BODY LANGUAGE
(4ª música do 10° álbum)
– A publicação do single Body Language em 1982 supostamente para os fãs é o pior presságio antes da aparição do álbum. O que esses sons futuristas das bandas FM do Reino Unido têm a ver? Todo mundo pergunta.
– Para Freddie Mercury, o tema põe em perigo o plano artístico, porém, o Queen não foi criado com base em riscos?
– Sem guitarra (exceto por algumas aparições), a canção desespera Brian May, inquieto pela direção artística que está adotando a banda:
Lembro de haver discutido com Freddie, porque uma parte do que compunha estava destinado de maneira evidente à comunidade gay. Eu lhe disse: ‘Seria conveniente que este tema fosse mais universal, já que nós temos amigos de todas as tendências’. Está bem ser inclusivo, porém o que não está muito bem é deixar uma parte de fora. E eu me sentia um pouco excluído deste tema explicitamente gay.
– Sua publicação como single inicia o declive do Queen nos Estados Unidos.
– O torvelinho de baixo sintético de Body Language não deixa de recordar a famosa I Feel Fine de Donna Summer, produzido por Giorgio Moroder no Musicland, em Munique.
– Assim, não resulta incongruente encontrar Mack na co-produção de Body Language em 1982, quando Freddie tem unicamente uma coisa em mente: que sua música toque nos clubes noturnos onde ele gosta de passar as noites, de Munique a New York.
– Concentrado neste objetivo, Freddie controla do princípio ao fim a produção da canção; se encarrega da programação da caixa de ritmos e toca o baixo com o sintetizador Roland Jupiter-8.
Freddie se interessa por uma camiseta de muito bom gosto (Bastardo Arrogante) em um mercado de New Orleans, em setembro de 1981.
Vídeo oficial de Body Language
I Feel Fine, com Donna Summer
Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc
Tradução: Helenita dos Santos Melo