Leaving Home Ain’t Easy – Por Helenita dos Santos Melo

LEAVING HOME AIN’T EASY

(11ª música do 7º álbum)

 

– Depois do nascimento do seu primeiro filho, James (a quem chama Jimmy), em 15 de junho de 1978, Brian May se sente mais atormentado do que nunca com a ideia de abandonar sua casa para voltar à sua vida de estrela do rock, entre o estúdio e as turnês.

-Para este álbum, gravado entre Suíça e França, sua ausência seria mais prolongada que os verões anteriores, quando o Queen trabalhava nos estúdios britânicos.

– Porém, Brian é um músico famoso, uma figura, e seu destino é voltar para a estrada. Ele é consciente disso, e cada nova canção que escreve sobre o tema destaca um pouco mais o paradoxo de sua situação. É um personagem preocupado e ambivalente, que se interroga uma vez mais sobre sua condição.

– As canções Good Company, Long Away ou Sleeping On The Sidewalk já mostravam seu estado de ânimo, enquanto que muitos outros, assinados por ele próprio, versavam sobre sua capacidade de aproveitar a vida e seus prazeres (Now I’m Here, Tie Your Mother Down).

Leaving Home Ain’t Easy leva definitivamente a assinatura de Brian, pleno de emoção, incerteza e melancolia.

– A voz é muito cuidada e a letra deixa clara a sinceridade de seu autor. A melodia e a interpretação de Brian com a voz são comovedoras e reforçam a intenção.

– No minuto 1:52, o break, em que a mulher do narrador intervém e lhe implora que fique, é o momento mais emblemático da canção. Sua força é o fruto de sua produção, que detalha o guitarrista:

A parte em que canta a mulher? Sou eu. Nós desaceleramos a fita para gravar minha voz, que parece acelerada [quando a fita passa à velocidade normal].

 

Brian May, sua esposa Chrissie Mullen e seus dois filhos, James e Louisa,

no aeroporto de Fukuoka, no Japão, em 19 de outubro de 1982.

 

Vídeo oficial de Leaving Home Ain’t Easy

 

Fonte: Queen – La Historia Detrás de Sus 188 Canciones, de Benoît Clerc

Tradução: Helenita dos Santos Melo

 

Cláudia Falci

Sou uma professora de biologia carioca apaixonada pela banda desde 1984. Tenho três filhos, e dois deles também gostam do Queen! Em 1985 tive o privilégio de assistir a banda ao vivo com o saudoso Freddie Mercury. Em 2008 e 2015 repeti a dose somente para ver Roger e Brian atuando. Através do Queen fiz (e continuo fazendo) amigos por todo o Brasil!

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