Depois dos teatros da Instalação e Amazonas ficarem pequenos para quantidade de público, o largo São Sebastião foi o escolhido para a terceira récita do ‘A Night at The Opera’, tributo dedicado à banda Queen. O espetáculo está confirmado para este mês, com data a ser definida, segundo o secretário de cultura, Robério Braga.
De acordo com ele, a equipe da Secretaria de Estado de Cultura (SEC) já iniciou os preparativos para a apresentação e está previsto, para a próxima semana, o início dos ensaios dos artistas. “O show será em um fim de semana, aberto ao público, em pleno largo. Esse foi um espetáculo maravilhoso, que me surpreendeu, embora eu já esperasse um bom resultado pela qualidade dos artistas envolvidos e por ser dedicado a uma banda de rock de referência mundial”, ressaltou Robério Braga.
A homenagem ao grupo inglês Queen estreou em maio, durante o 17º Festival Amazonas de Ópera, no Teatro da Instalação, que comporta apenas 200 pessoas. Devido ao número do público que ficou do lado de fora, a SEC fez um ‘bis’, semanas depois, no Teatro Amazonas. Mesmo com a capacidade para quase 700 pessoas, o teatro não foi suficiente para comportar todos os fãs – cerca de 500 não conseguiram entrar no local.
“Acreditamos que também vamos lotar o largo. Tudo isso é fruto do festival que além de uma ópera desafiadora, sempre é marcado por um processo criativo inovador, como foi esse. E com certeza vamos manter essa linha nas próximas edições”, avisou o secretário.
Rock e erudito
‘A Night at The Opera’ mostrou no palco uma roupagem nova às músicas antológicas do Queen, em uma mistura de rock com música clássica. Idealizador e diretor do projeto, o maestro Marcelo de Jesus trocou a batuta pelo piano e convidou músicos ligados a cena roqueira da cidade e outros do meio erudito para compor a banda.
Um deles é o cantor Humberto Sobrinho, conhecido do grande público por liderar bandas de rock como Glory Opera e Achillea. Embora tenha estreado em projetos eruditos durante o Concerto de Natal “Glorioso”, no final do ano passado, o artista ressalta o desafio em interpretar canções do Freddie Mercury durante um festival de ópera. “Quem é músico mesmo, sabe da riqueza musical que tem o Queen. Já cantava algumas músicas deles, mas a maioria não faziam parte do meu repertório. Estudei muito para chegar ao máximo de aproximação da forma de cantar do Freddie, mas sem deixar de lado as minhas características próprias”, disse.
O cantor reforça que ficou surpreso com a resposta do público e, consequentemente, com a realização da terceira récita. Segundo ele, boa parte desse sucesso é fruto também dos bastidores. “Além de artistas comprometidos, todos nós, pessoalmente, gostamos de Queen, inclusive o maestro. Também nos divertimos e tivemos um clima de muita descontração durante todos os ensaios”, contou
No tributo amazonense, Humberto Sobrinho divide os vocais com Mirian Abad. Eles contam com um coro formado pelo Madrigal da Casa de Música Ivete Ibiapina. Além disso, os novos arranjos ganham um toque erudito com a bateria e a percussão de Andrio Dias e com o violoncelo elétrico de Adriana Velikova. Ela é responsável por tocar o que equivaleria o baixo de John Deacon.
Fonte: www.emtempo.com.br
Dica de: Roberto Mercury