No livro ‘Eu, Elton John’, o cantor de 72 anos, partilha as suas memórias das visitas que fez a Freddie Mercury, pouco tempo antes de este morrer de AIDS, aos 45 anos, em 1991.
Segundo o músico de ‘Rocketman’, o vocalista do Queen manteve, na altura, segredo sobre a doença que sofria, mas os sinais de que o seu estado era grave tornaram-se evidentes para os amigos mais próximos.
“Visitei-o muitas vezes quando ele estava perto de morrer, embora nunca pudesse ficar mais do que uma hora. Era muito perturbador – acho que ele não queria que eu o visse daquela maneira”, recorda Elton John em passagens da sua biografia, citadas pelo jornal ‘Daily Mirror’.
Lembrando o aspeto debilitado do cantor do Queen, detalha que ele “estava muito frágil para conseguir sair da cama, quase cego e o seu corpo coberto de lesões [na pele] de sarcoma.”
No entanto, prossegue Elton John, havia ainda uma réstia daquilo que Freddie Mercury era e representava. “Definitivamente, ainda era o Freddie, mexericando, completamente excessivo. Não conseguia perceber se ele não tinha noção do quão perto estava da morte ou se o sabia perfeitamente bem, mas estava determinado a não deixar que aquilo que lhe tinha acontecido o impedisse de ser ele próprio.”
Conselheiro e amigo nas horas difíceis
Na sua autobiografia, o cantor recorda outros momentos da sua amizade com o vocalista do Queen e de como ele foi um dos que o alertou para o excesso de consumo de drogas – na década de 1980 Elton John estava no auge da sua dependência – e lhe implorou que fizesse uma desintoxicação.O tema da dependência de drogas é amplamente abordado no livro, que contém mais de 300 páginas.
Fonte: https://www.wort.lu/pt