Pelo Blog: Some Velvet Expression
Sou viciada em fazer playlists, tenho uma para cada humor. Por algum motivo, achei que seria legal compartilhar elas aqui, e pra estrear a nova tag me veio na cabeça a ideia de montar um top músicas deprimentes, todas dentro do gênero rock clássico. Aliás, essas músicas não são apenas músicas, elas foram consolidadas como hinos da fossa, do fundo do poço, da depressão. Espero que gostem. E ah, no final do post coloquei um link pra baixar todas as músicas em uma pasta compacta. 😉
10. Layla – Derek and the Dominos
Eric Clapton, Jim Gordon
Let’s make the best of the situation
Before I finally go insane
Please don’t say we’ll never fingd a way
Don’t tell me all my love’s in vain
Layla é uma das músicas românticas mais intensas e sofridas da história do rock, e isso provavelmente se deve ao fato de ser baseada no amor de Clapton pela modelo Pattie Boyd, então esposa de George Harrison (um de seus melhores amigos). Até conseguir finalmente sua amada para si, Clapton teve uma fase de escuridão e compôs mais algumas músicas, como Bell Bottom Blues, presente no mesmo álbum em que Layla (Layla and other assorted love songs).
9. Behind Blue Eyes – The Who
Pete Townshend
No one knows what it’s like, to feel these feelings
Like I do, and I blame you
No one bites back as hard, on their anger
None of my pain or woe, can show through
Mais conhecida pelo cover ruim de Limp Bizkit, Behind Blue Eyes foi escrita para o rock opera Lifehouse, do The Who. É interpretada pelo personagem Jumbo, um homem cheio de ódio no coração e angustiado com a pressão e as tentações que o cercam.
Jim Steinman
Once upon a time, I was falling in love
But now, I’m only falling apart
There’s nothing I can do
A total eclipse of the heart
Até onde se sabe, a música não foi escrita para ninguém conhecido, já que não foi Bonnie Tyler quem nos presenteou com as letras de Total Eclipse of the Heart. Porém, nota-se que elas são extremamente obscuras, mostrando toda a fossa em que se pode ficar após o término de um relacionamento. Solidão e desespero são as bases que as sustentam e as tornam incríveis.
7. Love of my Life – Queen
Freddie Mercury
Love of my life don’t leave me,
You’ve stolen my love,
And now desert me,
Love of my life, can’t you see?
Sendo uma das mais conhecidas canções de amor dos últimos tempos, Love of my Life foi escrita para Mary Austin, com quem Freddie Mercury teve um relacionamento longo no início dos anos 70. Mesmo após o término do relacionamento romântico, os dois mantiveram uma forte amizade até a morte dele, em 1991. Freddie certa vez afirmou que, apesar de ser homossexual, Mary era, de fato, o amor de sua vida.
6. Comfortably Numb – Pink Floyd
David Gilmour, Roger Waters
There is no pain, you are recedingA distant ship’s smoke on the horizonYou are only coming through in wavesYour lips move but I can’t hear what you’re saying
Com seu famoso (e diga-se, belíssimo) solo, Comfortably Numb, assim como muitas outras músicas do Pink Floyd, remete às drogas e seus efeitos: solidão, desesperança, entorpecimento emocional, psicológio e físico. É um hino da depressão porque estar numb é estar morto por dentro.
5. Hurt – Johnny Cash
Trent Reznor
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
Foi originalmente interpretada pelo Nine Inch Nails, porém foi na voz melancólica de Johnny Cash que a música atraiu a atenção da crítica. O mais triste é que Hurt foi o último sucesso de Cash antes de sua morte em 2003, o que torna inevitável o pensamento de que seu fim foi solitário e sombrio.
4. Please Please Please Let Me Get What I Want – The Smiths
Johnny Marr, Morrissey
Haven’t had a dream in a long time
See, the life I’ve had
Can make a good man
Turn bad
So for once in my life
Let me get what I want
Lord knows, it would be the first time
O que eu acho genial nessa música é o equilíbrio entre a tristeza e a esperança. Ao mesmo tempo em que a dor da vida de modo geral é expressa, o “narrador” também implora pelo que quer, mesmo que seja pela primeira vez.
3. Mother – John Lennon
John Lennon
Mother, you had me, but I never had youI wanted you, you didn’t want meSo I, I just got to tell youGoodbye, goodbye
Ao contrário do que aparenta, Lennon e sua mãe tinham uma boa relação. O primeiro verso da música nada mais é do que uma forma de homenagear sua progenitora, morta quando ele tinha 17 anos. Já a referência feita ao pai é um reflexo da dor, por ele ter abandonado a família quando John era criança. As últimas frases da letra são “Mama, don’t go” e “Daddy, come home”, demonstrando a tristeza e o descontentamento.
2. Tears in Heaven – Eric Clapton
Eric Clapton, Will Jennings
Would you hold my hand
If I saw you in Heaven?
Would you help me stand
If I saw you in Heaven?
I’ll find my way
Through night and day
‘Cause I know I just can’t stay
Here in Heaven
Tears in Heaven foi escrita como homenagem ao filho de Eric Clapton, Conor, que morreu aos 4 anos em 1991. Segundo Clapton, a música agiu como um “agente de cura.. E funcionou”. Apesar da perda de um filho ser considerado algo insuperável, hoje em dia a ferida parece estar cicatrizada, e a canção não é mais tocada em shows.
1. Love Will Tear Us Apart – Joy Division
Ian Curtis, Peter Hook, Stephen Morris, Bernard Sumner
You cry out in your sleepAll my failings exposedAnd there’s taste in my mouthAs desperation takes holdJust that something so goodJust can’t function no moreBut love, love wil tear us apart, again
O primeiro lugar dessa lista não poderia ser diferente. Ian Curtis foi a voz da depressão no final da década de 70 até 1980, quando cometeu suicídio provavelmente por estar farto do mundo ao seu redor. Love Will Tear Us Apart fala sobre os problemas conjugais de Ian e sua esposa Deborah, e foi lançada um mês após a morte do vocalista. Curtis foi cremado, e a pedido de Deborah, o título do maior sucesso do Joy Division foi gravado na lápide em sua memória.
Fonte: http://somevelveteexpression.blogspot.com.br
Dica de: Roberto Mercury
Hey, obrigada pelo "repost"! 🙂