Músicas que vivem para sempre: entrevista The Works (tributo ao Queen)

Texto e entrevista: Homero Pivotto Jr.  |  http://abstratti.com.br


queen

Um dos tesouros musicais da terra da rainha é uma banda que, despretensiosa ou propositalmente, homenageia a chefe de estado no próprio nome: o Queen. Ogrupo londrino, surgido no começo dos anos 70,revigorou o mundo da música fazendo um somelegante com toques de música clássica e de rock progressivo. O quartetoJohn Deacon (baixo), Brian May (guitarra), Freddie Mercury (voz) e RogerTaylor (bacteria) ficou ativo até 1986, quando resolveu parar as atividadespor conta da saúde de seu vocalista, diagnosticado como HIV positivo. Freddie morreu em 1991, deixando uma legião de fãs órfãos de sua poderosa voz. Mesmodepois da suposta aposentadoria, o conjunto lançou mais três discos – um1989, outro em 1991 e o derradeiro em 1995 (este póstumo e usando materialpré-gravado por Freddie antes de morrer).

A passagem do cantor, pianista e compositor, no entanto, não enterrou a importância do Queen para o mercado musical. Até hoje seus clássicos ecoam pelo globo, sejam em rádios, festas ou nos players de admiradores. Uma prova de que a música dos ingleses transcende tempo e espaço poderá ser conferida durante a edição de setembro da Rock N’ Bira, que ocorrerá dia 14 de setembro, às 22h, no Opinião (Rua José do Patrocínio, 834). Na ocasião, o pessoal da The Works (tributo ao Queen) fará um resgate da obra dos ídolos no palco da open bar.

Pensado inicialmente para ser um espetáculo de música e dança chamado Hammer to Fall Brasil, o projeto acabou não vingando nesses moldes. No entanto, os músicos envolvidos na empreitada resolveram ir adiante, ao menos, como a banda. No momento, o conjunto local é formado por Jairo Borba (guitarra), Tiago Rossato (guitarra), Will Gomes (baixo), Dudu Barbosa (bateria) e Ricardo “Chileno” Durán (voz), além de músicos eventuais de apoio.

Para quebrar o gelo, Ricardo “Chileno” Durán conversou com a equipe da Abstratti sobre a representatividade alcançada pelo Queen e sobre os preparativos para a apresentação.

O Queen é dos nomes mais fortes do rock feito na Inglaterra a partir dos anos 70. No entanto, a popularidade do grupo cresceu mesmo já quase na década de 80. Por que acreditam que isso ocorreu?

Ricardo Durán – Acreditamos que a popularidade nos anos 80 ocorreu devido a uma sucessão de álbuns com grandes sucessos, gerando um grande número de canções que se tornaram clássicos. Sendo assim, despertando a curiosidade em um maior público. Aquele momento na história da música, especificamente para o rock, foi e é ainda muito especial.

Acreditam que a morte do vocalista Freddie Mecury pôs um fim prematuro ao sucesso do grupo? Será que o Queen existiria até hoje caso ele não tivesse morrido? 

Ricardo Durán – Não, achamos que não houve prematuridade, pois a banda já era consolidada, e o Queen vive até hoje. Devido à sua história
pessoal e sua vitalidade como líder, Freddie Mercury deu mais ênfase à banda após ter morrido, pois a repercussão desse fato afetou a muitos dentro do meio artístico. Certamente se estivesse vivo a banda ainda estaria fazendo turnês.

Quais foram as motivações para criar uma banda tributo ao Queen, além do fato de serem fãs?

Ricardo Durán – Em princípio, a banda foi formada para participar de um Musical do Queen (Hammer to Fall Brazil), ideia do nosso baterista Dudu Barboza. No entanto, por motivos burocráticos com gravadora, o musical não saiu, mas a banda seguiu em frente.

E quais são os desafios de manter um grupo assim, levando-se em conta que reproduzir a voz de Mercury – ou mesmo as linhas de guitarra de Brian May – não é uma tarefa simples?

Ricardo Durán – O som e a identidade visual do Queen são únicos! Queremos ser fiéis aos arranjos, tentando nos aproximar ao máximo da
sonoridade. Não é uma tarefa simples! (risos). E como você falou, é uma banda tributo e não propriamente uma banda cover na qual a intenção é também reproduzir os integrantes e sua identidade visual. Tanto é que esta banda tributo conta com dois guitarristas e mais de um vocalista. E não é nada fácil!

Como músicos, quais acreditam ser as contribuições do Queen para o rock atual?

Ricardo Durán – Devido à incrível maneira com que exploraram vários estilos com uma identidade única, acabaram influenciando uma geração posterior no rock, e também grandes nomes da musica pop. Até hoje é possível ouvir nomes expoentes da música atual citando o Queen como grande influência.

Quais canções não faltam no repertório e qual foi a mais complicada de executar? Por quê?

Ricardo Durán – Não podem faltar músicas como ‘Bohemian Rhapsody’, ‘Radio Gaga’, ‘I Want To Break Free’, ‘Crazy Little Thing Called Love’, ‘Play the Game’, entre outras. Todas as músicas tem um certo grau de dificuldade, mas ‘Bohemian Rhapsody’ é a mais complexa. Essa musica é uma obra prima!

Para quem ainda não viu a The Works em ação, como você descreveria um show da banda? Quais qualidades do grupo merecem destaque, em sua opinião?

Ricardo Durán – É um show vibrante, nostálgico, tocado por grandes admiradores do Queen. Nossa principal qualidade é sermos verdadeiros neste trabalho. Nosso objetivo é trabalhar em conjunto para manter a fidelidade do imortal som do Queen.

 

Texto e entrevista: Homero Pivotto Jr.

 

Fonte: http://abstratti.com.br
Dica de: Roberto Mercury

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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