Crazy Little Thing Called Love – Por Helenita dos Santos Melo

CRAZY LITTLE THING CALLED LOVE

       (5ª música do 8º álbum)

 

– Quando se reúne com o grupo no Musicland Studios em junho de 1979, Freddie está acompanhado do fiel chefe técnico do Queen, Peter Ratty Hince, que deve seu apelido à sua maneira de esgueirar-se, como um pequeno roedor, entre as bagagens de transporte para ordenar o material depois dos concertos.

– Ambos estão descansando em uma suíte no hotel Hilton de Munique antes de irem para o estúdio. Enquanto Freddie toma um banho, é tomado por uma inspiração repentina e grita:

Ratty, rápido! Venha! […] Traga-me um violão! Agora mesmo!

 – Freddie conhecia apenas alguns acordes, porém os que sabia tocar permitiram que ele escrevesse, em poucos minutos, uma das canções mais famosas do Queen.

– Mercury e Hince saem do hotel à toda pressa e dirigiram-se ao Musicland, onde Mack, Taylor e Deacon os esperavam, já que May estava na cidade para tratar de assuntos pessoais.

– O lema é:

Rápido! Vamos terminar antes que Brian volte, porque senão, isto vai se eternizar!

 

– Grande perfeccionista, o guitarrista é, realmente, incapaz de trabalhar com rapidez.

– O tema constitui uma homenagem aos grandes momentos do rock’n’roll, e em particular, a Elvis Presley, falecido dois anos antes.

– Roger revelaria precisamente a vontade do grupo no momento da gravação:

Nós queríamos tocar como um velho tema de Elvis no início da sua carreira.

– A gravação do videoclipe, realizada no Trillion Studios de Londres, conta com a participação de duas bailarinas e dois bailarinos profissionais.

– Todos os clichês do rock’n’roll estadunidense da década de 1950 estão presentes no vídeo, começando por Freddie vestido de couro e montando uma motocicleta, e Brian que usa óculos de sombra um pouco grandes para ele.

– A partir de 1:45, Freddie desfila por um estrado de onde surgem mãos que asseguram o ritmo graças às palmas sincronizadas com a música.

– Como algo excepcional, é o próprio Freddie quem toca a guitarra rítmica na canção.

– O trio Mercury/Taylor/Deacon havia gravado o tema antes da chegada de May ao estúdio.

– O cantor também toca nos concertos esta parte da guitarra. Entre 1979 e 1982, ele usa a acústica de doze cordas Ovation 1615 Pacemaker de Brian, até que Peter Hince levanta uma questão que lhe parece de suma importância:

Fred, você parece um pouco afetado com esse violão no palco, e isso não funciona […]. Não é muito rock’n’roll posar assim com um acústico. Não é muito viril […]. O que você acharia de tocar com uma Telecaster? […] A atmosfera da música é muito anos cinqüenta, a grande era da Telecaster […]. Eu sei o quanto você gosta de usar branco no palco, e vou encontrar uma branca para você.

– Hince propõe, então, uma primeira guitarra, adquirida em New York, e depois uma segunda, muito mais leve e com um som claramente menos cálido, que Freddie adotaria a partir de 1984.

– O single Crazy Little Thing Called Love venderia mais de um milhão de exemplares somente nos Estados Unidos!

Famoso por seus movimentos da pélvis, assim como por sua voz cálida e sensual, a influência do King Elvis Presley sobre Freddie é evidente na sua interpretação de Crazy Little Thing Called Love.

 

– Vídeo oficial de Crazy Little Thing Called Love

 

 

– Vídeo de Hound Dog, com Elvis the Pelvis

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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