Tanto o Kiss quando o Queen surgiram na primeira metade dos anos 70 como uma banda de hard rock com personalidade própria, e na segunda metade chegaram ao estrelato. Em meados da década seguinte, elas já haviam partido por outros rumos musicais: enquanto o Kiss investia numa sonoridade mais glam rock e hair metal, o Queen apostava mais no pop, nos sintetizadores e no stadium rock.
“Asylum” (1985) e “Crazy Nights” (1987) não estão lá entre os álbuns do Kiss mais queridos pelos fãs, mas é neles que está aquela que era a música favorita da banda de ninguém menos que o guitarrista do Queen, Brian May — mais especificamente a faixa título do segundo.
À Classic Rock a alguns anos atrás Paul relembrou: “Tocamos em um programa de TV há alguns anos com o Queen, e Brian [May] veio até mim e disse: ‘Vocês vão tocar ‘Crazy Crazy Nights’? Essa é minha favorita!’ Foi muito engraçado ouvir aquilo dele. É uma boa música, uma música orgulhosa. […] É uma canção simples e festiva.”
A seguir, Paul fez um paralelo com o álbum menos Kiss de sua discografia, sua famigerada tentativa de fazer grunge:
“Uma das minhas questões com um álbum como ‘Carnival of Souls’ foi a ideia de que precisávamos fazer um álbum meio mórbido e deprê. Eu pensava: ‘Por que deveríamos ser mórbidos ou deprê? Somos ricos, somos felizes, somos saudáveis… estamos no Kiss!’ Então, ‘[Crazy] Crazy Nights’ é uma celebração, uma canção sobre ser o que você é, e entender que não está sozinho — há muitos outros como você.
Fonte: https://whiplash.net