Queen II – 48 anos de sucesso

Álbum: Queen II

Data de lançamento: 08 de março de 1974

Melhor posição nas paradas: 5° lugar na parada britânica; 49° lugar nos Estados Unidos

Ficha técnica

Freddie Mercury: vocais, piano, cravo

Brian May: guitarra, vocais, piano

John Deacon: baixo, violão

Roger Taylor: bateria, percussão, vocais

Gravação: agosto de 1973 no Trident Studios, Londres

Produtores: Queen e Robin Geoffrey Cable (Nevermore e Funny How Love Is), Queen, Robin Geoffrey Cable e Roy Thomas Baker (The March Of The Black Queen), Queen e Roy Thomas Baker (todas as outras faixas)

 

Queen II foi lançado menos de 1 ano depois do seu antecessor, e neste álbum podemos ver  todo o talento da banda. Este disco abriu caminho para o sucesso que a banda tem até hoje.

Apesar de terem recebido duras críticas no trabalho anterior, a banda permaneceu unida e começou a trabalhar no que seria um dos melhores álbuns que eles lançaram. Em agosto de 1973 (menos de 1 mês depois do lançamento do álbum de estreia, a banda voltou ao Trident Studios com Roy Thomas Baker e Mike Stone, e exigiu dos Sheffields o tempo de estúdio necessário para completar este álbum em vez de gravar durante o tempo de inatividade.

O resultado dessa reunião permitiu que o Queen completasse o álbum dentro de um mês; a banda tinha várias ideias que queriam explorar, e foram capazes de realizá-las completamente com o tempo adicional concedido.

O álbum recebeu o título provisório de Over The Top. O quarteto estava fervilhando de ideias e aproveitando que, na época, estava muito em voga álbuns conceituais, o Queen resolveu que o seu futuro álbum seria dividido em Lado 1, que era o lado branco e teria 4 canções escritas por Brian (Procession, Father To Son, White Queen (As It Began), Some Day, One Day, e uma composta por Roger: The Loser In The End).

Já o lado 2, foi chamado de Lado negro e continha 6 canções compostas por Freddie (Ogre Battle, The Fairy Feller’s Master-Stroke, Nevermore, The March Of The Black Queen, Funny How Love Is, Seven Seas Of Rhye). O álbum foi muito bem trabalhado e surgiram muitas obras-primas como Nevermore, Ogre Battle e The March of The Black Queen.

Queen II é uma coleção superior de música complexa repleta de camadas de guitarra, overdubs vocais e letras ambíguas. Alguns até argumentaram que é a própria versão da banda de um álbum conceitual, como Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band de 1967, que todas as bandas tentaram imitar desde então.

Após a gravação do álbum, o Queen saiu em turnê como banda de apoio da Mott the Hoople. Durante as apresentações, os membros da banda ganharam mais confiança no palco e o sucesso estava começando a aparecer, à medida que a banda era reconhecida.

Então, entre 1° de março e 2 de abril de 1974, a banda saiu em turnê como atração principal e aos poucos percebeu o interesse crescente do público pela sua música. A fim de melhorar o visual no palco, a estilista Zandra Rhodes desenhou novos looks para os músicos.

A capa do álbum com a fotografia dos 4 membros da banda foi de autoria do fotógrafo Mick Rock. A foto foi inspirada na atriz alemã Marlene Dietrich que enfrentou Adolf Hitler e não participou da propaganda nazista. Outra inspiração seria o álbum With the Beatles, lançado em 1967.

                                     Marlene Dietrich           Freddie Mercury

Álbum dos Beatles

Freddie, na posição das seis horas, é ladeado por John e Roger em ambos os lados, enquanto Brian, sendo o mais alto, aparece acima de Freddie. Com olhos encapuzados e feições brancas e cerosas, os quatro rostos carrancudos olham sem emoção. Vestido todo de preto e contra um fundo totalmente preto.

Não havia nenhum significado oculto na fotografia, e ela contrastava lindamente com a parte interna, que é exatamente o oposto da capa: a banda está toda vestida de branco, Freddie escondendo tudo menos a metade superior do rosto com uma capa branca.

No dia 21 de fevereiro de 1974, o destino da banda mudou, por pura sorte, quando eles se apresentaram no programa Top Of The Pops da BBC. O convidado original do programa era David Bowie, que teve que cancelar a sua participação no programa e o Queen foi chamado para substituí-lo e fez muito sucesso.

A turnê norte-americana – que era um sonho para a banda – teve que ser interrompida em Nova York. No dia 13 de maio, antes de um show em Boston, Brian não se sentiu bem e a banda foi obrigada a cancelar a turnê. O guitarrista foi carregado para o assento do avião pelos outros membros da banda e teve que passar várias semanas em recuperação. Então, para o resto da banda, só havia uma coisa a fazer: recomeçar o trabalho como um trio, até o guitarrista ficar bom.

Sobre o álbum Roger Taylor falou para a Sounds poucas semanas depois do lançamento do álbum:

Considerando o abuso que tivemos ultimamente, estou surpreso que o novo LP tenha se saído tão bem. Acho que é basicamente porque as pessoas gostam da banda. 

Sobre o álbum, Brian falou:

Para mim, Queen II era o tipo de música emocional que sempre quisemos tocar, embora não pudéssemos tocar a maior parte no palco porque era muito complicado. Estávamos tentando levar as técnicas de estúdio a um novo limite para grupos de rock – estava realizando todos os nossos sonhos porque não tivemos muitas oportunidades para isso no primeiro álbum. Passou pela nossa cabeça chamar o álbum de Over The Top.

 

Músicas que compõe o álbum:

 1 – Procession

 

2 -Father To Son

 

3 – White Queen (As It Began)

 

4 – Some Day, One Day

 

5 – The Loser In The End

 

6 – Ogre Battle 

 

7 – The Fairy Feller’s Master-Stroke

 

8 – Nevermore

 

9 – The March Of The Black Queen

 

10 – Funny How Love Is

 

11 – Seven Seas Of Rhye

 

Fontes:

http://www.queenpedia.com/

http://queenvault.com/

Livros: Queen all the songs: the story behind every track – Bernoît Clerc

Queen em discos e canções – Marcelo Facundo Severo

George Purvis. Queen: Complete Works, Edição do Kindle.

 

 

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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