“Freddie Mercury libanês” vê a vida como um desenho animado

O imigrante libanês Mika, cujo disco Life in a Cartoon Motion (A Vida em um Desenho Animado, em português) foi lançado em março, ainda é um desconhecido entre o público brasileiro.
Mas, para matar a curiosidade daqueles que nunca ouviram falar dele, o próprio cantor se define, em sua página no My Space, como um “Beck via Queen” misturado a um “Elton John com toque de Rufus Wainwright”.
Confuso? Nem tanto. Quem já ouviu os falsetes de Scissor Sisters na dançante I Don’t Feel Like Dancing (cuja composição é de Sir. Elton John), vai identificar bem o som de Mika, que embarca na moda dos falsetes, bastante difundida pelos Bee Gees na década de 1970 e, atualmente, pela banda americana liderada pelos vocalistas Jake Shears e Anna Matronic.
A influência musical que o artista compartilha com Scissor Sisters, aliás, é evidente em diversas faixas do disco. Billy Brown, por exemplo, começa com teclados que lembram The Logical Song, do Supertramp, para, em seguida, contar a história de um homem simples, casado, pai de dois filhos, que se apaixona por outro homem.
O Queen é outro traço bastante presente no disco, com arranjos melódicos semelhantes aos da banda de Freddie Mercury. Já na faixa de abertura do disco, Grace Kelly, o cantor diz que “tentou ser como Grace Kelly”, que depois “experimentou um pouquinho de Freddie”, mas que “pode ser qualquer coisa”.
Meio gay? Totalmente. Aliás, Mika fala abertamente de sua sexualidade, presente não apenas nos falsetes, mas também na atmosfera lúdica de músicas como Lollipop (Pirulito), no coloridíssimo encarte do CD (que faria a capa de Yellow Submarine, dos Beatles, parecer discreta) e em letras como a de Billy Brown.
Na última edição da revista Out, direcionada ao público gay, Mika declarou que qualquer um que diga que ele não fala sobre sexualidade ou que ele, politicamente, não sexualiza sua música “por causa de tabus ou por medo de não vender discos, está completamente errado”.
Mesmo porque outras bandas já levaram fama – injusta – de serem gays, como o The Cure, por exemplo, e, nem por isso, deixaram de fazer sucesso. Sem falar em The Smiths, R.E.M. e Legião Urbana, cujos vocalistas sempre foram, além de assumidos, fenômenos de público e de crítica.
Não seria Mika, em pleno ano de 2007, com 3,5 milhões de pessoas desfilando em uma parada gay, que sofreria preconceito músico-sexual, não é?

Fonte: Terra

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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