Marcelo Moreira/AE
O baú do Queen nunca foi tão recheado de raridades ou de material inédito escondido, como no caso dos Beatles, dos Rolling Stones, de Bob Dylan e de Jimi Hendrix. Sendo assim, a solução mais do que adequada para quem tem pouca munição é reeditar toda a discografia em CDs remasterizados e com encartes mais grossos e detalhados. Pode não ser a ideal, mas é a possível para o outrora quarteto inglês que já vendeu 200 milhões de álbuns desde 1971. O Queen completa 40 anos e anuncia a reedição de seus 15 discos de estúdio lançados entre 1971 e 1995. Também deverão ser relançadas ainda neste mês as coletâneas Greatest Hits, de 1981, e Greatest Hits 2, de 1991.
Em março chegam às lojas da Europa e dos Estados Unidos os cinco primeiros álbuns do pacote. Embora ainda não tenha confirmado, a Universal, responsável pelos lançamentos, deve colocar no mercado brasileiro as obras na mesma época. O “Ano Queen” na Inglaterra terá várias exposições fotográficas e de objetos pessoais dos integrantes da banda, documentários e o início das filmagens de uma cinebiografia. E nada está programado para fora de Londres, que, até o momento, concentrará todas as homenagens.
Desprezado no início da década de 70, o Queen conseguiu atingir um patamar de estrelato e de venda de ingressos compatível com Led Zeppelin, Rolling Stones e Who em meados daquela década. De grupo de botecos apertados em 1971, passou a megabanda de estádios lotados em 1976. O fato é que o som pesado do início acabou sendo moldado por um colorido mais pop a partir da obra-prima A Night at the Opera. De subproduto do Led, ganhou personalidade e musculatura própria graças a uma sequência impressionante de hits, como Bohemian Rhapsody, Somebody to Love, We Will rock You, We Are the Champions e Under Pressure…
CORPO E ALMA – Se a cara da banda era o fantástico vocalista Freddie Mercury, a alma e o coração eram Brian May, grande guitarrista que construiu os seus primeiros instrumentos. Com um timbre característico e maneira ímpar de tocar, conduziu o Queen pelas duas décadas seguintes fornecendo o estofo musical necessário para as composições de Mercury, John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria), que também arriscava alguns vocais principais.
A doença de Mercury na segunda metade dos anos 80 – foi diagnosticado com Aids em 1985 – brecou a trajetória vitoriosa do grupo, por mais que os trabalhos de estúdio daquele período tenham ficado muito aquém do razoável para o nível do Queen. As turnês mundiais cessaram – e, ao que parece, a inspiração também. A morte do vocalista, em novembro de 1991, foi o epílogo da carreira gloriosa do quarteto. Um desnecessário álbum póstumo – Made in Heaven, de 1995, com sobras de estúdio e composições inacabadas completadas meio no “chute” – e a insistência em retomar a carreira nos anos 2000 com o nome do Queen só realçam o que ficou evidente no sepultamento de Mercury: a banda morreu junto com ele.
Fonte: www.gaz.com.br
Desnecessário Made in Haven… acho que seria melhor dizer: "desnecessário comentário…" E tem mais Cosmos Rock não é fraco… só não podemos entrar numa de comparar com albuns antigos… é apenas a vontade de BM e RT de fazer o bom e velho Rock'n Roll…!