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E se …❗
Que tipo de música Freddie Mercury faria hoje, se estivesse vivo ?
Como teria sido sua carreira ?
▪Todos nós já nos perguntamos isso em algum momento … O que Miles Davis estaria fazendo agora se estivesse vivo ? Ou Janis Joplin, John Lennon ou Jimi Hendrix ? Não são menos fascinantes as reflexões com Freddie Mercury, que completaria 77 anos em 2023.
Em primeiro lugar, o Queen existiria?
▪Todos do grupo confessaram que às vezes haviam muitas tensões no estúdio de gravação, então é provável que eles tenham se separado em algum momento, talvez não nos anos noventa, mas nos anos 2000, em que a música tomou um rumo de mudança radical do rock para a eletrônica e o hip-hop.
Freddie Mercury tinha talento de sobra para experimentar qualquer gênero, e sua curiosidade inata certamente o teria levado por caminhos bem diferentes dos esperados por Brian May e Roger Taylor (John Deacon teria se refugiado em sua casa assim que o grupo se separasse, como fez após a morte de Freddie).
Além disso, gozava de um carisma que lhe teria permitido continuar sem problemas a carreira solo que iniciou em 1985 com Mr. Bad Guy.
▪Justamente ouvindo aquele disco de estreia solo, algumas pistas podem ser encontradas. Sua potência vocal não teria desdenhado boas composições de baladas, mas Freddie com certeza teria feito algo dançante e sofisticado.
Em Mr. Bad Guy há teclados progressivos, orquestrações e elementos operísticos, também música disco, efeitos de estúdio de descendência funk e hip-hop, estruturas harmônicas inusitadas, progressões de semitons em ritmo acelerado e inúmeras camadas melódicas que, se tivessem continuado, teriam gerado um épico pop diferente do Queen.
Talvez, passada essa primeira fase da dança, sua tendência fosse gerar um repertório mais maduro e reflexivo, numa espécie de pop de câmara com toques kitsch. Longe de se ancorar em uma posição de dinossauro do rock, Freddie teria dado à luz diferentes estágios, experimentando, brincando com cada nova engenhoca de estúdio, arriscando até onde sua imaginação lhe permitisse.
Colaborações:
É razoável pensar que Mercury também teria se interessado pelas novas tecnologias aplicadas aos videoclipes, e que teria embarcado em diferentes alianças artísticas, musicais (como Barcelona, com Montserrat Caballé) e extramusicais, bem como com diferentes causas de caridade.
O certo é que lamentaria profundamente a pirataria, a perda de valor da arte dos discos devido ao declínio do formato físico, e também do próprio Álbum como conceito, embora por outro lado se possa apostar que ele saberia tirar proveito disso desde a segunda era de ouro do single.
Sobre a qualidade do som do “streaming” também teria algo a dizer. Mas não seria de estranhar que ele a tivesse visto com bons olhos como uma forma de democratização da música, ao contrário de muitos de seus contemporâneos, que resistiram à mudança sem entender que a tecnologia havia chegado à indústria fonográfica.
Estamos somente conjecturando, pois ele mesmo já havia dito que não esperava envelhecer …
” Eu realmente não me importo. Certamente não tenho nenhuma aspiração de viver até os setenta anos, seria muito chato … “
Fonte: Queen Factory | https://www.abc.es