I’m In Love With My Car – Por Helenita dos Santos Melo

I’M IN LOVE WITH MY CAR

(3ª música do 4º álbum)

 

– Ouvindo a demo de I’m In Love With My Car, em que Roger canta seu amor por seu veículo de alta potência, Brian, após um momento de reflexão, pergunta ao amigo:

Você está brincando comigo?

 

– Deve-se dizer que as letras estão cheias de duplos significados e metáforas:

When I’m holding your wheel/All I hear is your gear/

When my hand’s on your grease gun/Mmm, it’s like a disease, son

(Quando estou segurando seu volante/Tudo que ouço é seu equipamento/

Quando minha mão está em sua pistola de graxa/Mmm, é como uma doença, filho).

 

– O baterista compartilha essa paixão com o engenheiro de som dos concertos, Jonathan Harris, que vive apenas para seu Triumph TR4 (Brian May contradiz a lenda em seu livro Queen in 3-D, escrevendo que se trataria de um TR5, embora não tenha certeza).

– O próprio Roger Taylor dedica a música a ele nestes termos:

Dedicated to Jonathan Harris, boy racer to the end

(Dedicado a Jonathan Harris, garoto piloto até o final).

 

– Mais tarde, ele se lembra da relação que o técnico tinha com seu carro:

Nosso engenheiro de som, o técnico das lives, muito fiel, que esteve conosco desde o início, chamava-se Jonathan Harris. Não tinha namorada, não comia muito, não colecionava selos e nem bebia. Ele não estava interessado nas coisas clássicas da vida, mas passava seu tempo lavando o seu carro. Só vivia para ele.

 

 – E acrescenta:

Eu mesmo amo carros e posso entendê-lo. Na maioria das vezes acho meus veículos mais interessantes do que minha garota.

 

– Chris Taylor, apelidado de Crystal, seu técnico pessoal e amigo de longa data, também esclarece que o baterista sempre teve azar com seus diferentes carros:

Sua Ferrari pegou fogo em uma estrada ao sul da França, e o mesmo aconteceu com seu Aston Martin.

– Na hora de escolher o lado B do single Bohemian Rhapsody, Roger Taylor, que queria que sua música fosse escolhida a todo custo, se tranca em um armário no Sarm East Studios e se recusa a sair até que os outros três não concedam-lhe esse prazer.

– O grupo finalmente cede, e o que a princípio seria um gesto amigável da parte deles se transforma em um presente de ouro. De fato, o single, que rapidamente atingiria um milhão de cópias vendidas, beneficia tanto Taylor quanto Mercury por Bohemian Rhapsody. Roger alcançou assim grande riqueza, e a questão da participação nos lucros seria ainda mais espinhosa.

– Embora a música seja dedicada a Jonathan Harris e seu Triumph TR4, é o carro de Roger Taylor, um Aston Martin Spider, que se ouve no final da música, a partir de 2:36.

– Em 1978 a banda também dedicou seu álbum Jazz a quem era seu engenheiro de som para shows ao vivo desde a época do Smile.

– Jonathan Harris teve que deixar o cargo devido a uma doença. Ele os encontraria novamente em 1979 para o Jazz European Tour e a Crazy Tour em pequenos locais na Grã-Bretanha.

TR4 ou TR5? De qualquer forma, é um Triumph, de propriedade de Jonathan Harris, o engenheiro de som dos concertos do Queen.

 

Vídeo oficial de I’m In Love With My Car

Fonte: Queen – La Historia Detrás de  Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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