Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 4/15 por Helenita dos Santos Melo

4º Álbum “A NIGHT AT THE OPERA” – (1975)

 

“Death on Two Legs (Dedicated to…)”

– É uma das tantas canções onde melhor podemos ver o quanto Freddie era bravíssimo ao piano!

– A música pode ser descrita como uma carta de ódio de Freddie Mercury ao primeiro empresário do Queen, Norman Sheffield, que por alguns anos foi considerado culpado por enganar a banda e abusar do seu papel administrativo, de 1972 a 1975.

– Embora a música nunca se refira diretamente a ele, depois de ouvir uma reprodução da peça nos “Trident Studios” no momento do lançamento do álbum, Sheffield ficou horrorizado com os seguintes insultos presentes na música (sugador de sangue, magnata, péssimo corretor, burro velho, balão inflado, morte nas duas pernas), e entrou com uma ação por difamação contra a banda e a gravadora, o que resultou em um acordo extrajudicial, o que confirmou ainda mais sua conexão com a música.

– Roger Taylor também acrescentou que, apesar do sucesso de “Killer Queen” e “Sheer Heart Attack”, a banda estava falida antes do lançamento desse álbum.

– Durante as apresentações ao vivo, Freddie frequentemente introduzia a música dedicando-a a “um verdadeiro cavalheiro filho da p*ta que eu conheci”, embora essa frase tenha sido censurada com um “bip” na versão incluída no álbum ao vivo “Live Killers”, de 1979.

 

“Lazing on a Sunday Afternoon”

– É outra composição de Freddie Mercury. Ele tocou piano e fez todos os vocais. O vocal principal foi cantado no estúdio e reproduzido através de fones de ouvido em um balde de estanho em outras partes do estúdio.

– Um microfone captou o som do balde, o que produziu um som oco de “megafone”.

– A música fala sobre um “dândi” que percorre o mundo a semana toda e que encontra alívio das preocupações no domingo à tarde.

– A música tem um estilo semelhante ao da música de “cabaret” dos anos 1920.

– Freddie explicou confusamente a música em uma entrevista para a “Record Mirror” em 1976: “É assim que o clima me leva. Sabe … esse é apenas um aspecto de mim, e eu posso realmente mudar. Tudo no ‘Sunday Afternoon’ é algo que … eu sou realmente, sou realmente tipo, eu realmente … bem, eu amo fazer o lado ‘vaudeville’ das coisas. É um tipo de teste … eu amo escrever coisas assim. Claro que vou fazer mais do que isso … É um grande desafio.”

 

“I’m in Love with My Car”

– Escrita por Roger Taylor, é a única faixa do álbum na qual ele é o vocalista principal. Essa é uma de suas composições mais conhecidas.

– Quando Roger apresentou-a para Brian May, o guitarrista pensou que o baterista estava fazendo uma brincadeira!

– A letra foi inspirada em Johnathan Harris, um roadie da banda, no qual dizia ser apaixonado pelo seu carro.

– Na época em que a banda foi lançar “Bohemian Rhapsody” como single, a ideia inicial era de colocar “The Prophet’s Song”, canção de Brian, no Lado B. No entanto, Roger queria que “I’m in Love with My Car” fosse escolhida. Para isso, trancou-se num armário até que Freddie mudasse de ideia!

– No final da música pode-se ouvir o Alfa Romeo de Roger, mas na versão single o motor é ouvido no início.

 

“You’re My Best Friend”

– John Deacon escreveu esta música para sua esposa Veronica Tetzlaff. Ele desfrutou de uma vida doméstica bastante tranquila. Particularmente nos primeiros dias do grupo, era muito tímido e quieto, sem vontade de apresentar suas sugestões de músicas.

– John tocou um piano elétrico nessa faixa. O piano era um Fender Rhodes ou um Wurlitzer, ou possivelmente uma combinação de ambos – as fontes variam. Deacon queria escrever uma música incorporando o instrumento, mas Freddie Mercury, o pianista do grupo, não queria tocá-la. “Eu me recusei a tocar essa coisa maldita”, disse Freddie. “É minúsculo e horrível e eu não gosto deles. Por que tocá-los quando você tem um piano maravilhoso e excelente.”

– “Bem, Freddie não gostou do piano elétrico, então eu o levei para casa e comecei a aprender sobre o piano elétrico e, basicamente, essa é a música que saiu quando eu estava aprendendo a tocar piano.

Foi escrita nesse instrumento e soa melhor nele, você entende, a música soa melhor frequentemente no instrumento em que você escreve.” (John Deacon para a “BBC Radio On”, em 24/12/1977)

– O videoclipe mostra a banda em um enorme salão de baile cercado por mais de mil velas, incluindo um enorme lustre pendurado no teto. Fazia muito calor lá dentro. O vídeo foi filmado em abril de 1976 no “Elstree Studios”, em Londres. Além disso, John é visto tocando um piano de cauda em vez do Wurlitzer que ele usou para gravar.

– Essa canção é geralmente citada pela mídia especializada como um dos pontos altos de toda a carreira do Queen. A revista “Rolling Stone” a definiu como uma das três melhores performances vocais de Freddie Mercury, juntamente com “Bohemian Rhapsody” e “We Are The Champions”.

 

“‘39”

– Essa é uma música de Brian May, estilo “skiffle/folk”, que conta a história de um grupo de exploradores espaciais que empreendem o que, do ponto de vista deles, é uma viagem de um ano.

– Ao retornar, no entanto, eles percebem que cem anos se passaram, devido ao efeito de dilatação temporal na teoria especial da relatividade de Einstein, e seus entes queridos que eles tinham deixado, estão agora mortos ou velhos.

–  Segundo Brian em uma entrevista cedida à BBC, é basicamente uma ficção-científica inspirada na obra do poeta e romancista alemão Hermann Hesse.

– Brian é o vocalista principal da música, acompanhado nos backing vocals por Freddie e Roger. Nos shows, Freddie era a voz principal.

‘ Como o Queen havia intitulado seus álbuns “A Night at the Opera” e “A Day at the Races”, em referência a dois dos mais famosos filmes dos Irmãos Marx, Groucho Marx convidou a banda para visitá-lo em sua casa em Los Angeles, em março de 1977 (cinco meses antes de sua morte). A banda agradeceu e tocou ”39’” a cappella. John não compareceu a esse encontro.

 

“Sweet Lady”

– Essa é outra composição de Brian May.

– No começo da canção, se aprecia o som muito pessoal e especial da “Red Special”.

– Musicalmente e literalmente, é a antecessora de “Tie Your Mother Down”, ou seja, essa música já havia sido escrita.

– Roger Taylor lembra dessa música como a performance de bateria mais difícil que ele já teve de fazer.

– É um rock rápido movido a distorção. A música é um estilo de rock incomum em 3/4 (que dá lugar a um 4/4 ).

 

“Seaside Rendezvous”

– Freddie Mercury falando sobre a música:

“‘Seaside Rendezvous’ tem a atmosfera dos anos 1920, e Roger também faz o som da tuba e do clarinete, isso com a voz, entende. Eu vou fazê-lo sapatear também. Vou ter que comprar para ele sapatos tipo os da Ginger Rogers!”

– Foi escrita por Freddie Mercury em sua veia mais “vaudeville/music hall”.

– É mais conhecida pela seção intermediária do estilo “jazz band”, interpretada vocalmente por Freddie e Roger.

– Freddie imita vocalmente vários instrumentos de sopro, incluindo um clarinete. Roger se preocupa principalmente em imitar instrumentos de metal, como tuba e trompete, e até mesmo um kazoo.

– É uma das poucas músicas do Queen que não recebeu contribuições de Brian May.

 

“The Prophet’s Song”

– É uma composição de Brian May.

– Brian teve um sonho que inspirou essa música anos antes de escrevê-la.

– Ele não estava tentando promover nada de religioso com a letra, mas sim, transmitir uma mensagem.

Diz ele: “No sonho, as pessoas estavam andando nas ruas tentando tocar as mãos umas das outras, desesperadas para tentar dar algum sinal de que estavam se preocupando com outras pessoas”, disse ele à “Melody Maker” em 1975.

– A música começa com o sopro de ventos: o efeito foi obtido no estúdio, colocando um microfone na frente do ar condicionado na sala de gravação.

 

“Love of My Life”

– As performances mais famosas dessa música composta por Freddie Mercury são certamente as da primeira turnê na América do Sul em 1981 (em vários DVDs, pode-se ver que o público sul-americano cantou a música sempre pronunciando as palavras com um inglês perfeito, o que em todas as entrevistas daqueles anos o grupo fez referência) e no “Rock In Rio” de 1985, onde 325.000 pessoas cantaram as palavras da música, com Freddie atuando como maestro.

– Esta canção detalha a situação de um homem que foi abandonado pelo seu amor. Ele sente que o amor que lhe foi tirado o afeta muito e implora: “Bring it back home to me because you don’t know what it means to me.”

– A versão ao vivo difere da substituição da harpa (tocada por Brian na gravação original) por um violão de 12 cordas, com a melodia abaixada de tom, para que Freddie não precisasse usar o falsete.

– Declaração de Brian May para “On The Record”, em 1982:

“Você aprendeu a tocar harpa para ‘Love Of My Life’?”

“Aprender seria uma palavra muito forte. Fiz acorde por acorde. Na verdade, demorou mais tempo para sintonizar do que tocá-la. Era um pesadelo, porque toda vez que alguém abria a porta, a temperatura mudava. Eu odiaria ter que tocar uma harpa no palco. Acabei de descobrir como funcionava – os pedais e tudo – e fiz pouco a pouco “.

– Declaração de Freddie Mercury para “Melody Maker”, em 02/05/1981:

“‘Love Of My Life’ é adaptada no palco para guitarra, mas foi escrita no piano. Eu esqueci totalmente o original e se você me pedisse para tocar agora, eu não poderia. Às vezes, tenho que voltar à partitura e também não consigo ler muito bem.”

https://youtu.be/gblZ2drKK1M

 

“Good Company”

– Escrita por Brian May, a canção foi inspirada na história de vida de seu pai.

– O personagem, orientado pelo pai a ter uma boa família, cuidando dela, ao longo perde as pessoas à sua volta e, em sua velhice se torna alguém solitário.

– Brian escreveu a música utilizando um banjo, mas na gravação optou por um ukelele.

– Seu instrumental faz referência ao Original Dixieland Jass Band, também contendo as guitarras em multicamadas características da obra de Brian.

– A música é conhecida e nomeada por especialistas como a primeira em que um guitarrista consegue reproduzir todos os instrumentos que a compõem apenas com a guitarra, com exceção da bateria.

 

“Bohemian Rhapsody”

– Freddie Mercury escreveu a música na cama. O cantor, de fato, tinha um piano que ele usava como cabeceira. Quando ele teve a ideia da música, pulou para o piano e começou a escrever.

– Durante a gravação, Freddie usou o mesmo piano usado por Paul McCartney em “Hey Jude”.

– Para gravar as partes orquestradas, eles levaram três semanas. O vídeo foi filmado em quatro horas.

– Alguns dos sons distintos dessa música foram gravados com microfones dentro de tubos de metal.

– O verdadeiro significado da música é desconhecido até hoje. Quando morreu, Freddie ainda não havia revelado o que ele quis dizer com a música. Uma vez ele disse: “Não surgiu aleatoriamente. Fiz algumas pesquisas, compus uma espécie de ópera falsa. As pessoas devem apenas ouvi-la, pensar no que ela comunica e deixar a mente livre para compor imagens”.

 

 

“God Save the Queen”

– A música é um cover de rock do hino nacional “God Save the Queen”, do Reino Unido e de algumas nações da Comunidade Britânica.

– Foi adaptada por Brian May que toca na guitarra a melodia principal do hino, com uma rica harmonização conseguida através de inúmeros overdubs, de acordo com seu estilo característico; a orquestração é completada por um fundo de tímpanos e pratos.

– No fim dos concertos, enquanto o grupo parava no palco para receber as ovações dos espectadores, iniciava-se a gravação do cover (a complexidade do arranjo não teria permitido reproduzir o mesmo impacto ao vivo), e todo o público começava a entoar o hino original.

– Freqüentemente, nesses momentos, Freddie Mercury agradecia aos espectadores por terem vindo.

– Quando Brian apresentou sua versão de “God Save the Queen” no telhado do Palácio de Buckingham por ocasião do Jubileu da Rainha em 2002, ele declarou que pretendia que a performance fosse uma espécie de homenagem à versão de “The Star-Spangled Banner” interpretada por Jimi Hendrix no Festival de Woodstock.

 

 

Fontes:

– Comunità Queeniana

– Queen Unread – Le Traduzioni Inedite

– Queenpedia

– Songfacts

– QueenZone

– Queen Archives

– Queen Concerts

– Queenlive.ca

– Queen Vinyls

 

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1 -Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 1/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

2 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 2/15 – Queen II – por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

3 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 3/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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