História da banda é contada através de sua discografia
Os fãs do Queen já têm bastante coisa para ler nesse fim de semana. Isso porque está no ar o nosso especial dedicado à banda. Nele os fãs, e os que gostariam de conhecer mais o trabalho de Mercury, May, Deacon e Taylor, poderão conhecer mais a fundo a discografia do quarteto e saber um pouco mais sobre as razões deles ainda hoje serem um dos grupos mais populares do planeta.
Formado no início dos anos 70 o Queen ganhou as paradas de sucesso do planeta a partir de 1974 quando lançaram Killer Queen. Dali para frente foram muitos álbuns e singles de sucesso e alguns dos maiores shows do planeta – a apresentação deles no Morumbi em 1981 entrou para o Guiness Book.
O grupo permanceu ativo até 1991 ano em que o vocalista Freddie Mercury morreu vítima do vírus HIV. Para saber mais sobre o grupo não deixem então de conferir o nosso especial.
Em um grupo onde todos compunham havia sempre a certeza de que se um deles não estivesse muito inspirado sempre haveria alguém para supri-los com material de qualidade.Mas isso não era tudo, desde o começo o Queen buscou a grandiosidade, daí que eles foram pioneiros não só em fazer shows em estádios, como também em compor para esses espaços. Os quatro também tinham um talento incomum para equilibrar material mais simples para tocar nas rádios e canções mais densas – e em muitos casos fizerma essas duas coisas ao mesmo tempo, vide Bohemian Rhapsody.
Aí nos lembramos que a banda também foi uma das primeiras a ver como os clipes poderiam se tornar importantes ou a se aventurar fora do eixo “Europa-EUA” fazendo shows na América do Sul (e também na África do Sul ainda dominada pelo Apartheid, pelo que foram muito criticados).
Em uma banda onde tudo era grandioso e excessivo era natural que isso fosse se refletir na vida de sesu integrantes. May e Deacon ainda souberam manter o pé no chão. O guitarrista especialmente é uma figura interessante. Do tipo que se sente meio culpado por ter tanto dinheiro, ele sempre dividiu sua paixão entre a música e a astronomia. Hoje ele é PHD em astrofísica e Chanceler da John Moores University em Liverpool.
Já Roger Taylor sempre curtiu a vida de rockstar gastando bastante em mansões, carros de luxo e aproveitando o que a vida tem de melhor. E finalmente tínhamos Freddie Mercury uma figura fascinante e com talento inimaginável. Capaz de atingir notas que poucos, ou nenhum, de seus colegas conseguiam, dono de um carisma inesgotável capaz de hipnotizar plateias de 200 mil pessoas, o cantor e painista também gostava de esbanjar e de viver como se não houvesse amanhã. Infelizmente ele acabou se deparando com o vírus HIV em um época em que a AIDS ainda não podia ser controlada como atualmente.
Sua morte aos 45 anos além de deixar uma lacuna enorme no mundo do rock fez com que o Queen como conhecemos deixasse de existir, ainda que May e Taylor tentem manter a chama viva. Nesse especial o Vagalume disseca toda a discografia da banda, com dados curiosos e dando dicas dos melhores álbuns para quem quer conhecer mais essa grande banda. Esperamos que vocês gostem!
Queen II – 1974
Mesmo sem conter nenhum grande sucesso foi esse álbum que definitivamente marcou a chegada da banda. Provavelmente o álbum mais pesado feito pelo quarteto, “Queen II” ganha o carimbo de icônico já pela capa, com a famosa foto do grupo no fundo preto – inspirada em uma série de retratos da atriz Marlene Dietrich (busquem por queen + marlene dietrich no Google e vejam as semelhanças).
Felizmente o recheio aqui é tão bom quanto a embalagem. “Queen II” é ividido em duas metades. A primeira mais hard foi composta por May, com exceção de The Loser In The End de Roger Taylor. A segunda mais “viajandona” é o domínio de Mercury.
O destaque fica para Seven Seas Of Rhye que aqui aparece em sua versão completa e definitiva – uma espécie de “preview” foi gravada no disco anterior. O single chegou no décimo lugar da parada inglesa e ajudou a colocar o álbum no top 5 britânico. Daqui pra frente o quarteto só iria crescer mais e mais.
Sheer Heart Attack – 1974
Foi com este terceiro álbum que o Queen começou a escalada que os tornaria uma das maiores bandas de todos os tempos. O álbum segue na mistura de rock pesado – o terreno de Brian May e Roger Taylor com os devaneios artísticos de Mercury, mas aqui o grupo se preocupou em ser mais direto e conciso, o que facilitou na aceitação do trabalho pelo grande público.
“Sheer Heart Attack” traz o primeiro grande hit single da banda Killer Queen que meio que resume a banda com vocais operísticos, solo de guitarra intrincado e a letra repleta de citações à alta aristocracia.
O disco também marca a estreia do baixista John Deacon como compositor na curtinha e simpática Misfire e ainda tem outro grande hit do grupo Now I’m Here com sua mistura rpecisa de peso e apelo pop.
A Night At The Opera – 1975
Não só o melhor trabalho da banda, como um dos álbuns fundamentais da história do rock, “A Night At The Opera” é daqueles discos obrigatórios em qualquer discoteca de música pop.
Foi neste quarto álbum que aquilo chamamos “som do Queen” se cristalizou, e isso se deu porque todos os quatro integrantes estavam inspiradíssimos e ainda contaram com o talento do produtor Roy Thomas Baker para ajudar a materializar suas ideias pra lá de complicadas. May por exemplo fez a épica The Prophet’s Song e a bela ’39. Além disso foi dele a ideia de adaptar o hino nacional britânico em versão que dali por diante passou a ser executada ao final dos shows da banda enquanto o grupo recebia os últimos aplausos e se despedia.
Deacon novamente fez apenas uma música, mas nesse caso a tal canção era You’re My Best Friend, seguramente uma das melhores de toda a banda. Taylor escreveu sua ode ao automóvel I’m In Love With My Car e Mercury…
Bem, se tem um disco do Queen que é cara do seu vocalista esse é “A Night In The Opera”.
Mercury pinta e borda nesse álbum, seja na pesada e vingativa Death On Two Legs ou nas nostálgicas Seaside Rendezvous e Lazing On A Sunday Afternoon com seu clima de music hall.
Ah sim, ele também entregou Love Of My Life, uma daquelas baladas que já nascem clássicas e principalmente Bohemian Rhapsody a canção definitiva da banda e uma das favoritas do público inglês, que costuma elegê-la a “melhor música de todos os tempos”. Uma composição pra lá de intricada, com diversas mudanças de tempo e estilo, incluindo um trecho operístico, diz-se que a fita master ficou quase transparente com a quantidade de overdubs que foram necessários para se ter o take definitivo.
O esforço foi mais do que compensado com o estouro imediato da música. O Queen se tornou mega e passou a fazer shows cada vez mais gigantes. Igualmente importante é o vídeo da música. Gravado para ser exibido no “Top of The Pops” já que o grupo não poderia estar presente nos estúdios da BBC, ele fez acender uma luz na cabeça de toda a indústria que de repente percebeu que esses clipes poderiam levar os artistas para qualquer canto do planeta de forma rápida e barata. Em resumo, foi esse clipe que tornou possível o surgimento da MTV seis anos mais tarde.
A Day at the Races – 1976
Espécie de “disco-irmão” do anterior ainda que menos inspirado, “A Day…” também tem seu nome tirado de um filme estrelado pelos “Irmãos Marx” e uma ilustração semelhante a de “A Night At The Opera”. a diferença cruxial estava nos créditos de produtor. Esse foi o primeiro trabalho da banda sem contar com a presença de Roy Thomas Baker.
Álbum de poucos hits, “A Day…” traz ao menos um clássico incontestável – Somebody To Love, belíssima balada de inflexão gospel e um punhadod e canções menores mas bastante simpáticas como o semi-hit Good Old Fashioned Lover Boy, a hevy Tie Your Mother Down – uma das melhores composições de May e You And I, a única composição de John Deacon que novamente mostra enorme talento e sensibilidade como autor.
O disco chegou no top 5 americano e no primeiro lugar da parada britânica e japonesa, mantendo assim o bom momento comercial pelo qual eles passavam.
News Of The World – 1977
Estamos em 1977 e o movimento punk corre solto no Reino Unido pregando uma volta aos valores básicos do rock e contagiando milhares de jovens e jornalistas culturais por toda a ilha. Um dos alvos favoritos deles são os chamados “dinossauros”, as mega bandas que se distanciaram de seu público e agora vivem de forma decadente em mansões milionárias.
Desnecessário dizer que o Queen era uma das vítimas favoritas deles. Há até a história do encontro de Sid Vicious dos Sex Pistols com Freddie Mercury. Isso porque os dois eram contratados da EMI e estavam gravando ao mesmo tempo. O encontro parece ter sido hilário e rolou mais ou menos nesses termos. Sid: “então é você é o cara que está querendo levar o balé para as massas? Freddie: Ah Senhor Ferocious, nós estamos fazendo o nosso melhor.”
De qualquer forma “News Of The World” mostra que o punk também teve impacto no Queen que fez aqui um disco mais roqueiro e direto que seus antecessores.
Não a toa esse é o disco da banda em que as composições de Mercury aparecem mais discretamente – ainda que o maior hit dele, o eterno hino de competições esportivas We Are The Champions seja dele.
O show aqui é mais dividido e todos têm sua chance de brilhar. Brian May manda ver uma série de riffs marcantes e ainda fez outro daqueles hinos imortais que tinham tudo para dar errado. Afinal quem pensaria que uma música composta basicamente de um loop de tambores e palmas com um vocal falado (isso foi antes do surgimento do rap) viraria um hit? Mas We Will Rock You está aí para provar que na música pop o imprevisível também conta.
Roger Taylor por sua vez confirma seu talento em Fight From The Inside composta e executada – tirando o solo de guitarra – por ele.
Finalmente Deacon, sempre ele, trouxe para o trabalho mais uma canção antológica, a belíssima Spread Your Wings, outra eterna favorita dos fãs.
Jazz – 1978
Se quisermos saber quando o estilo de vida exagerado de Freddie Mercury e dos outros integrantes começou a interferir no trabalho da banda podemos citar o ano de 1978 como marco zero.
Seguramente o menos inspirado álbum da fase clássica da banda, “Jazz” acaba se salvando por conta de seus bons singles – Fat Bottomed Girls e principalmente Don’t Stop Me Now que ganhou relevo nos últimos anos ao se tornar uma espécie de hino ao prazer e à liberdade.
De resto foram as excentricidades da banda que chamaram mais a atenção do público e imprensa. Seja a corrida com centenas de corredoras nuas organizada para promover o compacto com Bicycle Race ou principalmente a festa de lançamento do álbum com direito a hermafroditas, anões servindo cocaína, strippers, luta de mulheres em um ringue cheio de fígados de boi e mais toda uma série de bizarrices que a mente humana é capaz de conceber.
The Game – 1980
Alheio a isso o grande público abraçou como nunca o disco. “The Game” se deu particularmente bem nos EUA onde eles nunca venderam de forma consistente.
“The Game” é o único trabalho deles que chegou no topo das paradas por lá, graças aos singles Crazy Little Thing Called Love (uma homenagem ao rock dos anos 50 feita por Mercury) e mais ainda por Another One Bites The Dust, um funk inspirado no som do Chicde autoria de John Deacon.O quarteto também ampliou sua base de ação e levou a turnê do álbum para a América do Sul, que ainda era um terreno a ser desbravado pelos grandes astros. Mais de 260 mil ingressos foram vendidos para os dois shows do grupo no Morumbi nos dias 20 e 21 de março de 1981, um recorde mundial naquele momento. Em troca o grupo fez aqueles que até hoje são consideradas as melhores apresentações de um artista estrangeiro no Brasil.
Flash Gordon – 1980
Havia uma grande expectativa com essa nova versão para o cinema do clássico personagem dos quadrinhos. Tudo fazia crer que teríamos um grande blockbuster regado a efeitos especiais de primeira linha, atores de prestígio nos papéis de coadjuvante e um roteiro que não faria o público de bobo.
Para compor a trilha os produtores chamaram uma das bandas mais populares do momento, o Queen naturalmente. O material foi composto e gravado simultaneamente a “The Game” e traz em sua maioria faixas instrumentais. As exceções são o tema principal Flash e a pouco lembrada, mas boa The Hero.
Infelizmente tirando a trilha todo o resto da empreitada deu errado. O filme resultou em uma tremenda bomba que mal se pagou apesar de toda estratégia de marketing criada pelo estúdio.
Hot Space – 1982
Outro disco em que quase nada funcionou e considerado o maior equívoco da carreira da banda. Felizes com o sucesso de Another One Bites The Dust a banda tenta recriar o sucesso carregando nos timbres sintéticos e nos arranjos típicos dos anos 80. Obviamente não funcionou e o álbum selou o fim da lua de mel entre a banda e o público americano.
Por incrível que pareça um dos motivos que especialistas indicam para essa súbita queda de popularidade da banda foi a decisão de Freddie Mercury assumir o visual gay clássico com o bigode e as camisetas justas que teria lhes custado uam enorme parte de sua base de fãs mais conservadora.
Mas então tudo aqui é fracasso e tristeza? Não, porque a faixa que encerra o álbum é under preassure a fundamental parceria da banda com David Bowie que foi para o topo das paradas inglesas apesar de mal ter alcançado o top 30 americano.
The Works – 1984
Sentindo a pressão pelo fracasso de “Hot Space” o Queen resolve trabalhar com mais afinco em mais um disco onde todos parecem dar o melhor de si.
Apesar da maioria das músicas serem de Mercury ou May quem realmente fez a diferença nesse disco foram os outros integrantes. Taylor fez a sua melhor composição e a banda pareceu concordar ao escolher Radio Ga Ga como o primeiro compacto do grupo. Deacon por sua vez fez o outro grande hit do álbum. A divertidíssima I Want To Break Free que deu origem ao famoso vídeo com eles vestidos de mulher (o que novamente, não pegou bem com o público americano).
Cientes de que a América não estava mais de braços abertos, o grupo então volta a sua atenção para o resto do mundo. A turnê passa pela Europa, Japão, Austrália e também pelo Brasil, com dois shows antológicos dentro do primeiro Rock in Rio em janeiro de 1985.
A nota triste fica por conta das apresentações feitas no Hotel Sun City em uma África do Sul que ainda sofria com o regime segregacionsita do Apartheid. Ao se apresentar por lá, a banda atraiu a ira muita gente, entre músicos e veículos de imprensa e ainda quebrou o boicote cultural que a ONU havia imposto ao país.
O grupo remediaria um pouco a situação ao particiaprem em 13 de julho de 1985 do “Live Aid”, o festival feito para arrecadar dinheiro para as vítimas da fome na Etiópia.
Acostumados a tocar para grandes multidões, o grupo tomou conta do estádio de Wembley e entregou os 15 minutos mais marcantes de toda a maratona de shows que rolaram naquele dia. A apresentação já figurou várias vezes no topo das listas de melhores shows já feitos na Inglaterra.
A Kind Of Magic – 1986
Esse álbum predominantemente pop foi o último feito por Freddie antes de se tornar portador do HIV. Curiosamente ele tem várias músicas feitas para a trilha de “Highlander” que contava a história das lutas de guerreiros imoratais através da história.
O álbum emplacou uma série de hits na Inglaterra e também no Brasil como One Vision (feita após o Live Aid), Who Wants To Live Forever, Friends Will Be Friends e a faixa título.
O álbum foi promovido com uma turnê europeia de escalas monumentais. Foram apenas 26 shows que foram vistas por quase um milhão de pessoas, incluindo aí mais um show histórico, desta vez em Budapeste em uma época em que a Hungria era ainda um país comunista.
O que ninguém jamais poderia imaginar é que aquela seria a última turnê feita pela banda e hoje é impossível não sentir certa tristeza ao vermos o vídeo do show de Wembley com Mercury negando veementemente os boatos que o grupo iria se separar dizendo que o Queen só acabaria no dia em que algum deles estivesse morto.
The Miracle – 1989
Em 1987 Freddie Mercury se descobriu soropositivo. Ainda que a AIDS só tenha se manifestado três anos depois a notícia obviamente abalou seus colegas de banda. O cantor de qualquer forma decidiu não tornar pública a sua condição, fechou-se de vez com a imprensa e pôs-se a trabalhar o tanto quanto lhe fosse possível.
Se em momentos de crise a melhor (única?) coisa a se fazer é ficar unido o álbum “The Miracle” comprova a tese, a começar pela capa em que os quatro integrantes aparecem como um só. Os créditos também tinham uma novidade: Pela primeira vez um disco da banda teve créditos coletivos.
Mesmo sem ter algum clássico incontestável, com a possível exceção de I Want It All, esse é considerado o melhor disco da banda nos anos 80 ao lado de “The Game”.
Bastante ecletico e fácil de se ouvir, o álbum costuma agradar bastante os fãs mais devotos, ainda que costume passar meio batido pelos ouvintes casuais.
Innuendo – 1991
Gravado por um Mercury já fortemente debilitado, mas que insistiu para trabalhar até onde fosse possível, o trabalho é naturalmente melancólico e também muito bonito.
A primeira coisa que se nota é um abandono da sonoridade mais pop dos anos 80 e um retorno ao hard rock com tinturas progressivas que os caracterizava no começo de carreira.A faixa título é puro Led Zepellin em sua homenagem ao clássico Kashmir. A primeira metade segue com canções mais pesadas ainda que momentos de maior sutilia também surjam.
O antigo lado b começa mais experimental, com o clima africanizado de All God’s People – uma canção que tem suas origens no projeto “Barcelona”, que juntou Mercury à cantora de ópera Montserrat Caballé. Na sequência entra These Are The Days Of Our Lives. Praticamente uma carta de despedida escrita por Roger Taylor é curioso ver que na época praticamente ninguém percebeu isso. Mas bastava ver o clipe da música, o derradeiro gravado pelo vocalista, para perceber que havia algo de errado com Mercury – o vídeo foi filmado em preto e branco para tentar disfarçar um pouco suas más condições físicas.
O disco termina com The Show Must Go On escrita por Brian May como homenagem pela força de seu amigo em sua luta para continuar produzindo. Não deixa de ser um belo final para a saga dessa grande banda.
Made In Heaven – 1995
Freddie Mercury morreu no dia 24 de novembro de 1991 um dia após ele ter tornado pública sua condição. Como era de se esperar um forte clima de comoção foi instaurado em diversos cantos do planeta.
Como também é comum nesses casos, as vendas da banda dispararam. O caso mais dramático pode ser visto nos Estados Unidos onde a banda viu sua popularidade atingir picos jamais vistos – calcula-se que mais da metade da venda de álbuns da banda na América tenha acontecido após a morte do cantor. Em 1992 Bohemian Rhapsody chegou ao segundo lugar da Billboard, após ter sido usada no filme “Wayne’s World”.
Em abril de 1992 um grande concerto em sua homenagem foi realizado no Estadio de Wembley. A maior parte do show foi dedicado ao que já foi chamado de maior karaokê do planeta com os três integrantes sobreviventes recebendo uma série de astros de primeiríssima grandeza para assumir o posto de Freddie. estiveram lá Axl Rose, George Michael, David Bowie, Annie Lenox, Robert Plant, Roger Daltrey e muito outros.
Finalmente em 1995 foi lançado “Made In Heaven” em que a banda completou os registros finais deixados por Mercury e deixou com a cara da banda algumas canções registradas por ele em sua carreira solo.
John Deacon desde então abandonou a carreira musical – ainda que tenha se reunido aos seus velhos colegas em duas ocasiões enquanto Taylor e May decidiram manter o nome da banda vivo.
Primeiro eles se juntaram a Paul Rodgers, o ex-vocalista do Free e Bad Company para turnês bem sucedidas e um álbum nem tão bem sucedido assim.
Os dois fizeram recentemente meia dúzia de shows com Adam Lambert assumindo os vocais e espera-se que ano que vem o trio saia em turnê mundial. Para quem considera tal coisa algo próximo de uma heresia, recomenda-se uma olhadinha nos vídeos do show para ver que Lambert se sai mais do que bem nessa nada simples empreitada.
Discos ao vivo e coletâneas
Enquanto esteve na ativa o Queen lançou dois álbuns ao vivo. “Live Killers” de 1979 foi gravado durante a turnê europeia feita para promover o álbum “Jazz” e traz um ótimo resumo da banda durante a década de 70.
“Live Magic” de 1986 em compensação não reflete o que foram os shows finais da banda com várias canções editadas para que pudessem entrar no vinil. a situação foi remediada anos depois com “Live at Wembley ’86” que, aqui sim, traz a banda em toda sua glória.
Os dois álbuns ao vivo lançados postumamente também são recomendáveis. “Queen on Fire – Live at the Bowl” tem um show da turnê de “The Game” de 1981 com a banda no auge de seu sucesso na América e “Queen Rock Montreal” flagra os quatro na tour de “Hot Space” do ano seguinte.
Se tudo o que você quer ter da banda é um disco então sem pensar escolha o primeiro “Greates Hits” do grupo lançado em 1982 com dezessete faixas que resumem primorosamente a carreira da banda em sua melhor fase.
O segundo volume, lançado pouco antes da morte de Freddie, também é recomendado por trazer as melhores faixas de discos que nem sempre são bons por inteiro, especialmente para o fã mais casual.
DVDs
Desde o começo o Queen sempre se preocupou com sua imagem, tanto que eles são das bandas que mais fizeram clipes antes disso tornar-se padrão. Todos eles estão em “Greatest Video Hits 1”. Só não espere grandes delírios ou produções. Nos anos 70 os clipes no geral resumiam-se à banda tocando e pouco mais que isso.
Já nos anos 80 com a chegada da MTV tudo mudou e o grupo pôde soltar sua imaginação em clipes pra lá de inventivos e muito divertidos. Confira em “Greatest Video Hits 2”.
Para quem quer ver a banda em seu habitat natural, o palco, existem várias opções entre lançamentos oficiais e “oficiosos” (até os shows de São Paulo de 1981 podem ser encontrados nos grandes magazines). Entre esses as melhores opções são “Queen on Fire – Live at the Bowl” – com show de 1981 e recomendado para quem gosta mais dos primóridos do grupo ou “Queen at Wembley” com apresentação de 1986 para quem curte mais a banda em sua fase mais pop.
Dica de: Roberto Mercury