IN THE LAP OF THE GODS
(7ª música do 3º álbum)
– Desde os primeiros compassos da música, Freddie Mercury nos mergulha em um universo lírico que ele havia abandonado depois de Queen II. O artista se refere à mitologia grega quando usa a expressão In The Lap Of The Gods (No colo dos deuses), que equivale a dizer estou nas mãos do destino.
– A frase tem suas raízes na Ilíada de Homero, onde Automedonte, o cocheiro de Aquiles na Guerra de Tróia, clama que a vitória está nas mãos dos deuses. No entanto, as palavras não têm qualquer conotação teológica, e sim é uma canção de amor que Freddie desenvolve, apoiada por refrões poderosos e repetitivos.
– O início de In The Lap Of The Gods impressiona, assim como o título, pois, tendo internalizado a voz de falsete de Roger e os efeitos de panning aplicados à de Freddie (que os ouvintes podem captar entre os segundos 32 e 40), se instala o piano. O verso começa então, com a voz do cantor modificada por Roy Thomas Baker, sem dúvida para acentuar seu aspecto lírico.
– Vamos recordar o filme Phantom of the Paradise, de Brian De Palma, que estreou no mesmo ano: Freddie então aparece como Winslow Leach, o compositor ferido e de voz quebrada que estrela o filme, tentando cantar através de filtros manipulados por um produtor interpretado por Paul Williams.
Roy Thomas Baker aplica o pitch à voz de Freddie.
– Este procedimento permite que a nota original seja abaixada ou aumentada, da mesma forma que um teclado de piano é abaixado ou aumentado. A voz mantém a mesma nota para ser acompanhada pelos mesmos acordes de piano, mas com várias oitavas de diferença.
O estúdio TONTO do músico de jazz Malcolm Cecil serve de cenário para uma das principais
cenas do filme de Brian De Palma, de 1974, Phantom of the Paradise.
Vídeo oficial de In The Lap Of The Gods
Trailer do filme Phantom Of The Paradise
Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc
Tradução: Helenita dos Santos Melo