Muitos fãs de hoje nem tinham nascido quando o Queen estava no auge, mas cantam e se emocionam como se tivessem vivido a época de ouro da banda.
Eles entoam a música que virou o hino daqueles que a sociedade tanto valoriza: os vencedores!
A galera roqueira chegou cedo. “Dá pra lavar a alma de pessoas jovens como eu de ver o que é o rock and roll, o que aconteceu na história”, diz Tiago Caio Martelo, 21 anos, estudante.
“Queen é atemporal”, declara Marilu Araújo, engenheira química.
Tem família inteira que é fã! “Eu sou Queen maníaco”, diz Reinaldo Martinez Ruiz, engenheiro civil.
A disposição dos brasileiros é o que encanta os veteranos do Queen. O baterista Roger Taylor, ícone de uma geração, faz um elogio.
“A gente ama que todos cantem nos shows e o público aqui no Brasil é muito bom nisso”, diz o baterista.
O mestre da guitarra, Brian May, relembra o show antológico que fizeram com Freddie Mercury no primeiro Rock in Rio, em 1985.
“O Brasil mudou a nossa vida. Foi o primeiro lugar em que as pessoas realmente cantaram as letras e até de uma música que não considerávamos um grande hit, “Love of my Life”. O Brasil abraçou ela de coração e cantou para a gente. Foi muito emocionante!”, relembra.
Marta estava lá naquele dia. “O Freddie ali ficou perplexo, o Brian também e aquilo foi emocionante, emociona até hoje”, declara Marta Grisolia, organizadora do Queen’s Day.
Mas e agora, um show sem Freddie Mercury? O cantor morreu de AIDS em 1991.
“A sombra do Fredie Mercury é muito grande”, diz um fã.
“Não é para substituir. É como se fosse um tributo”, comenta outro.
A duas horas do show, os fãs já disputavam a ‘sessão gargarejo’ pra ver os ídolos de perto. Afinal, a espera foi longa. Há 23 anos, o Queen não tocava no Brasil.
Termina no Brasil a turnê do Queen com Paul Rogers. O vocalista ajudou a fundar duas bandas: o Free e o Bad Company. Paul despontou na década de 1970 e dizem que o jeito dele de cantar inspirou até Freddie Mercury.
“Os fãs têm sido fantásticos, os fãs do Queen e do Freddie e os meus também. Alguns ficavam em dúvida sobre essa união, mas o que a gente faz é o que nos mantém unidos até agora. É a química que temos quando tocamos juntos”, afirma Rogers.
Fonte: globo.com