Banda inglesa tocou ‘A kind of magic’ e ‘Radio ga ga’ nesta quarta (26).
Vocalista morto em 1991 apareceu no telão cantando ‘Bohemian rhapsody’
Bastaram soar os primeiros riffs da guitarra de Brian May para que o público fosse ao delírio na noite desta quarta (26) em São Paulo. Fãs com idade média acima dos 30 anos praticamente lotaram o Via Funchal para ver o lendário guitarrista e o baterista Roger Taylor, ambos integrantes da formação original do Queen, tocarem com Paul Rodgers, ex-integrante do Bad Company que assumiu os vocais em 2005. Três outros músicos de apoio acompanharam a banda inglesa em cerca de duas horas de show.
Embora o trio tenha acabado de lançar um novo álbum de inéditas, ‘The cosmos rocks”, que marcou o retorno do grupo ao estúdio depois de 13 anos, foram os clássicos de toda a carreira da banda que serviram de recheio principal ao repertório. Conforme Taylor havia avisado em coletiva de imprensa na capital paulista no início da semana, a apresentação alternou climas variados, indo de baladas a canções barulhentas.
A estrutura do show abre espaço para que todos apareçam igualmente, o que deu um certo equilíbrio no resultado final. O guitarrista foi acompanhado por palmas em seus intermináveis solos, ao passo que o baterista mostrou fôlego e boa forma ao cantar e tocar “A kind of magic”, um dos clássicos do Queen nos anos 80 ao lado de “Radio ga ga”, que foi acompanhada de um imenso dial que girava no telão.
Esse, aliás, é um dos pontos altos da tecnologia utilizada, já que mostra imagens dos integrantes em tamanho descomunal, de maneira semelhante à turnê mais recente do Police. A maior diferença em relação à banda de Sting, talvez, é que May e companhia mantêm uma postura muito mais espontânea no palco, sem competições ou burocracias.
Depois de “Crazy little thing called love”, canção rockabilly dos anos 70 no melhor estilo Elvis, a banda emendou a épica “The show must go on”, do início dos 90. Mas a melhor parte ainda estava por vir. Quem cantou “Bohemian rhapsody”, hit absoluto do Queen lançado há três décadas, foi o próprio Freddie Mercury, que surgiu imponente no telão. O vocalista, morto de Aids em 1991, foi homenageado com um clipe em que aparecia em diversos momentos, lembrando o lado mais teatral que o grupo perdeu.
Naquele ponto, quem ainda não estava satisfeito lavou a alma cantando em coro os sucessos “We will rock you” e “We are the champions”, que fechou a apresentação em clima de final de campeonato.
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