Tributo a Freddie Mercury (1946-1991) : O último pop romântico

“O único que quero é ser feliz , me divertir e ganhar muito dinheiro para comprar umas coisas…” ( Freddie Mercury)

Ele tinha dezoito anos. Lá diplomou-se em design gráfico e artístico na Ealing Art College, seguindo os passos de Pete Townshend. Esse conhecimento mostrar-se-ia útil depois, quando Freddie projetou o famoso símbolo da banda.
Ele tinha dezoito anos. Lá diplomou-se em design gráfico e artístico na Ealing Art College, seguindo os passos de Pete Townshend. Esse conhecimento mostrar-se-ia útil depois, quando Freddie projetou o famoso símbolo da banda.

Em 1985, quando Gloria Maria, da Globo, perguntou a Freddie Mercury o que ele fazia para cuidar da sua voz ele foi cínico na resposta: Mostrou o cigarro aceso na mão… E completou: – Voz…? Não penso nisso…Nem se precisa  dizer o quanto ela ficou sem jeito..

Ponto, a propósito, para a GLOBONEWS, que levou ao ar o vídeo com a história do vocalista e líder do grupo QUEEN, editada , neste final  monótono do ano, quando se repetem exaustivamente as “aparições”d’habitude (?)…

Formado em design e profundo conhecedor das artes e moda – até desenhou alguns modelitos – , Mercury, grande admirador de Lohn Lennonm,  surpreendia pela beleza e alcance de sua voz, reconhecidos pela cantora lírica Montsserrat Caballé,  com quem cantou “Bohemian Rhapsody” e “Barcelona”.

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“Contam alguns que, durante as gravações do álbum Barcelona, ele desafiou Montserrat Caballé, uma das cantoras líricas mais conhecidas no mundo, para ver quem possuía maior fôlego. Mercury venceu com uma grande vantagem” (wikipedia)

Caballé, aliás, tornou-se grande admiradora de Fredie. Compareceu a seu funeral em 1991 e no ano seguinte, na Olimpíada de Barcelona, propiciou a montagem de um dueto virtual com ele em torno da música “Barcelona”, gravada em 1988

Mas, para mim, mero ouvinte ,  ele chegou ao máximo com o seu “We are the Champions” , que cantou, com acompanhamento de toda a galera , no I Rock in Rio.

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Queen – We Are The Champions [Rock In Rio ’85] Can be found on “Rock You From Rio 1985” Queen: Freddie Mercury Vocals Brian May

Mesmo os mais reticentes com a música pop contemporânea, carregada de ritmos dissonantes, letras incompreensíveis e cantores de mau gosto, numa época de metaleiros soberanos no gênero,  ficaram embasbacados com sua performance. (Eu inclusive…)

Ele se ocultava atrás dos seus personagens, como lembra Brian May , o guitarrista do grupo, desde o começo da carreira de Freddie. Sempre foi um tímido. E saltava de um sucesso romântico gravado originalmente  pelos The Platters em 1956  , “THE GREAT  PRETENDERS”, com a  qual parecia se identificar– sempre falava no fingimento – para as mais vibrantes faixas hard rock e glam rock dos discos do QUEEN, com a maior maestria e naturalidade. O glam rock era uma abreviação de glamour rock, uma variante extravagante do rock, própria da Inglaterra, mas forte presença no Brasil, com os “Secos e Molhados” e “Rita Lee& Tutti Frutti”,  na mesma época (anos 70) , carregada de  androgenia, com muita purpurina, maquiagem forte e vestes exageradas.

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Mas mesmo com toda essa extravagância,  Freddie Mercury sugeria um romântico, mesmo – ou principalmente – quando, no episódio relatado acima com Glória Maria, se comportava como um cínico. Talvez porque  tenha carregado consigo, em sua trajetória, o caráter místico da família parsi, onde nasceu em Zanzibar, à época colônia britânica e hoje pertencente à Tanzânia, na África Oriental (wiki), daí retirando um certo sentimentalismo por trás da rebeldia, do sexo e, certamente, drogas.  Seus pais, Bomi e Jer Bulsara, eram parsis zoroastrianos de Guzerate, na Índia e foram para a Inglaterra em 1964.

Ele tinha dezoito anos. Lá diplomou-se em design gráfico e artístico na Ealing Art College, seguindo os passos de Pete Townshend. Esse conhecimento mostrar-se-ia útil depois, quando Freddie projetou o famoso símbolo da banda.

Algo que poucos fãs sabem é que, na escola de artes em que se bacharelou, Freddie era conhecido como um aluno exemplar e muito quieto. Tinha uma personalidade bastante introspectiva. Concluiu os exames finais do curso com conceito A. Possui uma série de trabalhos em arte visual, hoje disponíveis em alguns sites na Internet.

Na faculdade, ele conheceu o baixista Tim Staffell. Tim tinha uma banda na faculdade chamada Smile, que tinha Brian May como guitarrista e Roger Taylor como baterista, e levou Freddie para participar dos ensaios.

Em abril de 1970, Tim deixa o grupo e Freddie acaba ficando como vocalista da banda, que passa a se chamar Queen.

(…)

Mercury compôs muitos dos sucessos da banda, como “Bohemian Rhapsody”, “Somebody to Love”, “Love of My Life” e “We Are the Champions” – hinos eloquentes e de estruturação extraordinária, particulares e sempiternos. Suas exibições ao vivo eram lendárias. A facilidade com que Freddie dominava as multidões e os seus improvisos vocais, envolvendo o público no show, tornaram as suas turnês um enorme sucesso na década de 1970, enchendo estádios de todo o mundo nos anos 80.

(wikipedia)

Há vinte anos de sua morte – (14 de novembro 1991) , a personalidade marcante de Freddie Mercury ainda ressoa por todos os cantos do mundo, ecoando os acordes pos modernos do grande Hino ao Amor   (irrecuperável ) , “I Was Born To Love You”,  de um tempo conturbado pela tragédia da AIDS, justo quando o mundo parecia ter alcançado o caminho do Fim da História. Tudo em vão…Estávamos apenas entrando numa destas dobradiças míticas do eterno retorno da Humanidade.

O Glam rock (abreviação de Glamour Rock) é um gênero musical (sendo um subgênero do rock) criado na Inglaterra , conhecido também como glitter rock. Foi um estilo de música nascido no final dos anos 60 e popularizado no início dos anos 70. Era principalmente um fenômeno inglês que foi difundido em meados de 1971 e 1973. Nos EUA, o Glam rock teve um menor impacto e foi apenas difundido por fãs de música nas cidades de Nova Iorque e Los Angeles.

O Glam foi marcado pelos trajes e performances com muitos cílios postiços, purpurinas, saltos altos, batons, lantejoulas, paetês e trajes elétricos dos cantores. Eram os tempos da androginia e do glamour e suas músicas agitadas de rock n’ roll esbanjavam energia sexual. A ênfase lírica abordava a “revolução adolescente” (T. Rex – “Children of the Revolution “, Sweet – “Teenage Rampage“) assim como uma ampla notoriedade na direção de temas heterosexuais, sobre a decadência e fama[1].

Os cantores de Glam freqüentemente vestem-se de forma andrógina, com maquiagem vistosas, trajes extravagantes não diferentes aos que Liberace e Elvis Presley vestiam quando tocavam em cabarés. Um exemplo famoso seria David Bowie durante a fase de Ziggy Stardust e Aladdin Sane. Ambigüidade sexual percebida era em resumo uma moda: algumas bandas começaram a tocar com trajes patentemente ridículos. O Glam Rock se diferencia do Glam Metal, por ter um som menos pesado.

Fonte: www.paulotimm.com.br
Dica de: Roberto Mercury

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