Com exceção das bandas instrumentais e algumas orquestras, todas outras possuem um vocalista, que na maioria das vezes é também o front man, o cara que representa a banda, o primeiro a ser reconhecido e lembrado pelo público e, normalmente é o mais carismático do grupo.
No rock, existem vários estilos de vocalistas, aqueles mais participativos com as plateias durante os shows, outros mais introspectivos que se preocupam somente em executar seu trabalho da melhor maneira possível.
A função do cantor é implementar sua voz sobre as melodias, tornando a canção algo completo. Além disso, é através de sua voz que a banda passa sua mensagem com letras, refrãos e passagens marcantes.
Na história do Rock, existiram diversos vocalistas marcantes, mas abaixo listo os MEUS preferidos, destaco os meus, justamente porque é na minha opinião e, como já disse em outras oportunidades, não sou músico e na minha visão como leigo, música é muito mais que exuberância, pirotecnia e virtuosismo, passa muito mais por feeling, talento e competência, aliado claro a uma boa técnica.
Segue a lista:
Steven Tyler
Um dos ‘Toxic Twins’ do Aerosmith, ao lado de Joe Perry, conserva sua voz desde os anos 70, tendo como característica poderosos agudos e um timbre único, com uma potência difícil de ser alcançada.
Sobreviveu aos abusos das quatro décadas de carreira – chegou a declarar que todo dinheiro que ganhou nos anos 70 foi parar no seu nariz – tendo conseguido reconhecimento na década de 70, indo quase ao ostracismo em meados dos anos 80 e retornando com grande sucesso comercial nos anos 90 até os dias de hoje. Sua banda é constantemente definida como a maior banda da América.
Além de grande cantor, Tyler é multi-instrumentista e compôs a maioria das músicas do Aerosmith. Ao lado da banda, conquistou fãs fiéis, com carisma e competência, sendo que seus shows são sempre esgotados, sejam em estádios, ginásios ou festivais. Alcançaram status de banda clássica de rock, devido a longevidade, sucesso e toda mística necessária para eternizar uma banda de rock n’ roll.
Ouça: Dream On, do primeiro disco, homônimo, de 1973.
Chris Cornell
Cantor e principal compositor do Soundgarden e Audioslave, além de ter participado do projeto Temple of the Do.
Como vocalista, possui um timbre único e um alcance impressionante, cantando desde canções mais líricas e melosas, até os mais potentes petardos. Além da voz impressionante, é um ótimo letrista, fugindo do senso comum da maioria dos compositores de língua inglesa.
Emergiu da onda grunge no final dos anos 80, com o Soundgarden, lançando ótimos discos, como Ultramega OK, Louder than love, Badmotorfinger e Superunknown. A banda possuía forte influência de rock clássico da década de 70, principalmente Led Zeppelin e de heavy metal. A banda foi a primeira das bandas de Seatle tidas como grunge a ganhar reconhecimento fora da cidade, porém foi com o lançamento de Nevermind, do Nirvana, em 1991, que a coisa se tornou mega.
Com o final do Soundgarden em 1997, lançou alguns discos solo, com apelo mais pop e teve boa aceitação comercial, alcançando vendas satisfatórias.
Já em 2001, juntou-se aos integrantes remanescentes do Rage Against the Machine e formou o Audioslave, grande banda da década, em que lançou três discos, todos recheados de ótimas músicas, com pegada, swing, energia e lirismo. Porém, a banda encerrou as atividades em 2007, devido a divergências musicais.
No intervalo de 2007 até aqui, lançou outro álbum solo e saiu em turnê. E anunciou no final de 2009, o retorno do Soundgarden.
Como a maioria dos grandes músicos da era grunge, passou meio desapercebido na época, no entanto hoje é considerado o grande cantor do rock mundial atualmente. Com o passar dos anos, parece não ter perdido em nada a qualidade da voz, pelo contrário, parece ter amadurecido e encaixa a mesma em qualquer melodia com a mesma ou até maior precisão do início da carreira.
Ouça: Outshined, do álbum Badmotorfinger, de 1991.
Robert Plant
Cantor inglês, conhecido por ter participado da formação de uma das maiores bandas em todos os tempos, o Led Zeppelin, se caracteriza pelos potentes agudos, mas executou vários timbres durante a diversificada carreira da banda.
É presença garantida em qualquer lista de maiores vocalistas da história do rock, com uma voz das mais belas, cantava baladas, rocks e blues com a mesma emoção, de forma visceral, dando o toque final às canções do Led Zeppelin, ele consegue dar às músicas exatamente o timbre que elas necessitavam, por isso essa engrenagem da banda funcionava tão bem, aliás todas as peças dessa engrenagem poderiam ser os melhores em cada instrumento que ocupam.
Ouça: Dancing Days, do álbum Houses of the Holy, de 1973.
Freddie Mercury
Pseudônimo artístico de Farrokh Bulsara, vocalista da banda britânica Queen, formada em 1971. Freddy é, sem sombra de dúvida, o vocalista mais carismático e performático da história do rock, transformando o Queen numa das maiores bandas da história, tendo sido presença constante nos maiores festivais de música do mundo durante a maior parte de sua carreira. Desde o início, Freddy parecia ter o dom para criar canções que conquistassem multidões e fossem comercialmente utilizáveis em diversas situações, sendo que não foi por acaso que a banda compôs “We Will Rock You” e “We Are the Campions”, canções executadas até hoje em eventos esportivos.
A banda com sua formação original durou vinte anos, desde sua formação em 1971 até a morte de Freddy em decorrência do vírus da Aids em 1991. Ao todo foram 15 discos de estúdio lançados, além de compilações e registros ao vivo. A discografia da banda é marcada pela criatividade de todos os integrantes, principalmente do vocalista, tido como o gestor da banda, sendo que, salvo em algumas escorregadas, fizeram ótimas canções e alcançaram a condição de uma das maiores bandas da história.
Como cantor, Freddy possuía, além do timbre pessoal, uma voz bela e versátil, capaz de cantar rocks avassaladores ou baladas emocionantes. Parece que o mesmo nasceu para dominar plateias, tamanha sua desenvoltura perante as multidões ao redor do mundo, com sua personalidade bissexual e agindo muitas vezes de espalhafatosa ganhava a todos e comandava o show, sendo que era considerado a própria ‘’rainha’ nos shows da banda.
Se arriscou em carreira solo, em meados dos anos 80, porém sem o mesmo brilho que obteve ao lado de seus companheiros de banda.
Ouça: Another One Bites the Dust, do disco The Game, de 1980.
Paul Rodgers
Tá aí um cara que o tempo foi ingrato, Paul Rodgers tem uma das melhores vozes da música mundial e provavelmente, hoje em dia, pouca gente o conhece. Foi vocalista de duas das melhores bandas de rock dos anos 60 e 70, Free (dos sucessos ‘All Right Now’) e Bad Company (‘Feel Like Makin’ Love) e possuía um timbre límpido e doce que transformava qualquer melodia em canções tocantes ou petardos sensacionais.
Ele se manteve no Free de 1968 a 1973, quando saiu para montar o Bad Company, de onde saiu no início da década de 80, quando partiu para uma bem sucedida carreira solo, com turnês bem sucedidas, sempre calcadas nos sucessos de suas antigas bandas. Formou ainda nos anos 80, uma banda chamada The Firm ao lado de ninguém menos que Jimy Page (ex Led Zeppelin). Além disso, gravou um disco e fez uma turnê mundial ao lado dos integrantes do Queen, batizado de Queen + Paul Rodger, para deixar claro que era uma fusão dos dois e não uma troca.
Ouça: Shooting Star, do Bad Company, presente no disco Straight Shooter, de 1975.
Scott Weiland
Vocalista Americano, problemático e talentoso do Stone Temple Piltos e Velvet Revolver. Scott, ao meu ver, é muito subestimado devido a comparações indevidas no início da carreira ao estilo de Eddie Vedder (Pearl Jam).
O Stone Temple Pilots ficou famoso mundialmente com o hit ‘Plush’ em 1992, em plena explosão da onda grunge. A canção estava presente no disco do mesmo ano chamado Core, que realmente seguia a estética do estilo em evidência na época. Porém no decorrer da carreira, a banda se mostrou muito talentosa e original, se reinventando a cada disco, mostrando influências de rock clássico, hard rock, pop e até bossa nova, se tornando uma das bandas mais criativas da década.
Scott sempre teve problemas com drogas, sendo inclusive preso em algumas ocasiões. De qualquer forma, sua voz parece ter resistido bem ao decorrer dos anos e o que mais impressiona são os diferentes tons de voz impostos pelo vocalista, com vozes extremamente agressivas em certas canções e vocais totalmente doces e românticos em outras.
O Stone Temple Pilots encerrou as atividades em 2003, retornando em 2008, após os integrantes se envolverem em outros projetos. Nesse intervalo, Scott assumiu os vocais do Velvet Revolver, ótima banda composta pelos ex-integrantes do Guns N’ Roses, sendo que com eles, gravou dois discos, sendo o primeiro, ‘Contraband’, excelente. Na banda, o vocalista novamente mostrou toda sua versatilidade em canções rápidas e pesadas e em baladas melodiosas.
Além da carreira nas bandas citadas, Scott têm dois discos solos lançados.
Ouça: Sour Girl, do Stone Temple Pilots, presente no disco nº 4, de 1999 e Sucker Train Blues, do Velvet Revolver, do disco Contraband, de 2004.
E essa é minha lista dos caras que, de uma forma ou de outra, habitam nosso imaginários e são nossos heróis quando estão no palco, diante da banda pela qual a gente é apaixonado pelo som. São os cartões de visitas das bandas e, muitas vezes, essenciais para o sucesso ou não das mesmas.
Fonte: http://rockideologia.blogspot.com.br/
Dica de: Roberto Mercury
cadê as mulheres do rock? as grandes vozes também são femininas!