13° Álbum “THE MIRACLE” – (1989)
Party
– Essa música nasceu durante uma jam session realizada entre Freddie Mercury, Brian May e John Deacon.
– Freddie estava ao piano e começou a seção “we had a good night” (“tivemos uma boa noite”).
– Depois disso, os três começaram a trabalhar juntos para completar a música.
– Algumas partes iniciais da faixa são cantadas por Brian May.
– “Para as primeiras faixas, ‘Party’ e ‘Khashoggi’s Ship’, é algo que entramos no estúdio, e as coisas evoluíram naturalmente, imediatamente.”
(Freddie Mercury – 29/05/1989, BBC Radio One – entrevista com Mike Read)
Khashoggi’s Ship
– Foi em grande parte escrita por Freddie, com os outros membros do grupo contribuindo ligeiramente para o texto.
– A música, com sonoridade hard rock, é sobre o famoso bilionário Adnan Khashoggi e seu navio, o Nabila, um dos maiores iates particulares do mundo.
– Atualmente o Nabila chama-se Kingdom 5KR e ainda antes chamou-se “Trump Princess”.
– A faixa inicia continuando diretamente, sem qualquer interrupção, da anterior “Party”, com a qual apresenta um tema e letra muito semelhantes.
– A música serviu de referência ao nome do personagem Khashoggi no musical We Will Rock You.
The Miracle
– Essa música está entre as mais complexas escritas por Freddie Mercury nos últimos anos de sua vida, mas para a qual todos os quatro componentes realmente colaboraram.
– A ideia para a música veio de Freddie Mercury e John Deacon, que escreveram a estrutura básica dos acordes.
– “John e eu encontramos os acordes e decidimos como desenvolver o texto. (…) É uma coisa simples e direta, o milagre que todos esperamos neste mundo é a paz”.
(Freddie)
– O garoto Ross McCall, até então desconhecido, atuou como Freddie.
Durante o vídeo, McCall aparece vestido em quatro “períodos” diferentes: os anos 70 (cabelos compridos e collant xadrez); bem no início dos anos 80 (bigode, jaqueta e calça de couro preta); 1985 (jeans azul e camiseta regata: a roupa do Live Aid) e o “Magic Tour” de 1986 (jaqueta de couro amarela, calça branca com listras vermelhas nos dois lados e tênis: usados no famoso show de Wembley).
– O Queen aparece apenas no final do vídeo. Conforme narrado por Brian May no documentário “Queen-Days of Our Lives”, o garoto que interpretou Freddie ficou algumas horas com ele para estudar os aspectos particulares de suas expressões faciais, para que a interpretação ficasse o mais fiel possível.
I Want It All
– Reza a lenda que a música foi inspirada por uma frase que muitas vezes um inseguro Brian May se ouvia repetir de sua segunda esposa, Anita Dobson, que o instava veementemente a tomar decisões: I Want It All, and I Want It Now!.
– Brian estava com a música pronta desde 1987. É uma música hard rock, típica do estilo de May, com o uso de teclados tocados pelo produtor David Richards, Brian também canta uma parte vocal solo.
– O ritmo do refrão é semelhante ao de The Show Must Go On, a próxima música do álbum. O single marcou o retorno do grupo à ribalta depois de quase três anos de ausência da cena de gravação.
– A versão do álbum é um pouco diferente da lançada em single e tem duas diferenças: uma introdução de violão substituindo o coro, e a presença de um solo de guitarra elétrica antes da seção “heavy”.
– Nunca foi tocada ao vivo com Freddie…
No DVD de “Greatest Video Hits 2”, Brian diz:
“Ela teria se tornado uma peça-chave nos shows do Queen com Freddie.”
The Invisible Man
– Esta é a única faixa de estúdio do Queen onde os nomes dos membros da banda são mencionados, na ordem: Freddie Mercury pouco antes do primeiro verso, John Deacon após o primeiro verso, Brian May repetido 2 vezes antes do solo de guitarra e Roger Taylor com mais ênfase no ‘r’ para fazer soar como um rufar de bateria perto do final do canção.
– Foi composta por Roger Taylor. Brian May comentou sobre como o baterista da banda escreveu parte da música no banheiro (semelhante ao que aconteceu com Freddie Mercury e “Crazy Little Thing Called Love” dez anos antes). A peça é baseada principalmente na eletrônica e em uma linha de baixo criada pelo próprio Roger.
– É cantada principalmente por Freddie, mas Roger canta algumas partes da música. Inicialmente o álbum “The Miracle” deveria ter levado o nome de “The Invisible Men”, mas depois foi preferível dar esse nome (embora no singular, “The Invisible Man”) à essa faixa.
– O videoclipe foi filmado pelo Torpedo Twins em 26 de julho de 1989 (mesmo dia do aniversário de Roger), é uma mistura de realidade e ficção científica: o Queen sai de um videogame e brinca com um menino; no final da música tudo volta ao normal.
– Resumo do vídeo: no videoclipe, um videogame chamado “The Invisible Man” desempenha um papel importante, já que um menino está jogando enquanto a banda (toda vestida de preto), que são os “bandidos” do jogo, entra no mundo real e começa a executar a música em seu quarto. Enquanto eles atuam, o menino tenta atirar neles com o controle do jogo. De vez em quando, Freddie aparece em vários lugares do quarto da criança, desaparecendo antes que o menino possa atirar nele com o controle do vídeo. Depois que Freddie sai do armário da criança com sua banda a reboque, John Deacon tira seu chapéu de cowboy e o joga no chão. Numa tentativa talvez fútil de imitá-lo, o menino tira seu boné de beisebol e veste o outro. A tela então mostra a imagem da banda no jogo mais uma vez, Deacon sem chapéu, e a criança caminha por baixo deles.
Breakthru
– Nasce da união de duas canções: “A New Life Is Born”, de Freddie (um coro a cappella apoiado apenas no piano) e “Breakthru”, de Roger (uma peça a meio caminho entre o pop e o hard rock com o baixo que dá dinamismo à música).
– A versão final também viu algumas pequenas colaborações de Brian e John, principalmente nas mudanças tonais.
– O videoclipe mostra o grupo cantando a música em um trem em movimento, já que o ritmo da música lembrava aos membros da banda o movimento de um trem expresso.
– Começa com uma breve introdução de lentas harmonias vocais, inicialmente compostas por Freddie Mercury, e de repente muda para um rock a meio caminho entre pop e hard, em grande parte escrito por Roger Taylor.
– Desse álbum, é a música favorita de John Deacon como ele próprio afirma no documentário da época e em algumas entrevistas feitas à banda durante a gravação do videoclipe.
– O clipe da canção também apresenta a atriz Debbie Leng, na época namorada de Roger. Os dois estiveram juntos de 1987 a 2003 e têm três filhos: Rufus Tiger (baterista), Tiger Lily e Lola Daisy May.
– Em particular, o grupo nomeou o trem “The Miracle Express”, e esse nome foi refletido em grandes letras vermelhas nas laterais da locomotiva.
– O Queen ficou insatisfeito com a cena do trem atravessando uma parede de poliestireno pintada como um muro. Este material não suportava a enorme acumulação de pressão de ar no túnel provocado pelo trem que se aproximava e começou a quebrar antes do impacto físico.
O muro foi construído em um túnel, sob o arco de uma ponte de pedra.
– O grupo mencionou nas entrevistas que, apesar do clima quente do verão, o evento trouxe um refresco agradável ao trabalho em estúdio. Também ajudou a elevar o ânimo do guitarrista Brian May, quando ele passava por uma crise de depressão devido à intensa publicidade em torno de seu primeiro casamento e à saúde de Freddie Mercury começando a vacilar com o resultado da AIDS.
Rain Must Fall
– É uma colaboração entre John (música) e Freddie (letras).
– Isso foi confirmado por David Richards e Brian May nos seus sites.
– Lembra sons latinos e semelhanças com a música soul.
– Roger Taylor gravou muita percussão latina, mas a maior parte dela não foi incluída na versão final da música, para ter mais espaço para guitarras e harmonias vocais.
– “Sim, isso é uma espécie de mix de trabalho. É bastante semelhante a uma máquina em alguns aspectos. Tem muita percussão, mas eles me fizeram tirar a maior parte, para abrir espaço para guitarras e vocais.”
(Roger Taylor em entrevista a Mike Read, em 29/05/1988, para a BBC Radio On)
Scandal
– Essa é uma música escrita por Brian May (está entre as suas favoritas), mas creditada à banda. Ela fala dos problemas que o grupo teve com a imprensa naquele período.
– A referência, em particular, diz respeito ao divórcio que Brian teve da esposa e às indiscrições sobre a saúde de Freddie, já que ele ainda não havia anunciado publicamente que estava sofrendo de AIDS.
– De fato, os repórteres britânicos nunca tiveram um bom relacionamento com o Queen, daí a decisão de Freddie de manter em segredo as notícias de sua doença até o dia anterior à sua morte.
– O videoclipe vê a banda se apresentando em um palco projetado para se parecer com um jornal.
– Além disso, como cabeçalho deste último, há a escrita “WE WANT IT ALL”, uma referência clara à outra música do mesmo álbum, I Want It All.
My Baby Does Me
– É outra colaboração entre Freddie e John.
– Ambos tiveram a ideia de fazer uma música simples, para deixar o álbum mais cativante.
– Em uma entrevista de 1989 para a BBC Radio 1, os dois afirmaram que a faixa nasceu de uma linha de baixo simples executada por John.
– “Essa música veio de John e eu… Eu me lembro que queria algo um pouco mais relaxado do que como as outras músicas estavam ficando. Senti que não tínhamos algo um pouco mais lúcido e não muito complexo. E então decidimos que deveríamos ter algo mais fácil, muito fácil de ouvir.”
(Freddie Mercury – 29/05/1989, BBC Radio One, entrevista com Mike Read)
– Freddie nos primeiros seis meses do ano ainda estava ocupado terminando seu segundo projeto solo com a soprano Montserrat Caballé, e teve pouco tempo para reconciliar seus compromissos de estúdio. Para isso, ele convenceu os outros membros da banda a passar o máximo de horas possíveis em sessões de gravação no início de 1988, como evidenciado pelos inúmeros lados B que datavam daquele período.
Was It All Worth It
– Embora a maior parte da faixa tenha sido composta por Freddie (a música era para ser sua despedida, pois os médicos disseram que ele não conseguiria terminar o próximo álbum devido a complicações da AIDS), todos os membros do grupo contribuíram com ideias e letras.
– Por exemplo, Roger contribuiu com a frase “we love you madly!” (“amamos você loucamente!”).
– John Deacon disse que essa é uma de suas músicas favoritas do álbum.
– Essa composição remonta ao intrincado som da produção do Queen nos anos setenta, com a presença de várias secções e arranjos orquestrais de Freddie.
– A música começa com uma introdução instrumental de teclados, guitarras e vocais e continua em uma música de hard rock; o prefinal e o final são seções instrumentais caracterizadas pelo uso do sintetizador Kurzweil.
Hang on in There
– É a primeira das duas faixas a aparecer apenas na versão em CD do álbum.
– Brian usa guitarra acústica e elétrica. Freddie toca piano e teclado.
– A música aparece originalmente como lado B do single “I Want It All”.
– Freddie alcança um E5 (Mi Maior com 5ª) duas vezes: no meio da música, quando o riff de guitarra chega e ele canta “hang on in there” (“aguenta aí”), e é respondido com um “hang on in there” harmonizado.
– A primeira resposta são os vocais multitracked de Brian apenas, a segunda – vocais semelhantes – puramente de Roger.
Chinese Torture
– É a segunda das duas faixas a aparecer apenas na versão em CD do álbum.
– A única faixa do CD que não apareceu em um único lançamento.
– É um instrumental sombrio que transmite o horror e o medo que a tortura chinesa na água evocava nas vítimas.
– Pela primeira vez, essa faixa surgiu durante os últimos shows da “Queen’s Magic Tour” de 1986 como parte do solo de guitarra de Brian May.
– Ele também a incluiu em seus solos quando estava de volta à turnê com “Queen + Paul Rodgers”, em 2005 e 2006.
Postagens anteriores:
1 -Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 1/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net
2 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 2/15 – Queen II – por Helenita dos Santos Melo – Queen Net
3 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 3/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net
4 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 4/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net
5 – Álbuns do Queen – Curiosidades – Parte 5/15 por Helenita dos Santos Melo – Queen Net
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