Saiba o motivo do fim da amizade entre Michael Jackson e Freddie Mercury

Eles tinham desejo de trabalhar juntos em um projeto que tinha a expectativa e potencial de se tornar a melhor parceria musical da história.

Ambos estavam no auge de suas carreiras, além de compartilharem um domínio do carisma, confiança, segurança e criativo, como mostrado em seus clipes e shows.

Michael Jackson foi ao show da banda Queen e conheceu Freddie Mercury nos bastidores, junto com os outros integrantes.

“Nos primeiros dias, três, quatro anos atrás, ele costumava assistir nossos shows no The Forum, em Los Angeles, e acho que ele gostava de nós e então eu o conheci”, disse Mercury à jornalista Lisa Robinson em uma entrevista de 1983.

“Ele continuava vindo para nos ver e, em seguida, começamos a conversar e, durante aqueles dias, saímos juntos. Me lembro de sair para jantar com ele.”

A amizade então surgiu entre eles, além da admiração mútua. Rolling Stone documentou em 1983, uma história durante uma das visitas de Michael aos bastidores para ver Queen. Quando um repórter perguntou a Jackson se ele era fã do Queen, ele respondeu: “Sou fã de Freddie Mercury”.

A história continuou dizendo suas interações: “A banda é alegre. Michael é tímido, parado quieto na porta até que Freddie o veja e salte para reuni-lo em um abraço. Freddie convidou Michael. Ele telefonou a semana toda, principalmente sobre a possibilidade de trabalharem juntos.”

“Os dois têm sido amigáveis ​​desde que Michael ouviu o material que o Queen gravou para The Game e insistiu que o single tinha que ser ‘Another One Bites the Dust’”, prosseguiu a história da Rolling Stone, complementando que Jackson disse “Agora ele me escuta, certo, Freddie?”, com Mercury rebatendo: “Certo, irmãozinho”.

“Quando estou conversando com ele, penso: ‘Meu Deus, ele tem 25 anos e eu tenho 37′”, fala Mercury sobre a diferença de idade deles naquela época. “No entanto, ele está no ramo há mais tempo do que eu.”

As estrelas avançaram com a parceria, começando com as músicas do próximo álbum dos Jacksons, de acordo com a Rolling Stone em 1983, no qual, uma história posterior falava que era para o álbum “Hot Space” do Queen. Diferentes fontes disseram que era para ser um álbum de duetos.

Eles começaram trabalhar definitivamente juntos em demos para três faixas: “There Must Be More to Life Than This,” “State of Shock” e “Victory”, em 1983 no estúdio do Michael.

“Eram ótimas músicas, mas o problema era o tempo, pois estávamos muito ocupados naquele período”, recordou Mercury posteriormente.

Mas o tempo não foi o único motivo que atrapalhou.

O representante do Queen, Jim “Miami” Beach, lembra de ter recebido uma ligação frenética de Mercury durante as sessões. “Freddie disse: ‘Você tem que me tirar do estúdio’”, disse Beach no documentário The Great Pretender.

Quando o representante perguntou por que, Mercury dizia aquilo: “Porque estou gravando com uma lhama. Michael está trazendo sua lhama de estimação para o estúdio todos os dias e eu realmente não estou acostumado, já estou cansado e quero sair.”

Outros documentos revelaram que Michael Jackson não estava gostando do uso de cocaína do Freddie em sua casa. O cantor Elton John também afirmou o vício de Mercury em usar drogas, declarando: “Freddie Mercury era capaz de me superar nas festas, o que já quer dizer alguma coisa. Ficávamos acordados por noites, sentados ali às 11 da manhã, ainda voando alto.”

Reprodução: Internet

Infelizmente as músicas que trabalharam juntos nunca foram lançadas, mas o trabalho conjunto acabou sendo ouvido.

“State of Shock” foi regravada pelos Jacksons e Mick Jagger e lançada como single em 1984. Mesmo tendo gravado “There Must Be More to Life Than This” como um dueto, Mercury a regravou em uma canção individual para seu único álbum solo, Mr. Bad Guy, lançado em 1985.

Em 2014, mais de três décadas depois, uma versão conjunta foi lançada no álbum de compilação do Queen de 2014, intitulado “Queen Forever”, produzido por William Orbit, que também produziu sucessos de Madonna.

“Quando eu o encontrei pela primeira vez no meu estúdio, me surpreendi com uma grande quantidade de deleites oferecidos pelo maior dos músicos”, disse Orbit sobre Michael, segundo a Rolling Stone.

“Ouvir os vocais de Michael Jackson foi emocionante. Tão vívido, tão bacana e comovente, era como se ele estivesse no estúdio cantando ao vivo. Com o solo vocal de Freddie na mesa de mixagem, minha apreciação por seu presente foi levada a um nível ainda mais alto.”

Após esse mal convívio, a amizade entre eles foram acabando. “Eu acho que ele agora fica em casa. Ele não gosta de sair”, disse Mercury também na entrevista com Robinson.

“Ele diz o que quiser, pode ficar em casa. Tudo o que ele quer, ele simplesmente compra.”

Mercury não gostava desse estilo de vida: “Não sou esse tipo de pessoa. Eu não faria isso. Eu ficaria entediado até a morte. Eu saio todas as noites. Eu odeio ficar em um quarto por muito tempo de qualquer maneira. Eu gosto de ficar andando por aí. Apenas minha abordagem individual”, finalizou.

 

Fonte: https://observatoriodemusica.uol.com.br

 

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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