My Fairy King – Por Helenita dos Santos Melo

My Fairy King

(4ª música do 1º álbum)

– Para muitos observadores, My Fairy King é o primeiro passo para o trabalho de composição que levaria Freddie a The March Of The Black Queen no Queen II e depois Bohemian Rhapsody.

– As semelhanças estão na própria estrutura dessas canções, que Freddie concebe ao unir várias partes musicais, como nos atos de uma ópera, que se articulam e se complementam.

My Fairy King, muito complicada de reproduzir no palco, foi executada com pouca frequência naquela época, mas Freddie improvisou algumas notas durante os shows “Hot Space Tour” em 1982 e The Works Tour em 1984.

A inspiração para seu nome artístico está na própria letra.:

Mother Mercury, look what they’ve done to me

(Mãe Mercúrio, veja o que eles fizeram comigo).

E então afirma que se identifica com o personagem. Por isso, será chamado Freddie Mercury.

– Na letra está o lirismo onde o cantor é um entusiasta, com suas criaturas e seus personagens imaginários, e, como no caso de Great King Rat, para escrevê-la ele se inspira, sem dúvida, em suas memórias de infância.

– A música apresenta uma homenagem repetida ao poema The Pied Piper of Hamelin (O Flautista de Hamelin), de Robert Browning (1842), no qual o prefeito encarrega o herói de manter os ratos fora da cidade.

My Fairy King” começa assim:

In the land where horses born with eagle wings/

And honey bees have lost their stings/

There’s singing forever/

Lion’s den with fallow deer/

And rivers made from wine so clear

(No país onde nascem cavalos com asas de águia/

E as abelhas perderam o ferrão/

A canção é eterna/

O leão vive com o veado/

E os rios cristalinos carregam o vinho).

 

E esse é o poema de Browning:

The sparrows were brighter tan peacocks here/

And their dogs outran our fallow deer/

And honey-bees had lost their stings/

And horses were born with eagles’ wings”

(Aqui os pardais eram mais brilhantes que os pavões/

E seus cachorros corriam mais rápido que nossos veados/

E as abelhas perderam seus ferrões/

E os cavalos nasciam com asas de águia).

– Grandes autores encontram sua inspiração em sua própria cultura. O tema desta fábula medieval já aparecia em um dos contos imortalizados pelos Irmãos Grimm: Der Rattenfänger von Hameln (O Flautista de Hamelin), que apareceu em Deutsche Sagen (Lendas Alemãs) em 1816.

 

Ilustração de Kate Greenaway (1846-1901) para “The Pied Piper of Hamelin”, de Robert Browning, que inspiraria Freddie Mercury a compor “My Fairy King”.

 

Conto O Flautista de Hamelin, em português:

 

Vídeo oficial de My Fairy King:

 

 

Fonte: “Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones”, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita Dos Santos Melo

 

 

 

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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