10 curiosidades sobre uma das guitarras mais famosas do mundo e que foi construída pelo próprio guitarrista do Queen.
Quase tão icônica como o Queen, a Red Special é a guitarra que Brian May tem usado de forma praticamente exclusiva durante toda a sua carreira. Concebida e construída pelo próprio guitarrista e pelo seu pai, Harold, durante 18 meses, nos anos de 1963 e 64, a Red Special tem uma magia intensa.
Em “Brian May’s Red Special”, a sua história é contada pelo próprio Brian May e escrita pelo autor Simon Bradley que relembra à Louder Sound 10 fatos sobre a guitarra que se destacam no livro. Na entrevista (no player em baixo) Brian May confirma vários desses fatos.
Se desejam descobrir mais detalhes sobre “The Red Special”, podem fazê-lo no site oficial.
- Sem dúvida, a peça de mogno que forma o braço é o aspecto mais conhecido da guitarra. Essa peça de madeira fazia parte de uma lareira com cerca de cem ano que andava na garagem da família e que Brian May moldou e refinou com várias ferramentas que o próprio desenvolveu.
- O braço de mogno está assente numa resistente peça de carvalho entranhada na guitarra que, por sua vez, serve para aguentar a tensão das cordas e manter a estabilidade. Para a escala, o guitarrista desejava uma peça de ébano, mas acabou por se contentar também com carvalho que o próprio pintou de negro e poliu à mão.
- Ao contrário de uma Fender Stratocaster, por exemplo, a guitarra foi concebida de forma a permitir remover o guarda-unhas sem ter que mexer nos componentes electrónicos. Feito a partir de Perspex, mantém-se ainda em bom estado de conservação, ainda que os contornos dos pickups já tenham sido submetidos a restauro, em 1998.
- Quanto aos pickups, tratam-se de um trio de Burns Tri-Sonic e são as unidades originais que May instalou quando construiu a guitarra. O guitarrista chegou a tentar construir uns, mas não conseguiu ultrapassar alguns problemas electro-técnicos e acabou por comprar os pickups.
- A alavanca de vibrato foi feita a partir do esteio do selim de uma bicicleta, a que Brian associou parte uma agulha de costura da sua mãe.
- O estojo de costura da sua mãe foi “assaltado” também para Brian obter os inlays da escala (que na verdade são botões perlados de uma camisa da Sra. May). Cada um foi moldado por Brian May para ser inserido na escala e os mais coloridos foram dispostos em trio no 24º traste.
- Por incrível que pareça (e contrariando vários guitar techs que o músico já teve) a escala nunca foi alvo de nenhum re-fret), mantendo os trastes originais que está junto ao nut. Estão bastante desgastados, após cinco décadas de uso intensivo, mas Brian afirma que a forma suave como toca torna a substituição desnecessária.
- Quando construiu a guitarra, os trastes foram alvo de complicados cálculos, para definir a sua espessura exata. Na verdade, o guitarrista recorreu a um dos primeiros computadores pessoais para obter os valores exatos em 100 casas decimais.
- A Red Special figura em praticamente todas as canções que o Queen gravou. As exceções são as canções “My Melancholy Blues”, do álbum de 1977 “News Of The World”, e “Crazy Little Thing Called Love”, do álbum de 1980 “The Game”, nas quais Brian May usou uma rara Fender Esquire do seu colega de banda Roger Taylor.
- A Red Special é, provavelmente, a guitarra eléctrica mais famosa do mundo e as medidas de segurança aplicadas ao seu redor quando anda em apresentação são bastante… intensas. Por exemplo, durante a apresentação do Queen na América do Sul, em 1981, a guitarra era sempre escoltada por guardas armados!
Fonte: https://artesonora.pt