O Dia: Queen volta ao Rio e traz Paul Rodgers à frente, no lugar de Freddie


Queen volta a tocar no Rio e traz Paul Rodgers à frente, no lugar de Freddie Mercury

Pedro Landim

Rio – Muita gente que chafurdava de felicidade na lama produzida pelas águas de janeiro no primeiro Rock In Rio, em 1985 (pessoal já na casa dos 40), estava esperando até hoje por um novo show do Queen. Diga-se de passagem, quem viveu Londres em 1970, e viajou nos ácidos do festival da Ilha de Wight (pessoal já na casa dos 50), também tem motivos para tirar a guitarra do armário e festejar o cantor Paul Rodgers, à época na frente da banda Free.

“Sempre ouvi coisas sobre aquele festival no Rio. Parece que era muita gente, num clima de muita excitação. O Brian e o Roger ficam falando nisso, estão muito animados desde que fechamos um show na cidade”, diz Paul, escalado para substituir o falecido ídolo Freddie Mercury na turnê do CD ‘The Cosmos Rocks’, fruto de uma ‘joint venture’ chamada de ‘Queen + Paul Rodgers’. A performance carioca será no dia 29, sábado, na HSBC Arena.

Falando pelo telefone de um hotel em Santiago, no Chile, onde a nova banda toca hoje, o cantor do lendário Free, e líder do posterior Bad Company disse que também considera Freddie Mercury uma lenda, e que não gosta da palavra ‘substituto’.
“Freddie foi único, o que aconteceu agora é que unimos as forças. Isso está claro no anúncio da turnê”, afirmou o inglês que, ao contrário de outros roqueiros de sua geração, diz que está vindo ao Rio pela primeira vez.

Prestes a completar 59 anos, o ex-cabeludo apresenta visual que lembra muito o do ator Chuck Norris, mas a ótima voz (você se lembra dela?) continua a mesma. Sobre o atual repertório, Paul disse que sugeriu ao guitarrista Brian May e ao baterista Roger Taylor — que formavam o antigo Queen com Freddie Mercury e o baixista John Deacon — um show com a maioria das músicas do Queen, pela saudade que os fãs sentem da banda.

“Amo canções como ‘I Want It All’ e ‘The Show Must Go On’, emocionantes e poderosas”, elege o cantor. “Freddie Mercury e o Queen ouviam muito meu álbum ‘Fire and Water’, era uma Bíblia para eles”, conta Paul, afirmando que a música título de seu disco histórico também está garantida no set list. A turnê ‘The Cosmos Rock’ começou em Moscou, no dia 15 de setembro, e já produziu 39 shows lotados em 18 países.

Cantor de voz máscula e de trabalhador

Em lista publicada pela ‘Rolling Stones Magazine’, elegendo os 100 melhores cantores da História, Paul Rodgers aparece na 55ª posição, e a cantora Alison Krauss diz na revista que considera a voz de Paul “máscula, sexy e de trabalhador”. Questionado sobre os elogios, o cantor afirmou: “De trabalhador sim, sobre o resto não sei”.

Além do trabalho com os músicos do Queen, Paul está lançando também seu primeiro DVD solo, ‘Live in Glasgow’. A próxima segunda-feira, dia 24, marca o aniversário de 17 anos da morte de Freddie Mercury, vítima da Aids. A canção ‘Say It’s Not True’, primeiro single de ‘Queen + Paul’, destina-se a angariar fundos para pesquisas sobre a doença.
O DIA

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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