Relançados, últimos cinco discos mostram momentos derradeiros do Queen

Álbuns que trazem nova masterização são retratos do fim do grupo de Freddie Mercury

Sai a terceira leva dos CDs lançados para celebrar os 40 anos da banda inglesa Queen, completados em 2011
Sai a terceira leva dos CDs lançados para celebrar os 40 anos da banda inglesa Queen, completados em 2011

No ano passado, o Queen completou 40 anos e várias ações foram feitas para comemorar a data. A mais acessível delas foi o relançamento de todos os 15 discos da carreira, com nova mixagem e um CD bônus que acompanha os álbuns e que traz versões ao vivo, lados B e sobras de estúdio das gravações.

Depois de lançados os primeiros discos, já está disponível a terceira e última leva, que traz os últimos cinco álbuns gravados pela banda e que foram lançados entre 1984 e 1996. Para os não iniciados, só a possibilidade de descobrir alguns dos últimos clássicos da banda de Freddie Mercury vale a audição. Mas os fãs vão mesmo é se esbaldar com os conteúdos extras dos discos, que mostram toda a capacidade do grupo, que também tinha Roger Taylor na bateria, John Deacon no baixo e Brian May na guitarra.

Em ordem cronológica, o primeiro disco desse lote é The works, lançado em 1984 e que marcou o retorno do Queen a um som mais rock, depois da experimentação sonora de Hot space (1982). O álbum conta com dois sucessos absolutos da banda, Radio Ga Ga e I want to break free, que ajudaram a colocar a banda de volta nos trilhos do sucesso. Para divulgar o disco, o quarteto fez uma segunda passagem pelo Brasil (a primeira foi em 1981), onde foi a atração principal da hoje lendária primeira edição do Rock in Rio.

No disco bônus, duas versões ao vivo, gravadas no festival, mostram que as apresentações foram realmente históricas. As faixas Is this the world we created…? e It’s a hard life, outro dos sucessos do álbum, deixam clara toda a energia e entrega do Queen no palco do Rock in Rio.

Lançado em 1986, A kind of magic foi o último disco do Queen que teve turnê de divulgação, já que, no ano seguinte, Freddie Mercury seria diagnosticado com Aids. Além da faixa-título, trouxe músicas como One vision, Friends will be friends e a pesada Princess of the universe, que virou tema principal do filme Highlander. O álbum todo, aliás, carrega o status de trilha sonora não oficial do longa sobre os guerreiros espadachins imortais, já que seis das nove músicas aparecem na película. O disco bônus tem versão de A kind of magic feita para o filme, além de algumas sobras de estúdio.

The miracle, de 1989, conta com uma arte de capa marcante, que uniu digitalmente o rosto dos quatro integrantes do Queen. A manipulação hoje pode até parecer trivial, mas na época, sem as facilidades dos programas de edição, o trabalho artístico chamou bastante a atenção. Ainda bem, pois o trabalho é bastante irregular. Se destacam a faixa-título, no estilo épico típico do Queen, e I want it all, com riffs e um solo digno do heavy metal que imperava nas rádios da época.

Innuendo foi o último disco lançado com Freddie Mercury ainda vivo. Chegou às lojas em fevereiro de 1991, em meio aos boatos sobre o estado de saúde do vocalista. A incerteza dos fãs quanto ao futuro da banda ajudou a impulsionar as vendas do disco, que reúne músicas marcantes como I’m going slightly mad, a faixa-título, These are the days of our lives e a icônica The show must go on, que tocou à exaustão nas rádios. Dez meses depois do lançamento de Innuendo, Freddie Mercury morreria em decorrência de complicações provocadas pela doença.

Made in heaven, lançado em 1995, contou com bases de piano e vocais gravados previamente por Mercury. O disco é imperfeito, mas mostra o esforço dos integrantes remanescentes em dar um fechamento digno para a carreira do grupo. Apesar das músicas Heaven for everyone e It’s a beautiful day, vale mais como registro final do que qualquer outra coisa.

É fato que os últimos discos do Queen deixam a desejar em genialidade, principalmente quando comparados com os trabalhos anteriores, como A night at the opera e News of the World. Mas vários bons momentos podem ser pinçados pelo ouvinte nesses cinco álbuns. Porém, o esforço do grupo para voltar ao topo, a experimentação com elementos típicos dos anos 1980 e os últimos momentos de Mercury é que verdadeiramente fazem desses trabalhos fundamentais para qualquer um com um mínimo de interesse na trajetória de uma das maiores bandas de rock da história.


Fonte:  www.divirta-se.uai.com.br
Dica de: Roberto Mercury

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

Outras notícias

Revista

Postado por - 13 de março de 2005 0
A capa da Rolling Stone ” Brian homenageado pela Rainha Elizabeth” e Queen é visto por ” My Chemical Romance’s”…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *