Veja os baixinhos que fizeram história

Nelson Motta conta a trajetória de personalidades de baixa estatura que fazem parte da história do cinema, música e arte em todo mundo.

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Para ser grande não é preciso – necessariamente – ter tamanho. Podem chamar de tampinha, de pintor de rodapé, de segurança de baile infantil, de piloto de autorama, de chaveirinho, mas desde a invenção da pólvora, os baixinhos se valorizaram muito – principalmente os que atiravam bem. De lá para cá eles cresceram bastante, mas os melhores perfumes – e os piores venenos – continuam nos menores frascos.

Napoleão Bonaparte é o grande patrono dos baixinhos, e dominou o mundo do alto dos seus 1,60 metro e poucos.

O maior pacifista da história também era baixinho, alem de magrinho e fraquinho. Mas Gandhi ganhou as suas guerras sem dar um tiro. Com 1,62 metro e usando tintas, pincéis e gênio, Pablo Picasso revolucionou a beleza e mudou a nossa maneira de ver o mundo.

O pequeno Charles Chaplin foi o primeiro a se tornar um gigante das telas com o humor e o romantismo do seu Carlitos.

Grandes astros do cinema moderno, criadores de personagens colossais – como Al Pacino e Dustin Hoffman – não chegam a 1,67 metro. Nesse time sub 1,70 metro também entra o meu malvado favorito, o segurança de baile infantil, Joe Pesci. E não vá mexer com aquele tiozinho de 1,62 metro porque Jean Claude Van Damme é um chaveirinho enfezado que não leva desaforo pra casa.

Mas não é só em frente às câmeras que eles crescem. Diretores gigantescos como Woody Allen, Martin Scorcese, Steven Spielberg e Spike Lee, que dirigem as maiores estrelas, também não passam de 1,67 metro, mas sua imaginação e poder não têm limites.

A música também é um terreno favorável aos baixinhos. Desde compositores geniais como Cole Porter e o poetinha Vinícius de Morais, até grandes vozes como Paul Simon, Freddie Mercury, Lenny Kravitz, Prince, Bono, e o grande Djavan, que são colocadas nas alturas por público e crítica.

Mas quando se fala em baixinhos, logo vem “o” baixinho, Romário, com seu talento, sua marra e seus gols maravilhosos. Ou então, outro tampinha genial, ainda menor do que Romário, mas talvez até maior, Maradona, ou o maior craque da atualidade, Messi, que usam seu pequeno porte para grandes dribles nos zagueirões do mundo inteiro.

Assim como os feiosos e gorduchos tentam equilibrar o jogo com simpatia e inteligência, para compensar a pouca estatura, os baixinhos tem que se esforçar mais para conseguir altos desempenhos, e provar que não é o tamanho que conta – mas o que se faz com ele.


Fonte: www.globo.com

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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