São mais de setenta histórias nesta antologia sobre a relação entre donos e felinos, inspiradores de músicas, contos e até comoventes obituários. Maria Ramos Silva deixou que os fiéis companheiros de Kennedy, Cortázar, Lennon ou Bronte se enroscassem no seu colo
Serpentes, cães, pássaros, cobaias. O número 1600 de Pennsylvannia Avenue nunca mais foi o mesmo depois da chegada da família Roosevelt. Neste pequeno zoológico instalado na Casa Branca não podiam faltar Tom Quartz e Slippers, ronronantes senadores de quatro patas. O gato e a gata, predilecção do pai Theodore, um dos muitos nomes famosos cuja cumplicidade com os bichanos merece ser fixada em livro, não constituem afinal novidade no edifício mais célebre de Washington, DC. Já Lincoln, apaixonado por gatinhos, forjara a tradição com o auxílio do seu Tabby, enquanto John Kennedy viu o amor bater a alergia e reservou ao seu Tom Kitten um obituário no “Washington Post”. “Contrariamente aos seres humanos na sua posição, Kitten não escreveu as suas memórias nem procurou tirar partido da sua permanência na Casa Branca.”
Ruth Berger recorda estes e outros episódios em “Alma de Gato”, uma antologia movida a uma amizade com longos bigodes e algumas bolas de pelo, nada que comprometa estas comoventes afinidades. Quase podiam ser elas, as mascotes, a rabiscar estas memórias, que se estendem não só a figuras da política ou das artes, mas também a donos desconhecidos do grande público. Basta pensar nos atributos da flamejante Flanelle, que escrutinava os lápis e os manuscritos do escritor argentino Julio Cortázar, que na sua casa da Provença privava ainda com Theodor W. Adorno, gatinho que inspirou o conto “Como pasar al lado”. Tiger arranhou os dedos de Emily Bronte quando esta escrevia “O Monte dos Vendavais”, Vivian Leigh lia Dickens com a gata Tissy ao colo, e que seria a obra de Edgar Allan Poe, o titular do amigo Plutão, sem a história de arrepiar “O Gato Preto”?
Distintos professores e gurus, a família dos gatos bem viu como Charmaine transmitiu truques de beleza a Cleópatra. Ou como Paul Klee pintou “Gato e Pássaro” em 1928, motivado por Fritzi, um dos muitos ilustres felpudos que o acompanharam ao longo da vida. Freddie Mercury dava presentes no Natal a Tom, Jerry, Oscar, Tiffany, Goliat, Miko, Romeo, Lily e Delilah, para quem compôs uma canção. Já John Lennon era fã de Elvis, o gato que a mãe baptizou em honra de Presley.
No final do século xix, a rainha Vitória patrocinava o primeiro concurso para gatos em pleno Hyde Park. Exemplo de um vínculo que dura além dos tempos de paz. Décadas mais tarde, durante um bombardeamento, Churchill chegou a refugiar-se no bunker com Smokey. Richelieu, ministro da Guerra, tanto caçava bruxas como pôs termo à prática de queimar estes animais nas fogueiras festivas, chegando a viver com 14 destes animais na sua mansão. Ainda na França, a raça chartreux ou cartuxo foi nomeada Tesouro Nacional, graças ao impulso do general De Gaulle, apaixonado pelo seu Gris Gris. Um caso sério de afeição também para Baudelaire, que dedicava mais tempo ao seu Guillaume d’Aquitaine que à própria família e aos amigos. Brigitte Bardot, que no passado entregou a sua “beleza e juventude aos homens”, entrega agora a sua “sabedoria e experiência” aos animais.
Faltaria uma vida a todas estas sete que ficaram para trás se não falássemos do rechonchudo Garfield, personagem de Jim David que homenageia o seu avô, criado a partir de um gato de carne e osso. Fica o conselho do pai do boneco laranja: “Se tratares bem do teu gato, o gato tratará bem de ti.”
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Fonte: http://www.ionline.pt
Dica de: Roberto Mercury
ei marcelo portela,boa noite.gostei da reportagem dos gatos do gato do freddie mas tenho algo muito importante e gostaria que respondesse…bom,é que ano que vem vou pra inglaterra!!!e pelo que sei e li,a mansão que freddie deixou pra mary fica em londres não é mesmo?eu fico com vergonha mas meu sonho é conhecer esta mansão.pode rir,rsrsrsé que eu sou apaixonada por freddie…vc acha que teria o mínimo de possibilidade de eu conseguir realizar este sonho?que meios eu teria que tomar além de ter um inglês muito fluente;sei lá embaixada,polícia rsrs é sério eu não tenho a mínima idéia me passa as fontes aí eu ir pra londres ,saber que estarei tão perto da mansão de meu querido…vai ser muito frustante…comprei o livro dos 40 anos do queen,quanta coisa legal vem nele…marcelo vc deve ser um cara viajado,dá umas dicas aí ?beijos,amo o queen net………………………………………………………………………………verinha…………………………………………….