Play the Game
Data de lançamento: 30 de maio de 1980
Melhor posição nas paradas: 14° lugar na parada britânica. 42° lugar na parada americana
Lado A: Play The Game (Freddie Mercury)
Lado B: A Human Body (Roger Taylor)
Álbum: The Game
– Play The Game é uma balada cativante de Freddie Mercury cheia de romantismo. Nessa época, as músicas de Freddie começaram a se concentrar principalmente na busca do amor e da felicidade, e a maioria de suas letras adotava uma abordagem mais literal.
– Play The Game é um apelo direto por amor e romance.
– De acordo com Peter Phoebe Freestone, assistente pessoal de Freddie, a música foi escrita sobre o então amante de Freddie, Tony Bastin, que não estava seguindo as regras arbitrárias de amor de Freddie na época, e recebeu sumariamente um relógio Rolex de presente – o presente de despedida do cantor para os amantes.
– Com o lançamento da música, o Queen entrou para a era dos sintetizadores.
– A música representa uma transição bem sucedida para uma década que foi marcada pelo uso de sintetizadores em vários tipos de correntes musicais novas como new wave e hip-hop.
– Construída como uma balada de piano lânguida, escrita na mesma linha de faixas anteriores como Jealousy e You Take My Breath Away, Play The Game é levado a alturas extraordinárias pelo solo de Brian, e o piano de Freddie é excelente.
– Foi o terceiro single lançado do álbum The Game. O single subiu para o 14° lugar nas paradas britânicas. Neste single, Roger Taylor estreia o seu sintetizador Oberheim OB-X, o que permitiu ao Queen criar sons revolucionários.
– Em 2014, uma versão ligeiramente editada foi lançada na compilação Queen Forever, que cortou os swoops sintéticos introdutórios, apresentando-a mais no estilo de quando tocada ao vivo.
– A revista do Fã-Clube Oficial da primavera de 1980 relatou que uma versão alternativa foi gravada com Andy Gibb. A faixa, ainda sem título, é uma das composições de Freddie e ele ficou muito impressionado com a voz de Andy Gibb, o irmão mais novo dos irmãos Gibb (que formou os Bee Gees em 1958), estava naquela época desfrutando de seu status de galã adolescente e artista solo. Esta gravação foi negada por todos, mas só o tempo dirá se isso realmente existe ou não.
Andrew Roy Gibb (Andy Gibb) – (Manchester, 5 de março de 1958 – Oxford, 10 de Março de 1988)
– O vídeo da música apresenta efeitos visuais notáveis e Freddie Mercury segura um microfone sem fio na mão, objeto revolucionários para os cantores dos anos 80.
– O vídeo foi filmado em 29 de maio de 1980 no Trillion Studios de Londres e teve Brian Grant assinando a direção. O vídeo é considerado inovador porque apresenta técnicas inovadoras como câmera lenta e reversa, tonando o vídeo um produto inconfundível para a época.
– O destaque do vídeo é uma troca divertida entre Freddie e Brian, onde o primeiro arrebata a guitarra do segundo – não The Red Special, pois Brian recusou seu precioso instrumento para ser submetido a tal abuso, mas uma imitação barata da Fender Stratocaster – e foge com ele, apenas para jogá-lo de volta para o guitarrista a tempo de seu solo.
– Outro detalhe que chamou a atenção dos fãs do Queen foi fato de que John Deacon não estava usando seu baixo Fender Precision, mas sim um Kramer Custom DMZ 4001 e Brian May também não estava usando a sua querida guitarra Red Special e sim uma Fender Stratocaster.
– A maior mudança aconteceu no visual de Freddie Mercury que apareceu com um bigode que se tornaria sua marca eterna. Na década de 80, usar um bigode significava um pertencimento à comunidade gay, embora a sexualidade do cantor ainda fosse um segredo. O vídeo de Play the Game representa um verdadeiro renascimento para o Queen, que conseguiu modernizar sua imagem no espaço de um único vídeo.
– A música ficou melhor no cenário ao vivo, onde foi um dos pilares do set entre 1980 e 1982 (a música também foi ensaiada para a turnê Queen Works! de 1984, mas não entrou no set list.
– Brian foi encarregado de preencher o som no lugar dos sintetizadores nas apresentações ao vivo, o que ele fez com desenvoltura.
– Uma versão ao vivo especialmente animada foi lançada no Queen Rock Montreal, enquanto uma versão com Morgan Fisher auxiliando nos sintetizadores foi lançada no Queen On Fire: Live At The Bowl.
– A música foi trazida de naftalina para a turnê de festivais de primavera / verão de 2016 do Queen + Adam Lambert pela Europa, servindo como uma introdução a Killer Queen e novamente como uma apresentação completa na turnê de verão de 2018.
Vídeo oficial de Play The Game
Play The Game – Live at Montreal
https://youtu.be/LS1RXZ6qpLc
A Human Body
– Foi composta por Roger e deveria integrar o álbum, mas foi substituída por Comming Soon.
– De acordo com o co-produtor Mack, A Human Body de Roger foi originalmente planejado para aparecer no The Game no lugar de Coming Soon:
Lembro que Roger escreveu três faixas para The Game, e as três causaram problemas na banda: havia uma música chamada Coming Soon que Roger, a princípio, achou que estaria no single, deixando um lugar no álbum para outra sua, A Human Body. Mas Brian e Freddie objetaram que se A Human Body fosse incluído, o álbum seria muito melódico, já que eles já haviam escrito três músicas para ele. Finalmente, eles convenceram Roger, que estava especialmente orgulhoso de A Human Body, e optou por Coming Soon.
– Nesta música, Roger Taylor presta uma homenagem à Robert Falcon Scott, um renomado explorador britânico que perdeu a vida em 1912 durante uma expedição à Antártida. As conquistas de Robert são muito comemoradas no Reino Unido. Mas, mesmo assim, ele é um personagem polêmico porque acredita-se que foi por causa de seus erros de comando que toda a sua equipe morreu quando retornaram ao acampamento base após chegarem ao Pólo Sul.
Robert Falcon Scott
– Roger assume o vocal principal neste rocker de ritmo médio e acústico, tocando a maioria dos instrumentos (indicando que pode ter sido originalmente planejado para Fun In Space), com vocais de apoio proeminentes de Roger, Freddie e Brian.
– A música foi negligenciada, devido ao seu status de não-álbum, aparecendo como lado B de Play The Game em maio de 1980, e incluída no álbum de raridades The Complete Vision, disponível apenas no box set de 1985 The Complete Works. A música foi finalmente lançado em 2009 na coleção The Singles Collection – Volume 2 e dois anos depois na reedição de The Game.
Georg Purvis. Queen: Complete Works.
Bernoît Clerc. Queen all the songs: the story behind every track