Vinte anos após a morte de Freddie Mercury o grupo continua reinando
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=HgzGwKwLmgM]
O aniversário de 20 anos da morte de Freddie Mercury, vítima de Aids, foi lembrado na última quinta-feira, dia 24, mas a estrela do carismático líder do Queen brilha com mais força do que nunca e seus companheiros continuam vivendo de seus antigos sucessos.
A mítica banda de rock britânica, que completa este ano 40 anos, está entre as que venderam mais discos em todos os tempos, cerca de 300 milhões, segundo fontes, a maioria nas últimas duas décadas.
O guitarrista do Queen, Brian May, e o baterista, Roger Taylor, têm mais trabalho do que nunca e algumas músicas de Mercury, como “Boehmi Rhapsody” e “Don’t Stop me Now”, se tornaram clássicos.
Nos anos após a morte do cantor, que para o jornal britânico The Independent “pareceu apenas um susto na carreira”, o valor do Queen subiu muito e diversos artistas o citam entre suas influências, incluindo Lady Gaga, Robbie Williams e Muse.
Mercury morreu aos 45 anos em sua casa em Londres, no dia 24 de novembro de 1991, em consequência de uma broncopneumonia causada pela Aids, enfermidade que tinha sido diagnosticada vários anos antes.
Seus admiradores lembram-se dele por suas cativantes atuações ao vivo, sua surpreendente voz e por hits inesquecíveis como “We are the Champions”, hino inevitável de qualquer final esportiva, “Killer Queen”, “Crazy Little Thing Called Love” ou “Barcelona”, interpretada em dueto com a soprano espanhola Monserrat Caballé.
O musical “We Will Rock You”, que estrou em 2002, continua cheio em todas as suas apresentações em Londres e foi montado em vários países. O interesse que Mercury desperta impulsionou a produção de um filme biográfico, protagonizado pelo excêntrico Sacha Baron Cohen (intérprete de “Borat”) e que se concentrará nos anos anteriores à extraordinária apresentação do Queen no show Live Aid, em Londres, em 1985.
“Mesmo que não esteja fisicamente presente, sua presença parece mais poderosa do que nunca”, escreveu May em um blog em setembro, pelo que seria o 65º aniversário de Mercury.
“Devorava a vida. Comemorava cada minuto. E, como um grande cometa, deixou uma estrela luminosa que brilhará durante muitas gerações”, acrescentou na ocasião.
Um dia antes de morrer, Mercury confirmou em um comunicado que tinha Aids. Em menos de 24 horas, entrou em coma e morreu, depois de ter conservado sua doença em segredo, sem nunca expressar seu sofrimento.
Mercury disse em uma entrevista em 1987 que não tinha medo de se tornar um velho de 70 anos rico e solitário. “Vivi uma vida plena e se morresse amanhã, não me importaria. Fiz realmente de tudo”, disse.
Nascido como Farrokh Bulsara, no dia 5 de setembro de 1946, em uma família indiana que morava em Zanzibar e educado em um internato de estilo inglês na Índia, o tímido adolescente chegou a Londres quando sua família fugiu da revolução no pequeno país africano em 1964.
Sua imagem mais clássica é com uma jaqueta de estilo militar amarela e calça branca que usou durante a turnê de 1986, bigode e o punho no alto, na pose imortalizada em estátua erguida em sua homenagem na cidade suíça de Montreux, às margens do lago Genebra.
Passado o luto, os três colegas da banda produziram músicas inteiras com pedaços da voz de Mercury que ele, já gravemente enfermo, tinha gravado em 1991, durante as preciosas horas em que recuperava alguma vitalidade.
O álbum resultante, “Made in Heaven”, lançado em 1995, se tornou um dos mais famosos do Queen.
Para os integrantes da banda, enfrentar a vida sem Mercury não foi fácil. May mergulhou em uma profunda depressão, depois de perder também seu pai e após o fim de seu casamento, e pensou em suicídio.
Taylor, assim como May, produziu alguns álbuns solo nos anos 1990, mas apesar dos esforços para se distanciar do Queen, aprendeu a viver com a lenda.
O baixista John Deacon se aposentou em 1997, embora seus companheiros tenham sua benção para seguir em frente.
O lançamento de “We Will Rock You”, que foi visto por 13 milhões de pessoas no mundo, deu a eles uma nova vida ao oferecer aos fãs uma volta a todos os seus grandes sucessos.
O Queen voltou a sair em turnê em 2005, desta vez com o ex-vocalista da banda Free, Paul Rodgers, com quem gravaram o, até agora último, álbum de estúdio “The Cosmos Rocks” (2008).
Fonte: http://www.band.com.br