7º Álbum “JAZZ” – (1978)
Mustapha
– Relato de Peter Hince no seu livro “Queen Unseen”:
Existem muitos colégios exclusivos para garotas nessa região da Suíça, maiores de idade e vindas de todas as partes do globo. Uma menina do Oriente Médio, não inteiramente desprovida de atrativos e filha de algum árabe riquíssimo, traduziu a letra e deu a pronúncia correta para a canção de inspiração islâmica de Freddie, Mustapha.
– Me-está-pra-mijá – Estou prestes a estourar.
– Vocês estão tirando sarro da minha música, seu por*a? De novo?
– Nós, Freddie? Nunca!”
– Escrita por Freddie Mercury com fortes influências árabes, o single foi lançado apenas na Bolívia, Alemanha, Iugoslávia e Espanha; cada versão nos diferentes países é diferente uma da outra.
– As palavras no texto consistem em uma mistura de inglês, árabe, persa e algumas palavras inventadas. Algumas das palavras inteligíveis da música são “Mustapha”, “Ibrahim” e as frases “Allah, Allah, Allah, we’ll pray for you”, “salaam alaykum” e “alaykum salaam”.
– Em apresentações ao vivo, como em “Live Killers”, Freddie costumava cantar os vocais de abertura de “Mustapha” no lugar da complexa introdução a “Bohemian Rhapsody”, passando de “Allah, will pray for you” para “Mama, just killed a man…”.
– No entanto, algumas vezes a banda tocava uma versão quase completa da música, com Freddie ao piano.
Fat Bottomed Girls
– Escrita por Brian May, a música foi executada nos shows da formação oficial da banda, juntamente aos projetos com Paul Rodgers e Adam Lambert.
– Essa canção celebra os talentos de uma “groupie” bastante gordinha que acompanhou a banda em sua turnê pelos Estados Unidos.
– O single duplo foi lançado em outubro de 1978. “Bicycle Race” contém a frase: “Fat bottomed girls, they’ll be riding today, so look out for those beauties, oh yeah”, enquanto “Fat Bottomed Girls” também inclui o verso “Get on your bikes and ride”, completando assim uma dupla referência cruzada entre as duas canções do single.
– No palco, Freddie cantou a música inteira, com Roger e Brian fazendo harmonias.
– Tanto a guitarra quanto o baixo são tocados em afinação drop-D para essa música, uma raridade para o Queen.
Jealousy
– Jealousy (Ciúme) foi escrita por Freddie e apresenta Brian tocando um violão acústico Hallfredh.
– Esse violão recebeu uma ponte de madeira de substituição, cinzelada, com um pequeno pedaço de fio de traste colocado entre ela e as cordas, que ficavam suavemente acima. As cordas produzem o efeito “zumbido” de uma cítara.
– Este efeito já havia sido usado em “White Queen (As It Began)” do álbum Queen II.
– Todos os vocais foram gravados por Freddie.
– Existe um tango famoso chamado “Jalousie (Jealousy)”, composição do violinista e compositor dinamarquês Jacob Gade. Este tango foi apresentado pela 1ª vez em 14 de setembro de 1925.
Bicycle Race
– Foi inteiramente composta pelo frontman Freddie Mercury. A inspiração veio a ele ao assistir a uma etapa do “Tour de France” de seu quarto de hotel na Riviera Francesa.
– Apesar da letra da música repetir várias vezes que o protagonista quer andar de bicicleta, ironicamente Freddie, segundo Brian May, não gostava de andar de bicicleta.
– A canção é notável por seu vídeo com uma corrida de bicicleta com 65 mulheres nuas, ao redor do estádio de Wembley, que foi editado ou até mesmo proibido em vários países.
– Onde quer que o Queen tocasse, as lojas de bicicletas vendiam sinos comprados pelos fãs que os traziam ao show para tocá-los durante a música.
– O álbum continha um pôster das mulheres na corrida de bicicleta. Ele foi deixado de fora de algumas cópias para as lojas que não queriam vendê-lo, mas os fãs poderiam fazer o pedido pelo correio, se desejassem. Um biquíni foi adicionado para cobrir a bu*da na capa do single, e em alguns lançamentos nos EUA um sutiã também foi adicionado.
If You Can’t Beat Them
– É outra composição de John Deacon.
– O estilo é hard rock.
– Também era uma das favoritas da banda para tocar ao vivo no final dos anos 1970.
– Brian toca todas as guitarras.
– Contém um solo de guitarra de mais de dois minutos.
Let Me Entertain You
Foi escrita por Freddie Mercury, voltado para o público. A linha “We’ll sing to you in Japanese” (“Cantaremos para vocês em japonês”) é uma referência ao “Teo Torriatte”, de Brian May, do álbum “A Day at the Races” (1976).
– A música também contém uma referência ao seu empresário de turnê, Gerry Stickells, com a frase “Hey! If you need a fix, if you want a high, Stickells will see to that” (“Ei! Se você precisar de uma dose, se quiser um barato, Stickells cuidará disso.”)
– E então, na linha seguinte, Freddie menciona as gravadoras do Queen na época (Elektra e EMI) com a linha “With Elektra and EMI; we’ll show you where it’s at!” (“Com Elektra e EMI; mostraremos onde está!”).
– A ideia de um riff de guitarra em sextas paralelas foi reutilizada mais tarde em “The Hitman”, do álbum “Innuendo”.
– É o tema que fecha o lado A do álbum, e é sobre uma noite de festas e excessos.
Dead on Time
– Peter Hince no seu livro Queen Unseen:
“Certa noite, fomos brindados com um evento astronômico especial, sobre o qual Roy e Brian sabiam tudo. A maioria de nós estava ansiosa para assisti-lo e o observamos através de um telescópio. Em seguida, desencadeou-se uma tremenda tempestade elétrica, que parecia interminável. Brian teve uma inspiração: com seu gravador portátil, gravou sons de trovões, relâmpagos e chuva para sua canção ‘Dead on Time’.”
– Essa música apresenta alguns dos trabalhos de guitarra mais rápidos e agressivos de seu compositor, bem como uma bateria intensa de Roger Taylor.
– Executado em ritmo acelerado para o Queen, foi considerado pelos fãs como um número ao vivo ideal, mas curiosamente nunca foi tocado em um show. Brian May apenas incorporaria trechos em seus solos de guitarra durante a turnê “Jazz”.
– A canção lembra “Keep Yourself Alive” do álbum de estreia autointitulado do Queen. No último refrão, as palavras “keep yourself alive” são cantadas, e na letra anexada ao álbum, essas palavras são escritas em maiúsculas.
– A música termina com o som de um raio, seguido por Freddie gritando “You’re dead!” (“Você está morto!”). O raio foi realmente gravado por Brian em um gravador portátil durante uma violenta tempestade. As notas do encarte do álbum atribuem o raio a Deus!
In Only Seven Days
– Assim como outras canções de John Deacon apresentadas anteriormente, “In Only Seven Days” é basicamente uma balada pop rock, de arranjo melancólico.
– O tema é sobre um homem tímido que em sete dias de férias não consegue interagir amorosamente com uma mulher, voltando para casa solitário.
– A faixa tem interpretações vocais de Freddie.
-Deacon também tocou violão acústico e elétrico nesta música.
– No single foi o lado B de “Don’t Stop Me Now”.
Dreamer’s Ball
– É um blues acústico de Brian May feito em homenagem a Elvis Presley, que morreu um ano antes do álbum ser lançado.
– É tocado com a Red Special e tem uma ótima introdução, com um desenvolvimento lento e uma vibe muito retro.
– Ao vivo Roger fez backing vocals em falsete e Brian também cantou, mas na versão de estúdio apenas Freddie canta.
– Era apresentada regularmente no “Jazz Tour” ao lado de “Love of My Life” e “‘39”.
– Normalmente Freddie costumava brincar quando terminava de cantar essa música: “As coisas que você tem que fazer por dinheiro!”
Fun It
– É uma faixa funk de Roger Taylor com uma “vibe disco”, onde ele e Freddie Mercury dividiram os vocais. Roger fez os vocais principais, enquanto Freddie foi o backup.
– Ele usou pads Syndrum e tocou a maioria dos instrumentos. Pode ser visto como um precursor de “Another One Bites the Dust”, especialmente com a introdução desta faixa.
– É uma das menos favoritas do álbum, e isso pode ser porque nunca foi tocada em nenhum show, ou porque não atingiu o nível desejado, em comparação com as outras músicas.
– Roger e Freddie cantam alternadamente os versos da música para finalmente culminar a melodia com o refrão “Don’t shun it, fun it!” (“Não fuja disso, divirta-se!”). O melhor exemplo disso é o minuto 2:11 da música, onde, com fones de ouvido, Freddie é ouvido no lado direito e Roger no lado esquerdo, cantando a frase “Everybody, everybody gonna have a good time tonight, time tonight”.
– Os efeitos sonoros usados para esta composição não foram criados com sintetizadores, mas de forma tradicional por Brian May com a ajuda de sua guitarra elétrica e um pedal de distorção.
Leaving Home Ain’t Easy
– É uma balada de Brian May.
– Ele também cantou todos os vocais (solo e harmonia).
– A letra da música fala de um personagem que sai de casa porque sente que não tem outra opção e que seria o mais conveniente para ele, apesar da dor que isso representa.
– Brian usou um violão da marca Hairfred.
– Em “White Queen (As It Began)” e “Jealousy” Brian usou o mesmo tipo de violão.
Don’t Stop Me Now
– Essa música foi considerada por um estudo britânico como a música mais feliz da história. No YouTube tem um clip onde ela roda durante 10 horas e 47 segundos!!!
– A canção tem uma parte que Freddie cita uma mulher que vem nominada como Lady Godiva: “I’m a racing car passing by, like lady Godiva”.
Lady Godiva era uma nobre anglo-saxônica, esposa do conde Leofrico de Coventry (Inglaterra).
– Segundo a lenda, ela cavalgou nua pelas ruas de Coventry para obter a supressão de um tributo adicional imposto pelo marido a seus súditos.
Lady Godiva pediu várias vezes para removê-los, mas o marido sempre recusou.
Cansado de suas súplicas, ele disse a ela que só ouviria seu pedido se andasse nua nas ruas da cidade. Lady Godiva entendeu literalmente e, após a publicação da proclamação, onde todas as pessoas eram aconselhadas a manter as portas e janelas fechadas, ela cavalgou nua por Coventry, coberta apenas pelos cabelos compridos.”
– Há uma frase na música na qual Freddie grita “200 graus, é por isso que eles me chamam de Sr. Fahrenheit”.
Ele está fazendo uma referência ao calor, o que significa que ele é quente, excitante e pronto. Está estabelecendo uma ligação entre Fahrenheit, uma escala para medir calor, e o fato de que termômetros, a ferramenta para medir calor, usam mercúrio. Ele está explicando por que se chamava Mercúrio (Mercury).
– Usando várias metáforas, o narrador diz nunca querer parar de viver tão intensamente. A sua letra possui um caráter eufórico e poético. Por ser uma canção extremamente conotativa, há várias formas de interpretação dessas metáforas.
– No dia 5 de setembro de 2011, foi feita uma homenagem aos 65 anos que Freddie teria feito se estivesse vivo: o motor de pesquisa Google utilizou “Don’t Stop Me Now”, além de mostrar imagens do cantor em tinta a óleo num “doodle”.
More of That Jazz
– Escrita por Roger Taylor, é uma fita em “loop”.
– O baterista toca a maioria dos instrumentos.
– Roger canta como vocal principal.
Ele canta todos os vocais, atingindo algumas notas muito altas (com pico em um E5).
– Também contém clipes curtos de muitas músicas do álbum, incluindo “Dead on Time”, “Bicycle Race”, “Mustapha”, “If You Can’t Beat Them”, “Fun It” e “Fat Bottomed Girls”.
Postagens anteriores:
1 -Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 1/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net
2 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 2/15 – Queen II – por Helenita dos Santos Melo – Queen Net
3 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 3/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net
4 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 4/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net
5 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 5/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net
6 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 6/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net