Especial dia do Vocalista – 13/05 – pelo blog “Rapadura”

Por Marcello Zalivi – via http://orapadura.blogspot.com.br


Como não poderia ser diferente, estou fazendo o post do dia do vocalista (13/06) com atraso, mas todo dia é dia para comemorar o aniversário do prefeito da banda.

Para celebrar esse dia especial, vou listar os meus cinco vocalistas preferidos. Não tenho nenhum critério, não sigo nenhuma regra, a ordem aqui é dizer (na minha modesta opinião) quem usou melhor do que ninguém o famoso “gogó”. O instrumento mais difícil do mundo. 

Repetindo, antes que muita gente possa rasgar o famigerado com a unha, trata-se de um lista pessoal. 

1º LUGAR – TOP 5 VOCALISTAS

FREDDIE MERCURY (Queen) 

Farrokh Bulsara – 05/09/1946 — 24/11/1991 

Zanzibar (Tanzânia)

Não é o meu preferido, mas sem sombra de dúvidas é o que eu mais respeito quando o assunto é o poder do gogó. Mercury explorou até o limite as técnicas vocais e criatividades que um vocalista de rock pudesse imaginar.

Desde sua aparição na década de 70 liderando um dos mais cultuados grupos de rock de todos os tempos, o Queen. Freddie foi o que podemos chamar de cometa, arrebatando a todos com seu carisma e suas performances incendiárias nos palcos. A atração envolta de sua imagem simplesmente deram a Mercury “licença para matar”, ele era capaz de tudo e nada nem ninguém podiam lhe fazer frente. Muito disso ajudou a construir seu mito e formar a sua identidade autodestrutiva.

Não bastasse a voz potente, Freddie era formado em designer gráfico e um compositor acima da média, sendo responsável pela maioria dos grandes sucessos do Queen, como “We Are the Champions“, “Love of my Life“, “Killer Queen“, “Bohemian Rhapsody (vídeo abaixo)”, “Somebody to Love“, “Don’t Stop Me Now” e muitos outros. Além de seu trabalho na banda, Mercury também lançou vários projetos paralelos, incluindo um álbum solo, “Mr. Bad Guy”, em 1985, e um disco de ópera ao lado da soprano Montserrat Caballé, “Barcelona, em 1988.

Depois de sua morte decorrente de uma vida sem limites e extravagâncias, o bigodudo Mercury continua comprovando o poder de sua imagem e a força de suas canções, arrebatando milhares de fãs, de todas as gerações e conquistando o primeiro lugar do nosso Top 5.

DISCOGRAFIA

QUEEN
Queen (1973) – Queen II (1974) – Sheer Heart Attack (1974) – A Night at the Opera (1975) – A Day at the Races (1976) – News of the World (1977) – Jazz (1978) – The Game (1980) – Flash Gordon (1980) – Hot Space (1982) – The Works (1984) – A Kind of Magic (1986) – The Miracle (1989) – Innuendo (1991) – Made in Heaven (1995).
AO VIVO – QUEEN
Live Killers (1979) – Live Magic (1986) – At The Beeb (1989) – Live At Wembley ’86 (1992) – Queen on Fire – Live at the Bowl (2004) – Queen Rock Montreal (2007) – Hungarian Rhapsody (2012).
SOLO
1985     Mr. Bad Guy
1988     Barcelona (com Montserrat Caballé)
1992     The Freddie Mercury Album (Versão Estadunidense).

2º LUGAR – TOP 5 VOCALISTA

David Bowie 

David Robert Jones – 08/01/1947 

Brixton/ Londres (ING)

Estamos falando sem dúvidas de um dos mais inovadores e influentes músicos de todos os tempos. Não é a toa que é conhecido pela alcunha de “Camaleão do Rock”, devido sua grande capacidade de renovar sua imagem e seu som.

Seu timbre grave e profundo e sua versatilidade artística estiveram presentes desde sua primeira aparição, ainda na década de 60, quando a canção “Space Oddity” se tornou um sucesso em todo reino Unido. Aberta as portas do show business, David tomou conta da bagaça e virou a grande referencia do meio. Do som experimental e cabeça, até o Glam rock da fase Ziggy Stardust na década de 70, Bowie ensinava ao mundo do entretenimento com sua reinvenção contínua, inovação musical e pela apresentação visual.

Em meados dos anos 70 ao início dos 80, Bowie ganha projeção mundial e novamente se reinventou na figura de Thin White Duke, para lançar a sua famosa trilogia de Berlim (Low, Heroes e Lodger) em parceria com Brian Eno. Os álbuns possuem uma linguagem mais introspectiva, logrando o topo nas paradas britânicas e ganhando a admiração duradoura crítica.

Tudo que é feito na música pop/rock ao longo das décadas leva um pouco do DNA de Bowie, que até hoje continua a ser um dos vocalistas e produtores musicais mais criativos da atualidade, experimentando novas texturas, incluindo gêneros eletrônicos, pop, Drum ´N´ bass, soul, entre outros.

A influência de David Bowie é única, musical e social. Como escreveu o biógrafo David Buckley, “ele penetrou e modificou mais vidas do que qualquer outra figura comparável.” De fato, a sua influência no mundo artístico é imensa e pode ser explicada pelas palavras de Bono Vox. “O que Elvis foi para os Estados Unidos, Bowie foi para a Inglaterra e Irlanda. Uma completa mudança de consciência”.

Por esse e muitos outros motivos, o nosso andrógeno camaleão alienígena é o segundo desta lista.

Escute também “Slow Burn“, “New Killer Star” e “Under Pressure“.

DISCOGRAFIA

David Bowie (1967)- Space Oddity (1969) – The Man Who Sold the World (1970) – Hunky Dory (1971) – The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (1972) – Aladdin Sane (1973) – Pin Ups (1973) – Diamond Dogs (1974) – Young Americans (1975) – Station to Station (1976) – Low (1977) “Heroes” (1977) – Lodger (1979) – Scary Monsters (and Super Creeps) (1980) – Let’s Dance (1983) – Tonight (1984) – Never Let Me Down (1987) – Black Tie White Noise (1993) – The Buddha of Suburbia (1993) – Outside (1995) – Earthling (1997) – ‘Hours…’ (1999) – Heathen (2002) – Reality (2003) – The Next Day (2013.

 

3º LUGAR – TOP 5 VOCALISTA

Robert Plant (Led Zeppelin)
Robert Anthony Plant – 20/08/1948
West Bromwich/Staffordshire (ING)

“Nos anos 70, nós dizíamos: Se esse cara canta tão agudo assim, então eu também posso.” 

Rob Halford – Judas Priest 

Tão alucinante quanto uma apresentação do Led Zeppelin, era ver o diabo loiro ditar aquilo que seria o “padrão” do Heavy Metal. Vestimentas espalhafatosas, vocal agudo, intenso e insinuante, um ar petulante e livre, fizeram de Robert Plant o vocalista mais influente e copiado do Rock. Axl Rose, Chris Robinson, Dave Coverdale, Kurt Cobain e Rob Halford são alguns dos nomes que integram o time que cultua Plant como um semi Deus.

Robert começou a cantar profissionalmente em pubs e clubes com apenas 16 anos de idade, participando de diversas bandas e gravando vários copactos. No final dos anos 60 entra para o Led Zeppelin e ajuda a criar um mito que dominou o cenário do rock por décadas.

Plant se tornou um dos maiores cantores de rock da história, agregando ao seu estilo “poderoso”, interpretações de blues e folk, misturados ao Rock e aos seus agudos rasgados e uma performance hipnotizante. Imortalizou clássicos como “Immigrant Song”, “Babe, I’m Gonna Leave You” e “Stairway to Heaven“.

Em 31 de dezembro de 2008 foi agraciado com o título honorífico de Comandante do Império Britânico pela Rainha Elizabeth II. Não tem como deixar o Golden God fora dessa, medalha de bronze para ele.

DISCOGRAFIA
LED ZEPPELIN 

1969  Led Zeppelin – 1969 Led Zeppelin II – 1970 Led Zeppelin III – 1971 Led Zeppelin IV – 1973 Houses of the Holy -1975 Physical Graffiti – 1976 – Presence -1976 The Song Remains the Same – 1979 In Through the Out Door – 1982 Coda.

OUTROS PROJETOS
Pictures at Eleven (1982) – The Principle of Moments (1983) – The Honeydrippers: Volume One (1984), com Jimmy Page – Shaken ‘n’ Stirred (1985) – Now and Zen (1988) – Manic Nirvana (1990) – Fate of Nations (1993) – Wayne’s World 2 (1993), apenas uma faixa – No Quarter (1994), com Jimmy Page – Walking into Clarksdale (1998), com Jimmy Page – Dreamland (2002) – 66 to Timbuktu (2003), Antologia – Mighty Rearrenger (2005) – Raising Sand (2007) com Alison Krauss – Band of Joy (2010) – 7 / 12/12 HMV Forum, London, GB, com Sensational Space Shifters (2012).

4º LUGAR – TOP 5 VOCALISTA

Peter Gabriel (Genesis)

Peter Brian Gabriel – 13/02/1950

Chobham (ING)

Se a World Music tivesse uma flâmula, muito provavelmente ela teria o rosto de Gabriel. Apesar de ser uma estrela mundialmente conhecida no mundo do POP, Peter deve parte do seu sucesso quando esteve a frente como vocalista, flautista e líder da banda de rock progressivo Genesis, partindo posteriormente para uma bem sucedida carreira solo. Gabriel também é envolvido em diversas causas humanitárias, aumentando ainda mais o seu carisma junto ao público.

Peter Gabriel desenvolveu seu estilo influenciado pelo soul music e por nomes como David Bowie e Syd Barrett fundador do Pink Floyd, que estavam redefinindo a cena musical britânica no final dos anos 60 e início dos anos 70. Estes últimos sendo responsáveis diretos pela marcante presença de palco de Gabriel, que envolvia diversas mudanças de vestuários bizarros e contos cômicos nas introduções de cada canção. Os concertos faziam uso extenso de luz ultravioleta enquanto as luzes normais estavam baixas ou completamente apagadas.

Entre as fantasias mais famosas de Gabriel (que ele desenvolveu como forma de superação de medo de palco), incluem “The Flower” (vestida para “Supper’s Ready”, de Foxtrot), “Magog” (também em “Supper’s Ready”), “Britannia” (para “Dancing With The Moonlit Knight,” de Selling England by the Pound), “The Old Man” (para “The Musical Box”, de Nursery Cryme), “Rael” (para quase todo o álbum The Lamb Lies Down on Broadway) e “The Slipperman” (para “The Colony of Slippermen,” também de The Lamb Lies Down on Broadway).

Em sua carreira solo, Gabriel se tornou, devido seu grande leque de influências e seus imensos conhecimentos em produção, em uma fábrica de hits, onde se destacam “Solsbury Hill”, “Biko“, “Sledgehammer”, “Big Time” e “In Your Eyes“. Especialemnte nestas canções é possível constatar o interesse de Gabriel pela world music (especialmente na percussão) e pela grande produção, que fez uso extenso de truques de gravação e efeitos de som.

Seu espírito inovar sempre esteve presente nas suas canções, performances de palco, produções de turnês e videoclipes, tornando Peter Gabriel em um “frontmam” completo e honrosamente dono do nosso 4º lugar. 

DISCOGRAFIA

1969 – From Genesis to Revelation reeditado em 1974 como In The Beginning reeditado em 1980 como Where The Sour Turns To Sweet.
1970 Trespass – 1971 Nursery Cryme –  1972 Foxtrot – 1973 Selling England by the Pound- 1974 The Lamb Lies Down on Broadway

PETER GABRIEL
1977 Peter Gabriel I (aliás ‘Car’) – 1978 Peter Gabriel II (aliás ‘Scratch’)  – 1980 Peter Gabriel III (aliás ‘Melt’) – 1982 Peter Gabriel IV – Security – 1986 So – 1992 Us – 2000 OVO – 2002 Up – 2010 Scratch My Back – 2011 New Blood.

5º LUGAR – TOP 5 VOCALISTA

Mike Patton (Faith No More)

Michael Allan Patton – 27/01/1968

Eureka (USA)

Muitos irão confirmar se confrontados, Mike Patton é sem dúvida o vocalista de rock mais completo da atualidade e talvez um dos maiores de todos os tempos. Talvez não seja apontado em “pesquisas” por ser um cara de pouco alcance midiático em escala global, mas se formos colocar na balança tudo o que Patton é capaz de fazer com sua voz em cima de um palco. Fica difícil não reconhecer sua relevância ao longo das últimas décadas.

Além de seu trabalho mais célebre como frontman do Faith No More, Patton comprova toda a sua versatilidade de estilos e técnicas vocais em todos os projetos que participou ou participa ao longo de sua carreira, como Mr. Bungle, Fantômas, Peeping Tom, Tomahawk, e ainda se envolveu em projetos paralelos como John Zorn, Dan the Automator, Kool Keith, The X-Ecutioners, Team Sleep, Björk, Subtle, Rahzel, Amon Tobin, Eyvind Kang, Lovage e Kaada.

Os seus espetáculos contam sempre com um carisma incrível. Mike dificilmente não conversa com a plateia no idioma local (no Brasil costuma cantar “Evidence” em português. Lançou em 2010, Mondo Cane, uma coleção de suas interpretações de vários sucessos do pop italiano), e destila durante sua performance passagens de falsetes, vozes guturais, entre outros. Devido ao seu talento vocal, Patton é referido muitas vezes como Mr. 1000 Voices (Senhor das 1000 vozes).

Michael Allan Patton é de longe um dos mais versáteis e talentosos cantores da história rock, também um dos mais valiosos, já que durante toda sua trajetória dividiu-se em três partes: o Faith no More, o Mr. Bungle e projetos de rock experimental, sendo que nos dias de hoje, ele possui pelo menos sete projetos ativos.

Patton possui um público fiel que ultrapassou gerações, e por suas ideias inovadoras e experimentais, recebe do Rapadura o 5º posto do nosso Top Five.

Escute também “Ricochet“e “We care a lot“.

DISCOGRAFIA

FAITH NO MORE

1989 – The Real Thing
1992 – Angel Dust
1996- King for a day… fool for a lifetime
1997- Album of the Year

 

Fonte: http://orapadura.blogspot.com.br
Dica de: Roberto Mercury

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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