A data que contabilizaria os 65 anos de Freddie Mercury não pode e não passou batido nem pelo Google. Merecido? A resposta está na extensa discografia do Queen (mesmo com os altos e baixos) e a carreira solo do cantor.
Por Claudio Campos
Freddie Mercury no clipe de We Will Rock You (foto: reprodução Youtube)
Contar aqui a história de Frarookh Bulsara não é necessário. Isto já foi contado em inúmeros sites, livros, especiais televisivos e revistas. Mas a data que contabilizaria os 65 anos de Freddie Mercury não pode e não passou batido nem pelo Google. Merecido? A resposta está na extensa discografia do Queen (mesmo com os altos e baixos) e a carreira solo do cantor.
Pode parecer um paradoxo, mas Freddie Mercury ao mesmo tempo em que se expressava megalomaníaco e excêntrico, se mostrava humilde – como muitas vezes demonstrou publicamente. Não gostava de expor sua vida pessoal – com o talento que tinha e voz privilegiava já era o suficiente para chamar a atenção do mundo. Foi idéia dele também incluir elementos operísticos no Queen.
O que era apenas um exercício vocálico no álbum Sheer Heart Attack (1974) concretizou-se de forma sublime no trabalho seguinte, A Night at the Opera (1975), “o disco branco do Queen”, um dos melhores álbuns de rock de todos os tempos, no qual ópera, hard rock, heavy metal, progressivo convivem de forma perfeita. Foi a partir daí que o Queen tornou-se uma das melhores bandas de rock de todos os tempos.
Nele, está Bohemian Rhapsody com seus “scaramouches” e “fandangos” – ainda não conhecer um ser humano que não goste dessa música – elevou o Queen ao estrelado. Frediie já tinha o esboço da canção no piano e quando um dia chegou ao estúdio, disse: “E aqui, queridos, é onde começa a parte de ópera”, para a estupefação dos três companheiros, que ficaram sem entender muito bem onde ele queria chegar com esta suíte em quatro partes. Era ópera entrando no rock!
Quem chegou a ter a oportunidade de ouvir o Smile, banda de seus colegas do Queen antes de Freddie Mercury, percebe, de cara, que apesar de Brian May e Roger Taylor, serem excelentes músicos, a banda precisava de um líder carismático, um sujeito que soubesse mexer com as multidões, e de idéias avançadas. E foi ele, que deu a sugestão de trocar o nome da banda para Queen. Além dele ser multi-instrumentista e formado em artes – era artista plástico.
A banda estrearia sua produção em álbuns em 1973, com Queen e em seguida Queen II. Não obtiveram muito sucesso. Mas com o terceiro álbum, Sheer Heart Attack (1973), a coisa mudaria de figura: veio uma sequência de álbuns incríveis, recheados de sucessos que são cantados e lembrados até hoje. We Will Rock You, Radio Gaga, Killer Queen, Somebody To Love, Love my Life, We Are The Champions, I Want To Be Free, e por aí vai.
Algumas curiosidades
Uma vez o lendário baixista do Sex Pistols, Sid Vicious entrou no estúdio errado e dá de cara com Freddie Mercury sentado ao piano e disse: “Ainda trazendo balé para as massas, não?”. O que Mercury respondeu: “Ah, sim, meu caro senhor Feroz. Fazemos o que podemos”.
Freddie viveu na Índia quando criança e seus pais, de origem persa, eram devotos do profeta Zoroastro.
Antes de entrar no Smile, Freddie tocou numa banda de Liverpool, de curta duração, chamada Ibex.
O visual que Freddie passou a adotar no final dos anos 1970, de cabelos curtos e bigode, era uma imitação da estética da moda de bares gays em São Francisco. Estética também utilizada pelo grupo Village People.
Curiosamente, antes do Queen lançar seu primeiro álbum, Freddie lançou um single com a canção “I Can Hear Music” , utilizando o pseudônimo Larry Lurex.
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Fonte: http://bagarai.com.br