Mesmo enquanto Freddie Mercury lutava por sua vida, ele não deixava de trabalhar nas canções do Queen. Sempre houve esperança, ao menos parecia, de que algo bom pudesse ser feito nesses últimos momentos musicais dele. Mas, como lembra o guitarrista Brian May, nem sempre era fácil. Por volta de 1990, Mercury tornou-se notavelmente mais magro enquanto batalhava contra a AIDS. Mas Mercury estava disposto a dar tudo o que podia, até o último momento.
“Eu escrevia um verso e cantava pra ele“, disse May a Herman Grech, do The Times, “porque a canção não estava pronta ainda. Então para cada linha ele fazia quatro takes. Daí nós faríamos outro verso. E aí ele dizia ‘Me dê uma vodka.”. E aquilo deu forças a ele. Depois de cada dose ele dizia ‘Me dê mais letras, versos. Mais, mais e mais. Eu quero fazer isso’. Ele estava muito focado e sabia que não ficaria mais ali por muito tempo.“
Essa seção ocorreu por volta de um mês antes de Mercury sucumbir à doença. A canção, intitulada “Mother Love” apareceria eventualmente no álbum póstumo de 1995, o “Made in Heaven”. “Aquela foi a última coisa que fizemos juntos. Freddie estava muito mal. Havia poucos momentos em que ele se dizia bem, que pudesse levantar e cantar. Mas ele estava disposto a trabalhar. Ele amava trabalhar. Acho que era isso o que realmente o fazia sorrir.”, contou May.
Fonte: themenestrel.wordpress.com (dica de Roberto Mercury)