Freddie Mercury e Montserrat Caballé se reencontram em nova versão de Barcelona

Montserrat Caballé adorou ser "imitada" pelo astro Freddie Mercury
Montserrat Caballé adorou ser "imitada" pelo astro Freddie Mercury

Pode um sonho ser realizado e, mais tarde, merecer atualização sem a presença do sonhador? Pode, pelo menos em Barcelona, o último trabalho da carreira de Freddie Mercury (1946-1991) fora do Queen, que ganhou nova versão, batizada de special edition.

O trabalho com a cantora espanhola Montserrat Caballé, concluído oito meses antes da morte de Freddie, parte dos vocais originais e substitui os sintetizadores originais por uma orquestra de verdade, com 80 músicos. E torna mais analógico o projeto, que teve 1 milhão de cópias vendidas em poucos meses.

A história do álbum é bem conhecida dos fãs do Queen. Em 1981, Freddie foi à Opera House, em Londres, assistir a Luciano Pavarotti como solista da ópera Um baile de máscaras, de Verdi. Pela primeira vez ele testemunharia a performance ao vivo do tenor italiano. Mas a maior surpresa da noite foi a mezzo soprano Caballé, que deixou o astro pop em êxtase. “Hoje, ouvi a melhor voz do mundo”, afirmou ele.

Três anos mais tarde, Freddie mostrou um disco da cantora a seu empresário, Jim Beach, e pediu-lhe que viabilizasse algo para os dois. Beach acionou o espanhol Pino Sagliocco, que providenciou o encontro no Hotel Ritz, em Barcelona. Montou-se o equipamento de som e Montserrat ouviu o demo em que Freddie cantava Exercises in free love em falsete, imitando-lhe o estilo. A amizade foi imediata e resultou no disco Barcelona, lançado em 1987. A faixa-título seria apresentada pela dupla na abertura das Olímpiadas, em 1992, mas Freddie se foi antes.

O disco virou um clássico. Por questões de orçamento, o projeto, que radicalizava a porção erudita do trabalho de Freddie no Queen, teve quase toda a parte instrumental criada e interpretada no sintetizador. Agora, o diretor do musical We will rock you adaptou a trilha para a orquestra Filmharmonic, de Praga, e acrescentou instrumentos como o japonês koto (na faixa La japonaise), novas versões de bateria em duas faixas (tocadas pelo filho de Roger Taylor, Rufus) e outro solo de violino (em How can go on). O novo baixo ficou a cargo de Roger Deacon.

O resultado atende as expectativas. Com a orquestra, os arranjos ficam mais cheios, as canções ganham força e lirismo (apesar de técnicos e especialistas considerarem a compressão das vozes excessiva, às vezes). O disco, enfim, respira melhor.

httpv://www.youtube.com/watch?v=Rorm_BklVO8

 

Fonte: http://adminf5.divirta-se.uai.com.br
Dica de: Roberto Mercury

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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