Álbum Queen 1973
®️ Sim, era um disco de estreia, e a Banda ainda iria passar pelas naturais mudanças que advém de suas evoluções como músicos e compositores, mas, ainda assim, analisando hoje, percebemos que já havia uma identidade em formação naquele trabalho.
– “Queen”, de 1973, ostentava influências de Led Zeppelin, de Sweet e de Rock Progressivo, mas apresentava também os primeiros indícios do que se tornaria o “ modo Queen ” de fazer música.
– A capa, simples e monocromática à primeira vista, trazia subliminarmente uma ideia de grandiosidade incontida e, desde logo, o brilho da estrela de Freddie Mercury, que absorvia e alimentava a energia emanada dos holofotes.
– Ela é representada por uma foto tirada durante o show no Marquee Club em Londres em Dezembro de 1972, por Doug Puddifoot.
– Houveram insatisfações com a produção do disco, naturalmente, e o principal incomodado foi Roger Taylor em relação ao som de sua bateria, mas não havia mais tempo para aprimorar todos os detalhes, pois os cronogramas de lançamento/turnê/gravação eram bem mais apertados no período.
– O disco precisava sair e, apesar de um detalhe ou outro que seus criadores gostassem de mudar, conseguiu posições satisfatórias e um status de clássico que permanece indelével até hoje.
Lado A
. A música de abertura – Keep Yourself Alive – é uma canção vibrante e empolgante, com um refrão irresistível, e que escancara desde cedo o perfeccionismo de Brian May, que sobrepôs sete linhas de guitarra em sua gravação.
. Doing All Right – reminiscente do acervo de músicas do Smile, oscila entre balada e Rock pesado.
. Great King Rat – o estilo de Rock pesado surge mais bem representado nesta canção, onde Brian pontua alguns momentos do solo com um pedal de wah-wah.
. My Fairy King – repleta de imagens surreais em sua letra e que faz também citações ao poema The Pied Piper of Hamelin.
Lado B
. O lado B, da versão em vinil, abria com as batidas e palmas de – Liar – composição de Freddie com peso, variações e um solo melódico interrompido aos 4:15m para uma guinada rítmica, onde os vocais irão interagir com a percussão e a guitarra retornará com mais volume.
– Depois de seu impacto, foi correta a opção de inserir a balada agridoce The Night Comes Down na sequência, composta por Brian May, quando a Banda Smile chegou ao fim.
▪️Seu andamento combina com as reminiscências de infância do autor, Brian May.
. Subitamente – Modern Times Rock’n’Roll – explode nos alto-falantes, tem seu ritmo acelerado, uma pegada proto-punk e é a típica música de fazer todo mundo dançar em shows, mas não é a melhor composição de Roger Taylor.
. A próxima – Son And Daughter – diminui a levada, mas investe em uma cadência que remete ao proto-Heavy Metal do começo da década.
.E nos traz o inesquecível I – WANT – YOU na letra.
.Jesus – foi com essa cadência que os conduziu para o encerramento com Jesus, de teor obviamente religioso.
.No final do disco, a última faixa – Seven Seas of Rhye.
▪️Neste Álbum, temos apenas a versão instrumental desta composição, porque Freddie não havia terminado de escrever a letra. A versão cantada seria gravada no Álbum Queen II.
▪️O termo Rhye de seu título, refere-se à um mundo fictício criado por Freddie e sua irmã Kashmira Bulsara.
▪️A crítica, as plateias, o mercado, todos ainda precisavam ser conquistados, mas hoje nós olhamos para esse período como historiadores e sabemos aquilo que em pouco tempo tornar-se-ia notório.
▪️Em 1973, um gigante surgiu na Inglaterra e fez com que o mundo se inclinasse perante a majestade de seu nome!
Álbum Queen
Data de Lançamento: 13.07.1973
Gravadora: EMI
Fontes para base e composição de texto-
– Roadie Metal Cronologia: Queen – Queen (1973)
Por Anderson Frota
– Plano Crítico
Por Luiz Santiago