dylan, Sting e Shakira, também seguiram esse caminho.
Os direitos musicais são considerados investimentos atrativos, pois continuam gerando receita ao longo das décadas. Além das vendas de música, há oportunidades em licenciamento para filmes, televisão e produtos, garantindo fluxos de receita estáveis.
Com clássicos incontestáveis como “Bohemian Rhapsody”, “Another One Bites the Dust” e “We Are the Champions”, o catálogo do Queen é especialmente cobiçado. De acordo com uma análise recente do jornal americano The Wall Street Journal, um catálogo de música que já valeu cerca de US$ 40 mil (aproximadamente R$ 211 mil) pode custar atualmente entre US$ 4 milhões e US$ 40 milhões (aproximadamente R$ 21,1 milhões e R$ 211 milhões). Se a transação se concretizar por US$ 1 bilhão, será o maior acordo desse tipo já realizado, superando a aquisição do catálogo de Bruce Springsteen pela Sony Music.
A popularidade contínua do Queen é inegável, com milhões de ouvintes mensais no Spotify e um legado que se mantém forte desde a década de 1970. O sucesso da cinebiografia “Bohemian Rhapsody”, há cinco anos, premiada com um Oscar, reacendeu o interesse pela banda, impulsionando ainda mais suas vendas e reproduções.
Com 52 milhões de ouvintes mensais no Spotify, Queen se tornou o mais popular dos artistas clássicos de rock e pop. Desde 2005, segundo o Guinness Book of Records, os álbuns do Queen passaram um total de 1.322 semanas (vinte e seis anos) nas paradas de álbuns do Reino Unido, uma conquista única.
Fonte: https://oglobo.globo.com