Roupas de Freddie em shows

Mais um trecho da entrevista com Peter Freestone feita por Mercury Roadrunner e divulgada no Queenchat.

Aqui Peter fala sobre as roupas usadas por Freddie nos shows.

PS: Na turnê do Hot Space, podemos ver flechas nas roupas de Freddie. O que havia de tão especial para Freddie nessas flechas?

PF: Não sei. É apenas algo que entrou em sua mente. Elas também estão no vídeo de “Body Language”. Acho que é apenas algo que o fascinou na época. Ele apenas decidiu que gostava de flechas.

PS: Entendo. E de onde exatamente você comprou todos aqueles coletes e jaquetas com setas para ele, para shows?

PF: Na verdade, foram todos feitos nos Estados Unidos, foram feitos para ele. Eles compraram as camisetas e as pintaram. E com as jaquetas de couro e as outras jaquetas, eles simplesmente as fizeram. Havia aquele casaco grande que ele tinha. Ele só o usou, eu acho, uma ou duas vezes. Com as setas reais costuradas nele. Ele literalmente usou duas vezes, eu acho. A razão pela qual ele não o usou foi porque ele não podia tirar no palco, porque assim que ele começou a suar o cassaco grudou nele. Então, não havia como ele simplesmente tirá-lo. É por isso que ele parou de usar. Mas foi apenas uma fase pela qual ele passou.

PS: Falando sobre as camisetas do Freddie, Freddie costumava usar algumas camisetas com logotipos de diferentes estabelecimentos gays, diferentes clubes gays, como Haven, The Works. E a questão é: como exatamente ele costumava obter essas camisetas? Elas foram dadas a ele como presentes ou ele as comprou?

PF: A maioria era. Quero dizer, obviamente, nós nos oferecemos para pagar, mas então o gerente disse: “Não, não, não. Pegue, pegue. ” Porque, é claro, vai ser uma boa publicidade para eles, não é?

PS: Com um superstar vestindo suas camisetas. Por falar em clubes, você já visitou o famoso Studio 54 em Nova York?

PF: Sim, íamos lá com bastante frequência. Normalmente na noite de domingo. E era bom, era bom. Era domingo, porque ele ia ao The Saint no sábado. Era divertido, era bom. Era muito, muito diferente por causa da história que estava ligada a ele. Mas era bom, era grande o suficiente para as pessoas se esconderem. Se você quisesse ser visto em uma fotografia – sim, tudo bem, muito bem. Mas se você não queria ser fotografado, então havia muitos lugares onde você poderia simplesmente ficar de pé ou sentar, ou o que quer que seja.

PS: De que forma era diferente?

PF: Quer dizer, a sensação do lugar. Porque gastaram muito dinheiro no interior. Com toda a iluminação diferente, palco, tudo estava lá. Tinha um pouco de glamour.

PS: Gostaria de perguntar a você, no seu entendimento, Freddie era algum tipo de pessoa espiritual? Talvez não fosse religioso, mas meio que crente, já que podemos ver muitas letras de suas canções onde ele menciona Deus.

PF: Ele não seguia nenhuma religião organizada, porque é algo sobre o qual ele nunca falou, porque ele sentia que isso e política eram, de fato, muito privadas para uma pessoa. Mas eu acredito que ele tinha uma fé, ele tinha sua fé, mas não de uma forma que reconheceríamos.

PS: Voltando ao nosso tópico sobre clubes, você poderia tentar se lembrar da história sobre Freddie conhecer um dos membros do Village People em um dos clubes?

PF: Estou tentando lembrar em qual clube estávamos. Na verdade, poderia ter sido o The Works, onde o conhecemos, porque sei que foi apenas um encontro casual. Então fomos a alguma promoção que o Village People estava fazendo. E nós estávamos lá, nos encontramos com David Hodo; ele era o operário da construção. Eles se tornaram bons amigos e se encontravam com frequência em clubes sempre que Freddie estava em Nova York. Mas foi apenas um encontro casual.

PS: Correram alguns rumores de que algum acidente aconteceu com Freddie quando ele conheceu um dos membros do Village People em um clube. Você se lembra de algo assim?

PF: Acidente, não. Teve aquela vez em um dos clubes, havia um grupo nosso e David estava lá conosco. Fui ao banheiro e disse a Freddie: “Apenas fique aqui”. E ele disse: “Sim, sim, sim”. E então eu fui ao banheiro e quando voltei, é claro, ele não estava lá onde deveria estar. E então David veio, me encontrou e disse: “É melhor você vir e dar uma mão ao Freddie”, eu disse: “Por quê? O que?” Ele disse: “Você tem que ver”. Viramos a esquina e lá estava Freddie pulando em um grande recipiente de rede onde estavam todos os copos de plástico das bebidas que você acabou de jogar fora. Ele estava apenas pulando para cima e para baixo, porque alguém realmente colocou algo em uma de suas bebidas, e ele simplesmente ficou … feliz. [risos] Então, David e eu, nós apenas o levantamos, o pegamos e o colocamos no bar e não o deixamos ir a lugar nenhum.

PS: Voltando aos tempos do Hot Space, você pode realmente ser visto nos bastidores do show Milton Keynes Bowl, e você está caminhando junto com Freddie para o palco. Você pode compartilhar alguma lembrança especial sobre esse show?

PF: O show em si, não. Mas na noite anterior ao show, ele foi mordido na mão por seu namorado na época, Bill Reid. Ele o mordeu e tirou sangue entre o polegar e o indicador. Então, Freddie estava tendo um pouco de dificuldade em tocar piano naquele show. No que diz respeito à música, foi outro grande show ao ar livre do Queen.

PS: Falando sobre a turnê Hot Space, no geral, qual foi o momento mais específico ou, talvez, a sua memória pessoal dela?

PF: Não, na verdade não. Uma turnê se mistura com a próxima, seja na Europa ou na América. Quando você está realmente em turnê, é basicamente o mesmo todas as noites – passagem de som, show, saída, hotel, viagem para o próximo lugar. Tornou-se muito rotineiro.

PS: Como telespectador, você viu apenas um show do Queen, certo?

PF: Sim, o show que eu vi foi um dos shows de Wembley em 1986. Foi na sexta à noite. Ele tinha amigos dos Estados Unidos e queria que eu cuidasse deles. E então Joe realmente cuidou dele para o show.

PS: E você não viu do palco, mas como um espectador?

PF: Sim. Estávamos todos sentados no camarote real, que era, mais ou menos, a área VIP. Você não consegue uma boa visão nem nada, e isso está em qualquer show. É bem ao lado ou algo assim. Você realmente não vê nada. É realmente um lugar onde as celebridades podem sentar-se para que o público possa ir vê-las. Era para isso, realmente.

Continua…. Muitas curiosidades estão por vir….

Acesse aqui as matérias anteriores:

1) Live Aid: Assistente de Freddie Mercury conta histórias dos bastidores – Queen Net

2) Assistente Pessoal de Freddie Mercury conta histórias – Queen Net

3) Freddie Mercury contou por que seu álbum se chamou “Mr. Bad Guy” – Queen Net

4) Freddie Mercury curtia Prince e admirava Madonna e Montserrat Caballé – Queen Net

5) Assistente de Freddie Mercury conta como era conviver com ele – Queen Net

6) Peter Freestone conta os bastidores das gravações de vídeos – Queen Net

7) Elton John apoiando Freddie na doença e outras histórias do seu Assistente – Queen Net

8) Peter Freestone: Últimos momentos de Freddie – Queen Net

 

Fontes: www.queenchat.boards.net

www.vk.com/queenrocks

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

Outras notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *