Disco Hints #14 – A Night at the Opera, Queen

Queen é uma banda de rock, formada em Londres, Inglaterra, em 1971, originalmente composta por Freddie Mercury (vocal principal, piano), Brian May (guitarra, vocal), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria, vocal). Brian e Roger ocasionalmente cantavam algumas músicas. O início da banda remonta a 1967, quando Brian May, Tim Staffell e Roger Taylor formaram o trio Smile, no Imperial College em Londres, onde todos estudavam. Após a saída do baixista e vocalista do grupo, Tim Staffell, em 1970, May e Taylor foram apresentados por Staffell a Farrokh/Freddie Bulsara, em abril do mesmo ano, o qual viria a ser o vocalista da nova banda com o nome artístico Freddie Mercury, batizando a banda com o nome Queen. Em 1971, John Deacon completou a formação do Queen como baixista.  A banda já vendeu mais de 300 milhões de cópias de seus álbuns no mundo inteiro e foi uma das mais populares bandas britânicas da décadas de 70 e 80, apresentando-se com magníficas produções em seus concertos e nos videoclipes de suas músicas. Mesmo nunca tendo sido levada a sério pelos críticos da sua época, que consideravam a sua música “comercial”, a banda tornou-se uma das mais famosas entre o público, graças à sua mistura única entre as complexas e elaboradas apresentações ao vivo e o dinamismo e carisma da sua estrela maior, o vocalista Freddie Mercury.
Em 24 de novembro de 1991, o vocalista e líder da banda, Freddie Mercury, faleceu em sua mansão em Londres, vítima de uma broncopneumonia, decorrência da AIDS. Freddie tinha 45 anos de idade. Em 1997, o baixista John Deacon retirou-se do cenário musical. Em 2005, Brian e Roger iniciaram uma colaboração com o vocalista Paul Rodgers (ex-Free, ex-Bad Company), sob o nome de Queen+Paul Rodgers, que acabou em maio de 2009, tendo gravado apenas um álbum de estúdio, lançado em 2008.

O álbum de hoje é o ‘A Night at the Opera’

A Night at the Opera é o quarto álbum de estúdio da banda e foi lançado em 1975.

Canções como “Love of my Life” e “Bohemian Rhapsody” fizeram grande sucesso, sendo executadas em praticamente todos os concertos do grupo desde então. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame. Gravado nos melhores estúdios da época, é considerado a maior obra-prima do grupo, e é sempre citado entre os melhores álbuns de Rock. Sua produção é reconhecida como uma das mais perfeitas da história da música. Todos os instrumentos foram gravados em estúdios separados. Gravaram apenas a bateria em um estúdio, guitarra em outro e assim por diante. “Não é paranóia, é perfeccionismo” dizia Freddie Mercury na época.
O disco começa com “Death on Two Legs”, uma “não-homenagem” ao empresário da banda à época, afastado por conduta financeira pouco honesta. Em seguida de uma canção curta, de época, “Lazing on the Sunday Afternoon”. Todos da banda conseguiram fazer canções, seja o baterista Roger Taylor em “I’m in Love With my Car”, O baixista John Deacon em “You’re my Best Friend”, O guitarrista Brian May (“’39” e “Good company”) ou Freddie Mercury com “Love of my Life” e “Bohemian Rhapsody”. O disco fecha com “God Save the Queen”, um hino à rainha da Inglaterra, no qual May consegue reproduzir instrumentos tradicionais de corda.
Faixas:
Lado A
A canção foi escrita por Freddie Mercury e descreve o seu ódio ao ex-empresário do Queen, Norman Sheffield, que teve a fama de ter maltratado a banda e abusado de seu papel como gerente de 1972 a 1975.  A canção foi gravada e mixada no Sarm East Studios no final de 1975. Tal como acontece com “Bohemian Rhapsody“, a maioria das partes de guitarra sobre a canção foi inicialmente jogado no piano por Mercury, para demonstrar a Brian May como eles precisavam ser reproduzidos na guitarra. A música é considerada uma “carta de ódio” de Mercury para o ex-gerente do Queen, Norman Sheffield, incorporando uma vasta gama de letras ferozes, como descrito por Mercury

“É tão vingativo que Brian se sentiu mal cantando. Eu não gosto de explicar o que eu estava pensando quando escrevi uma canção. acho que isso é horrível, simplesmente horrível. ” (Freddie Mercury)

“Lazing on a Sunday Afternoon”  (Mercury)

“Lazing on a Sunday Afternoon” é outra canção de Mercury. Ele tocou piano e fez todos os vocais. O vocal principal foi cantada em estúdio e reproduzidas através de fones de ouvido num balde de lata em outras partes no estúdio. Um microfone pegou o som do balde, que lhe dá um som vazio de “megafone”.
“I’m in Love With My Car” está entre as músicas mais famosas de Roger Taylor no catálogo do Queen. A canção foi inicialmente tomada como uma piada por May, que pensava que Taylor não estava falando sério quando ouviu uma gravação demo. Taylor tocou as guitarras na demo original, mas eles foram mais tarde re-gravadas por May em seu Red Special. Os vocais foram realizados por Taylor na versão de estúdio, e todas as versões lançadas ao vivo. Os sons de aceleração no encerramento da música foram gravados por um Alfa Romeo, o então carro atual de Taylor.
Composta pelo baixista para sua esposa, foi lançada como segundo single do álbum em 1976 e chegou ao sétimo lugar no Reino Unido e ao décimo sexto lugar nos EUA. Nesta canção Deacon toca piano elétrico (já que Freddie Mercury não gosta do som do instrumento e por isso não toca), a partir do baixo, o som especial deste piano tem um papel proeminente na canção.
“’39”  (Brian May)
’39 Foi a tentativa de May para fazer “skiffle sci-fi”. A música relata o conto de um grupo de exploradores espaciais que embarcam no que é, a partir de sua perspectiva, uma viagem de um ano. Após seu retorno, no entanto, eles percebem que cem anos se passaram, por causa do efeito dilatação do tempo na Teoria da Relatividade Especial, e os entes queridos que deixaram para trás agora estão todos mortos. Como o “ano de 39” se assemelha a 1939, alguns têm especulado que esta é realmente uma canção sobre o início da Segunda Guerra Mundial, mas este não é o caso.
A canção ficou nas paradas “Hot 100” por um total de vinte e cinco semanas. O vídeo da música apresentou atriz Maia Campbell.
“Seaside Rendezvous”, escrito por Mercury é provavelmente mais conhecido pela seção de ponte musical, que começa em torno de 0:51 na música. A seção é realizada inteiramente por Mercury e Taylor usando sozinhos suas vozes. Mercury imita instrumentos de sopro, incluindo um clarinete e Taylor instrumentos em sua maioria metal, incluindo tubas e trompetes, e até mesmo um kazoo (tio Wikipedia, o que é um kazoo?). O parte de sapateado também é feita por Mercury e Taylor sobre a mesa de mixagem com sapatilhas em seus dedos. Mercury toca piano de cauda.
Lado B
No show no estúdio com Barba Ruiva, que protagonizou Uma Noite na Ópera, May explicou que ele escreveu a canção depois de um sonho que ele teve enquanto ele se recuperava de uma doença durante a gravação do “Sheer Heart Attack”, álbum e é a fonte de algumas das letras.
“Love of My Life”  (Mercury)
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A música foi escrita por Freddie Mercury em homenagem a Mary Austin, com quem teve um longo relacionamento no início dos anos 70 e que manteve uma forte amizade até a sua morte, em 1991. Uma versão ao vivo, incluída no álbum Live Killers, lançado em 1979, alcançou o primeiro lugar na Argentina e no Brasil.
“Good Company” foi escrito e cantado por May, que proporciona todos os vocais. A canção é um conto de narrativa, contada por um homem que em idade jovem foi aconselhado por seu pai para “cuidar das pessoas que você chamar de seu, e manter uma boa companhia”. Em seus anos mais jovens, o cantor segue o conselho de seu pai, mantendo os seus amigos e se casando com uma garota chamada Sally. No entanto, após seu casamento, ele começa a perder o interesse em seus amigos, que desaparecem gradualmente. Enquanto ele cresce, ele fica cada vez mais hábil e dedicado a sua profissão, trabalhando longas noites e desprezando sua família. Eventualmente, os esforços do homem são recompensados​​, ele começa sua própria empresa limitada (que também é um trocadilho, já que todo o resto da música “empresa” é usado no sentido de companheiros). Ainda mais dedicada ao seu negócio, ele mal percebe que sua esposa o abandona. A canção termina com o personagem como um homem idoso, fumando seu cachimbo e refletindo sobre as lições de sua vida, que ele não tem mais ninguém para compartilhar.
“Bohemian Rhapsody” (Mercury)
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Esta canção não possui refrão, e consiste de três partes principais: um segmento de balada que acaba com um solo de guitarra, uma passagem operística e uma seção de hard rock. Nela, Freddie Mercury, Roger Taylor e Brian May cantam respectivamente nas tessituras média, aguda e grave. May toca a guitarra, Taylor toca bateria, tímpano (pra você, que como nós, não sabe o que é isso, vamos ao tio Wikipedia) e gongo, e John Deacon toca o baixo elétrico. Quando foi lançada como single, “Bohemian Rhapsody” se tornou um sucesso comercial, ficando no topo da UK Singles Chart por nove semanas e vendendo mais de um milhão de cópias até o fim de janeiro de 1976. Ela alcançou o topo das listas em diversos outros mercados, incluindo Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Irlanda e Holanda.
O single foi acompanhado de um vídeo promocional, inovador para a época, e popularizou o uso de videoclipes para lançamento de singles, além de ter sido considerado o marco inicial da “era da MTV”. Apesar de a reação crítica ter sido inicialmente dividida, particularmente nos Estados Unidos, “Bohemian Rhapsody” continua sendo uma das músicas mais populares do Queen.. A revista Rolling Stone a colocou na 163° posição da sua lista “The 500 Greatest Songs of All Time“, e considerou o seu solo de guitarra como o 20° melhor solo de todos os tempos.

“God Save the Queen” (tradicional, arr. May)
É o hino da Inglaterra que May gravou em 1974 antes de sua turnê Sheer Heart Attack. Ele tocou um piano guia que foi editado mais tarde e adicionado várias camadas de guitarras.

Fonte: www.infodall.com
Dica de: Roberto Mercury

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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