Party – Álbum The Miracle

PARTY

(1ª música do 13º álbum)

 

– Eleger a lista das faixas de um álbum é uma tarefa difícil. Tem que saber jogar com o ritmo: atrair desde a introdução, colocar as melodias a partir do segundo tema para, finalmente, desenvolver a obra como se fosse um filme: com ação, suspense, ternura e um bom final.

– Para o início deste álbum, que os fãs esperavam há três anos, o Queen escolhe um tema muito enérgico, ao qual Freddie dá voz para cantar as lembranças da festa que ele foi na noite anterior:

 

We had a good night jamming away/There was a full moon showing/And we started to play

(Tivemos uma boa noite improvisando/Havia uma lua cheia aparecendo/E começamos a tocar)

 

– Mas depois de seu aspecto despreocupado, Party oculta uma mensagem mais crítica, já que cada estrofe termina com uma lembrança melancólica ao dia posterior à festa:

 But in the cold light of day next morning/Party was over

(Mas na luz fria do dia na manhã seguinte/A festa acabou)

 

E até mesmo:

Everybody’s gone away(Todos foram embora)

 – A música anuncia a sua cor: a festa acabou. Esse é todo o paradoxo do álbum The Miracle: o grupo apresenta uma unidade reencontrada, os temas são mesmo excepcionais, porém é a hora do equilíbrio para Freddie, quem responderá precisamente à letra de Party na última música do álbum Was It All Worth It (Isso tudo valeu à pena).

Freddie nos braços do excêntrico bailarino e coreógrafo Wayne Sleep, na festa do musical “2nd Street, em Londres.

 

Vídeo oficial de Party

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

Helenita Melo

Me chamo Helenita dos Santos Melo, sou gaúcha de Cachoeira do Sul e nasci em 25 de janeiro de 1964. Sempre gostei de música, e possuo gosto musical bastante variado. Iniciei minha trajetoria no coral da Igreja Adventista de minha cidade natal e mais tarde me tornei cantora em grupos amadores e profissionais. Eu era fã “normal” do Queen há muitos anos… até o lançamento do filme “Bohemian Rhapsody” (2018), onde a minha paixão reascendeu de maneira muito forte e intensa. Eu me defino como “uma dona-de-casa curiosa” e estou sempre pesquisando, aprendendo e compartilhando o que sei sobre a banda, e me tornei uma pessoa bastante conhecida nas redes sociais. Desde 2004 resido em Bolzano (Itália) e sou casada com o Dr. Nicola Ciardi, fundador do festival de jazz daquela cidade em 1982.

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