São Paulo comemora título no embalo do Queen

Depois de 26 dias do jogo que definiu o título, a vitória contra o América-RN, o São Paulo enfim pôde erguer a taça de campeão Brasileiro. E em grande estilo na trilha sonora, que teve a balada “We are the champions”, da banda britânica Queen, como tema da vitória.
Mas a festa dos campeões no Morumbi esteve perto de ser manchada pelo Botafogo que, ainda mordido pela derrota por 2 a 0 no primeiro turno quando vislumbravam o título Nacional, queria ir à forra no salão de comemorações do tricolor.
Prova disso foi que, em 20 minutos, os cariocas já tinham dois gols de vantagem no placar, aproveitando-se da falta de motivação dos donos da casa.
“O ruim de ser campeão antecipado é isso”, reconheceu Souza, que viu os gols de Lúcio Flávio e Juninho sentado no banco de reservas.
“O título tem de ser festejado, e a gente acaba tomando um golinho a mais e faz coisas que não faria no decorrer do campeonato”, justificou o meia, que como os companheiros se esbaldou na festança da última terça-feira, em uma casa de shows de São Paulo.
Também do banco, o técnico Muricy Ramalho assistiu, sentado, a falta de entusiasmo de seus jogadores em campo. Porém, a postura do treinador mudou na segunda etapa, bem como a dos seus comandados.
E se Muricy já passava a gritar e gesticular, os atletas procuravam se empenhar mais.
Aloísio tratou de diminuir a diferença para 2 a 1, de cabeça, aos 10min do tempo final, em uma bobeira da zaga carioca.
Mas o tento que salvou a festa tricolor veio do jogador que não tem seu nome gritado pela torcida organizada do clube.
Foi do volante Richarlyson o gol que igualou o placar, aos 39min, e livrou a equipe de receber o troféu com uma derrota. Após cobrança de falta, o camisa 20 se antecipou a zaga botafoguense e decretou o 2 a 2.
“Ficamos um pouco abaixo no começo, mas depois encurralamos eles”, disse “Ricky”, nome que usou no seu uniforme ontem, como forma de homenagear o técnico Muricy Ramalho, que o chama assim.
No final da disputa, a festa foi da torcida. Rogério e companhia, que ainda não tiveram o gostinho de levantar a taça das bolinhas pelo pentacampeonato, puderam, finalmente, dar a volta olímpica com o troféu de campeão nas mãos.
E fizeram a festa, jogando para o alto Muricy. “Meu único medo era que houvesse alguma trairagem nesse alvoroço”, brincou o treinador, referindo-se aos jogadores que ficaram no banco de reservas.
Ao ser indagado se se considerava o melhor técnico do Brasileiro, Muricy, que concorre ao prêmio da categoria com o flamenguista Joel Santana e o palmeirense Caio Júnior, preferiu a imparcialidade.
“Me considero um bom técnico, estudioso e aplicado. Não sou de falar bonito. Mas com certeza trabalho para caramba”, limitou-se a dizer o técnico, campeão também em 2006.
No próximo domingo, o São Paulo joga com o Atlético-PR, fora de casa, na última partida do campeonato. Mas poucos titulares devem participar desde jogo. “Agora é descansar bem porque o pessoal já está falando em Libertadores”, disse Souza.
Fonte: Folha de São Paulo – via: http://www.tricolormania.com.br

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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