Os 10 filmes favoritos de Freddie Mercury: dicas para maratonar em casa em tempos de coronavírus

Freddie Mercury provavelmente teria gostado de “Bohemian Rhapsody”, o filme de 2018 que conta a história do Queen. Não só porque é uma produção aclamada por público e crítica — contando com o Oscar para Rami Malek, ator que o interpretou — mas também porque o cantor, que morreu em 24 de novembro de 1991, adorava cinema. Uma lista com alguns de seus filmes preferidos pode ser um bom guia para você, , maratonar em tempos de quarentena para se proteger do coronavírus. O site “U Discover Music” fez uma lista com produções que tiveram alguma relação com a banda e também os preferidos do vocalista — um guia interessante para os fãs do Queen fazerem uma maratona em dias de confinamento. Há clássicas comédias dos anos 1930 e 1950 e escolhas mais contemporâneas, dentro do gosto refinado do cantor.

A paixão de Freddie por filmes começou na St. Peter Boarding, escola na cidade de Bombaim, na Índia, onde foi estudar aos 8 anos. Na época, ele já gostava de música e começou a ter aulas de piano. E adorava filmes, fazendo de tudo para fugir dos jogos de críquete e ir para os clubes de cinema assistir a clássicos. Já famoso, costumava ocupar seu tempo livre assistindo filmes.

‘O Expresso de Shanghai’ (1932)

Assim como o escritor Ernest Hemingway, Freddie Mercury era um grande fã de Marlene Dietrich (1901-1992), e ele particularmente gostava desse filme em que sua personagem diz a famosa frase — ousadíssima, afinal, eram os anos 1930: “Foi preciso mais de um homem para que meu nome mudasse para Shangai Lily”. Quando o fotógrafo Mick Rock mostrou ao cantor a famosa foto que George Hurrell fez durante as filmagens, a banda se inspirou na pose para a capa do álbum “Queen II” (1974).

Marlene Dietrich e a famosa pose que inspirou a capa do álbum "Queen II". Foto: Reprodução
Marlene Dietrich e a famosa pose que inspirou a capa do álbum “Queen II”. Foto: Reprodução

‘Uma Noite na Ópera’ (1935)

O Queen se inspirou em duas clássicas comédias dos irmãos Marx para dar nome aos álbuns — “A Night At The Opera” e “A Day At The Races”. Quando os integrantes estavam excursionando nos Estados Unidos no final dos anos 70, encontraram Groucho Marx (1890-1977), que havia elogiado a escolha dos nomes dos álbuns. Eles ficaram surpresos quando ele tocou uma música para eles no violão.

Harpo, Chico e Grouxo Marx em uma foto de divulgação de "Uma Noite Na Ópera". Foto: Getty Images
Harpo, Chico e Grouxo Marx em uma foto de divulgação de “Uma Noite Na Ópera”. Foto: Getty Images

‘As Mulheres’ (1939)

Freddie admirava George Cukor (1899-1903), mestre na direção de comédias e importante figura gay na cena de Hollywood dos anos 30 e 40. Em 1979, o apresentador britânico Kenny Everett filmou o cantor em um jardim de Londres, interpretando trechos de “A Dama Das Camélias”. Mas seu título preferido era “As Mulheres”, onde Norma Shearer, uma jovem inocente, perdia o marido para a terrível Joan Crawford (1904-1977).

Joan Crawford e Norma Shearer  em cena de "As Mulheres". Foto: Reprodução
Joan Crawford e Norma Shearer em cena de “As Mulheres”. Foto: Reprodução

‘Quanto Mais Quente Melhor’ (1959)

O baterista Roger Taylor também é apaixonado por cinema e se lembra de ter ficado impressionado quando assistiu a “Psicose”, de Alfred Hitchcock. Ele e Freddie conversavam muito sobre cinema, e Roger garante que o filme favorito do cantor era “Quanto Mais Quente Melhor”, clássico de Billy Wilder (1906-2002), eleito pelo American Film Institute como a melhor comédia de todos os tempos. No filme, Jack Lemmon e Tony Curtis são músicos que se disfarçam de mulheres para enganar mafiosos e acabam se apaixonando pela personagem interpretada por Marilyn Monroe(1926-1962).

Tony Curtis e Jack Lemmon em cena de "Quanto Mais Quente Melhor". Foto: Reprodução
Tony Curtis e Jack Lemmon em cena de “Quanto Mais Quente Melhor”. Foto: Reprodução

‘Imitação da Vida’ (1959)

Em 1991, já muito debilitado pela doença, Freddie costumava se deitar em um sofá para assistir a Lana Turner (1921-1995) em “Imitação da Vida”. O melodrama, do diretor Douglas Sirk, é sobre uma aspirante a atriz e sua amizade com uma pobre mulher negra interpretada por Juanita Moore. “Uma diversão exageradamente brega”, costumava dizer sobre o filme.

Cena de "Imitação da Vida". Foto: Reprodução
Cena de “Imitação da Vida”. Foto: Reprodução

‘Cabaré’ (1972)

“Gosto desse tipo de coisa a la ‘Cabaré’. De fato, uma das minhas primeiras inspirações veio do filme porque eu adoro Liza Minnelli, ela é totalmente ‘uau’. A maneira como canta, a energia e até a forma como as luzes aprimoram todos os movimentos do espetáculo. Eu acho que você pode encontrar semelhanças disso em um show do Queen”, dizia o cantor sobre o longa ambientado na Berlim de 1930, em que Liza interpretava a cantora Sally Bowes.

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‘The Rocky Horror Picture Show’ (1975)

Freddie assistiu ao musical no Royal Court Theatre, em Londres, e depois foi conferir a versão cinematográfica do clássico estrelado por Tim Curry. O cantor adorava a coreografia, a sexualidade fluida e todo aquele visual exagerado. O ator e Freddie tornaram-se amigos e Tim, que adora jardinagem, contou em uma entrevista à revista “House And Garden” que projetou um jardim para ele. “Freddie voltou de uma turnê e me disse que o jardim tinha morrido. Eu perguntei: ‘O quê? Mas você molhou?’ E Freddie disse: ‘Molhar, querido?!?'”.

‘Purple Rain’ (1984)

Mercury costumava comentar como adorava o filme semi-autobiográfico de Prince (1958-2016). E fazia questão que todos assistissem, não importava quantas vezes seguidas. O ex-assistente pessoal Peter Freestone contou certa vez que as sessões de vídeo geralmente aconteciam às duas ou três da manhã depois que ele e os amigos chegavam de alguma noitada. “A fita do Prince era colocada e Freddie tinha o controle exclusivo do controle remoto. Seus convidados eram submetidos ao seu entusiasmo pelo filme repetidas vezes.”

‘Flash Gordon’ (1980)

A trilha sonora que o Queen fez para “Flash Gordon” inclui uma célebre frase gritada por Brian Blessed, que interpreta o Príncipe Vultan na ficção científica. Roger Taylor disse na época: “Nós tínhamos várias propostas para fazer trilhas na época, mas acho que eu e Brian ficamos atraídos por ‘Flash Gordon’ por causa de seu tipo de ficção científica, com conotações dos anos 30”.

‘Highlander’ (1986)

O Queen não demonstrou muito interesse em fazer parte do projeto quando a proposta foi apresentada em 1984. John Deacon lembra que na época o grupo queria descansar, mas que, quando assistiram a um corte de 20 minutos, mudaram de ideia e acharam ótima a aventura estrelada por Christopher Lambert e Sean Connery. O diretor Russell Mulcahy disse em uma entrevista que “estava em um ponto da carreira em que podia pedir alguns favores”. “O Queen havia feito uma ótima trilha para ‘Flash Gordon’, então nós mostramos um rolo com diferentes cenas e eles disseram: ‘Uau!'”, contou. O resultado foi além da expectativa do diretor, que tinha solicitado apenas uma música. Freddie compôs ‘Princes of the Universe’, Brian, ‘Who Wants To Live Forever’, e Roger, ‘It’s A Kind Of Magic’”.

 

Fonte: https://reverb.com.br/

 

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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