The Show Must Go On – Álbum Innuendo

THE SHOW MUST GO ON

(12ª música do 14º álbum)

– Como descrever a força emocional que emana desta música-testamento, desta obra-prima composta a oito mãos e que permite ao cantor despedir-se do planeta inteiro?!

– Depois de ter deixado seus assuntos organizados em todo o álbum, de haver admitido suas falhas em I’m Going Slightly Mad, de ter esbanjado alguns sábios conselhos em Don’t Try So Hard e de fazer o balanço de toda uma vida em These Are The Days Of Our Lives, Freddie agradece e saúda aqueles que ama, incluindo Delilah (sua gata), Bijou (seu amor) e, finalmente, The Show Must Go On (seu público).

– A letra, cuja mensagem é explícita, é fruto da colaboração entre o guitarrista e o cantor, mesmo que o primeiro forneça o enredo principal, como declarou Brian emocionado:

Vocês podem imaginar o que senti ao escrever a letra, que iria ser cantada por Freddie. Depois de um momento, perguntei a ele o que pensava, ao que me respondeu: ‘Concordo com tua letra. Vou deixar minha pele’. E foi o que fez. Acredito que ele ofereceu uma das atuações vocais mais belas da sua vida nesta canção […]. Realmente estava muito fraco nesse momento, porém sempre encontrava a força suficiente para cantar.

– Na letra, encontramos algumas frases que produzem calafrios, como:

I’ll soon be turning, round the corner now/Outside the dawn is breaking/

But inside in the dark I’m aching to be free”

(Em breve estarei virando a página/Lá fora está amanhecendo/

Porém no meu interior, no escuro, estou morrendo de vontade de ser livre)

 

E ainda:

My soul is painted like the wings of butterflies/Fairy tales of yesterday, grow but never die/I can fly, my friends

(Minha alma é pintada como as asas das borboletas/Contos de fadas de ontem, crescem, mas nunca morrem/Eu posso voar, meus amigos)

 

-Trata-se do último single do Queen publicado em vida por Freddie Mercury.

– É lançado em 14 de outubro de 1991, no Reino Unido, acompanhado, no lado B, pelo primeiro tema do grupo publicado em um 45 rpm em 1973, e cujo título parecia então premonitório: Keep Yourself Alive (Mantenha-se vivo).

– Embora a mensagem seja clara, a simbologia também é.

– O Queen engloba aqui seu primeiro e seu último single.

– O círculo foi fechado. A história chegou ao fim.

John Deacon, Brian May e Roger Taylor organizam o The Freddie Mercury Tribute Concert em memória do seu amigo, em 20 de abril de 1992 no Wembley Stadium de Londres. Nesta ocasião, Elton John interpreta The Show Must Go On com os músicos.

 

Vídeo oficial de The Show Must Go On

 

The Show Must Go On, com Elton John no The Freddie Mercury Tribute Concert

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

Helenita Melo

Me chamo Helenita dos Santos Melo, sou gaúcha de Cachoeira do Sul e nasci em 25 de janeiro de 1964. Sempre gostei de música, e possuo gosto musical bastante variado. Iniciei minha trajetoria no coral da Igreja Adventista de minha cidade natal e mais tarde me tornei cantora em grupos amadores e profissionais. Eu era fã “normal” do Queen há muitos anos… até o lançamento do filme “Bohemian Rhapsody” (2018), onde a minha paixão reascendeu de maneira muito forte e intensa. Eu me defino como “uma dona-de-casa curiosa” e estou sempre pesquisando, aprendendo e compartilhando o que sei sobre a banda, e me tornei uma pessoa bastante conhecida nas redes sociais. Desde 2004 resido em Bolzano (Itália) e sou casada com o Dr. Nicola Ciardi, fundador do festival de jazz daquela cidade em 1982.

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