Cantor virou sensação na Inglaterra com seu disco de estréia.
Scissor Sisters, Elton John e, claro, Queen aparecem como influência.
Ele soa tanto quanto Freddie Mercury, mas não chega ao ponto de adotar o bigodão do líder do Queen. Fã de música dos anos 70, o cantor Mika é a nova sensação do pop atual. A febre começou no Reino Unido – onde o músico de 23 anos alcançou as paradas só com faixas vendidas por download – mas já atravessou o Atlântico e deve desembarcar por aqui com seu disco de estréia em breve.
Nascido em Beirute, no Líbano, Mika mudou-se para Londres com a família quando ainda era criança. Considerado estranho pelos colegas de escola, descobriu muito cedo que era mais difícil falar as coisas para as pessoas do que transformar os pensamentos em música – daí o talento para a composição. Mas não pense que o autor do single “Grace Kelly” (tocada 250 mil vezes em sua página no MySpace em menos de quatro meses) escreve canções depressivas ou tristes.
Seu recém-lançado “Life in cartoon motion” traz uma sucessão de hits com potencial até para a pista de dança. Aqui, o mundo de Mika tem espaço para melodias coloridas e um tanto contagiantes, com direito a falsete e muita purpurina – uma espécie de interpretação teatral das letras que o líder do Queen certamente aprovaria.
Com dez faixas repletas de pianos, guitarras festivas e muitas batidinhas alegres – sem contar o clima sacro que encerra “Happy ending” – o álbum já foi considerado um mix de Scissor Sisters com Elton John. E – acredite se quiser – os vocais do refrão de “Love today” lembram muito… Eminem.
A mistura de referências a princípio inusitadas talvez venha do fato de Mika ter tido aulas de música com um professor russo. De qualquer forma, um desenho animado talvez seja a imagem ideal para ilustrar o que ele é capaz de fazer com a voz – e tudo o que a cerca.
Se algumas faixas podem trazer um pouco de frescor à música pop, outras lembram uma certa atmosfera dance dos anos 90, como “Relax, take it easy” ou “Big girl (You are beautiful)”. Um clima de musical invade os ouvidos e é inevitável imaginar pessoas de mãos dadas dançando com bexigas caindo. Nada contra o gênero, mas às vezes ele se torna um pouco festivo além da conta.
Fonte: G1