No site oficial do Rock in Rio, a história confirma que, antes do primeiro Rock in Rio, realizado em 1985, o público brasileiro recebia pouquíssimas visitas dos grandes nomes, pois bandas como Iron Maiden, Police e Kiss, além de seus grandes empresários, não sentiam qualquer firmeza na economia brasileira e tinham mito receio de acreditar e investir na vinda dos astros.
O empresário e publicitário Roberto Medina, dono da agência Artplan, decidiu iniciar uma ideia ousada de realizar o primeiro megafestival, com a duração de dez dias. Junto com seus ex sócios Oscar Ornstein e Luiz Oscar Niemeyer, passaram todo o ano de 1984 percorrendo o mundo, tentando a duras penas trazer grandes artistas para o evento. Só para se ter uma ideia da dificuldade, das 70 reuniões iniciais que conseguiram marca, ouviram 70 nãos! Mas, prosseguiram com idealismo e muita garra para vencer.
Roberto Medina conta, no site oficial do megafestival, que o Queen foi o primeiro grupo a fechar contrato, mesmo com o empresário da banda tendo ficado bastante assustado com as promessas dos brasileiros. Era difícil visualizar, dentro da frágil economia do Brasil, “um megafestival que oferecia uma estrutura de 500 mil metros de área, heliportos, lanchonetes, shoppings, cobertura maciça da mídia, três palcos giratórios com 80 metros de boca de cena, nada visto antes parecido”, como conta Medina.
Graças a contratação do Queen, que deu o primeiro e tão suado voto de confiança ao Brasil, os ventos começaram a soprar a favor e outras bandas consagradas, como Iron Maiden (o segundo contratado), seguiram a “rainha” e aceitaram vir ao Brasil. Claro, o Queen mereceu receber o cachê mais alto, de US$ 600 mil (equivalentes a US$ 1,3 milhão atuais). Mais do que merecido, já que foram eles que puxaram todas as outras grandes atrações mundiais.
Medina conta que muitos astros internacionais aceitaram tocar até por metade de seus cachês, após a contratação milionária do Queen, que foi quem deu, de fato, a credibilidade para o Rock in Rio acontecer. A famosa fixação de Freddie Mercury por Dom Quixote o levou a presentear Roberto Medina com um fidalgo de La Mancha, assinado por Salvador Dalí, conforme ele próprio conta no site.
Depois do Queen, vieram Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Scorpions, AC/DC e Whitesnake, levando o heavy metal a ser a forte marca do primeiro Rock in Rio. Depois dos metaleiros, os três empresários saíram em busca de astros de outros gêneros musicais. Conseguiram fechar com o Yes Rod Stewart, Nina Hagen, Go-Go’s e B52′, em uma escalação internacional de respeito!
Além da histórica apresentação do Queen, de seu eterno hino do evento com o público cantando Love of My Life em um coral regido por Freddie Mercury, esse primeiro Rock in Rio também teve outros momentos memoráveis.
Há lembranças marcantes do show do Iron Maiden, por exemplo, que fez apresentação única devido a agenda lotada, e quanto todos os outros astros se apresentaram duas vezes.
James Taylor teve a oportunidade de se reerguer, com a carreira nitidamente em declínio. A gratidão do cantor foi tão grande, ao cantar para 250 mil pessoas por noite, que ele até escreveu a canção “Only a Dream in Rio”, como homenagem ao festival e a receptividade que teve na cidade,
Eterno janeiro de 1985. Foram dez noites memoráveis, e que conseguiram a façanha de reunir um público de 1,3 milhão de pessoas, vindas de todas as partes do mundo, e que guardam até hoje na lembrança as “90 Horas de Música e Paz”, um dos slogans do festival, em conformidade com as informações históricas contidas no site oficial do Rock in Rio.
Fonte: http://br.blastingnews.com/
Dica de: Roberto Mercury