Queen The Greatest Live: Episódio 25 – Seven Seas Of Rhye

Queen The Greatest Live: Adaptando Canções: Seven Seas Of Rhye (Episódio 25)

Desde o início, o Queen ultrapassou os limites da tecnologia de estúdio para acomodar seus requintados overdubs e harmonias intrincadas.

Mas talvez ainda mais impressionante seja a capacidade de recriar isso no palco sem fitas de apoio ou músicos adicionais, como demonstrado por esta icônica performance do Rainbow em novembro de 1974.

Para o Queen, os shows de duas noites no Rainbow Theatre de Londres em novembro de 1974 marcou um ponto de virada. O ano havia começado de forma desanimadora, com a banda sendo questionada no Sunbury Pop Festival de janeiro, na Austrália, por fãs que exigiam artistas locais, e Brian May contraiu hepatite durante a turnê de primavera da banda nos Estados Unidos sob o comando de Mott The Hoople.

Mas quando a banda subiu ao palco do London Rainbow Theatre em 19 e 20 de novembro – agora armada com o álbum inovador Queen II e seus primeiros singles de sucesso em Seven Seas Of Rhye e Killer Queen – sua confiança restaurada era palpável.

É incrível o quanto aconteceu com o Queen em 1974.  Quando vejo nossas filmagens desses shows agora, vejo tanta confiança e adrenalina e penso, meu Deus, éramos meninos tão impacientes, lembrou Brian na revista Mojo..

Filmado na segunda noite no Rainbow em 20 de novembro, a performance de arquivo de Seven Seas Of Rhye mostra uma destemida banda ao vivo já ultrapassando os limites da música que mudou suas fortunas. Escrito principalmente por Freddie Mercury – e abrindo com sua parte clássica instantânea de piano em cascata – o sucesso de Seven Seas Of Rhye fez jus à sua letra conquistadora.

Lançado como o segundo single da banda no Reino Unido em fevereiro de 1974, foi impulsionado para o 10º lugar por sua primeira aparição na TV como um substituto de última hora para David Bowie no Top Of The Pops.

Mesmo naqueles anos de formação, o Queen era uma banda de estúdio experimental e ambicioso, empregando redemoinhos de harmonia vocal e instrumentação multipista para criar paisagens sonoras épicas e texturizadas. Traduzir isso para o palco exigiu um conjunto de habilidades totalmente diferente, e nesta filmagem – aliás, o primeiro show do Queen a ser filmado e gravado, com uma versão editada posteriormente exibida nos cinemas do Reino Unido como a abertura de The Song Remains do Led Zeppelin The Same, antes de retornar aos cofres por duas décadas – a maestria ao vivo da banda é de tirar o fôlego.

De Freddie tocando piano com uma mão enquanto segura o microfone, a Roger Taylor atingindo sem esforço a alta harmonia que alguns fãs supunham ser um truque de estúdio em Queen II, este é indiscutivelmente o som de uma banda no topo de seu som.

Quando ouço Queen Live At The Rainbow agora, acho extraordinário. Tinha esquecido o quanto éramos pesados… diz Taylor sobre o box lançado em 2014. 

Próxima semana: Queen The Greatest Live – Esperando o inesperado.

 

www.queenonline.com

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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