Quando se trata de Rock in Rio, muitas pessoas se lembram de imediato da marcante apresentação do Queen no festival em sua primeira edição em 1985, principalmente com a canção Love Of My Life que foi cantada de forma emocionante pelo público junto a Freddie Mercury e Brian May.

Muitas homenagens ao Queen ocorrem em todas as edições do festival até hoje, e dessa vez de forma inesperada, uma delas foi comandada por Taylor Hawkins, o baterista do Foo Fighters que ao ser apresentado ao público no show, não resistiu e puxou a famosa canção do Queen marcada no Rock in Rio, Love Of My Life, e de imediato foi acompanhado pelo público que roubou a cena mais uma vez.

Além dela, o Foo Fighters tocou Under Pressure, cantada também por Hawkins, como tem acontecido com frequência nos shows da banda.

Confira a música Love Of My Life puxada por Taylor Hawkins:

Confira também Under Pressure:

 

“Causou estragos em minha vida sexual”, admitiu o cantor em entrevista que está no livro ‘Freddie Mercury: A Life, In His Own Words’

Freddie Mercury escreveu a mão de todas as baladas “Love of my Life” para a ex-noiva Mary Austin, prova de amor que garantiria o mais longevo dos relacionamentos, mas, aparentemente, o clássico romântico não foi nada mais que uma compensação por uma série de noites atormentadas pelo ex-frontman do Queen tocando seu piano ao lado da cama. A revelação surge no livro “Freddie Mercury: A Life, In His Own Words”, que reúne frases e entrevistas feitas pelo cantor para recontar sua vida em suas palavras.

O vocalista do Queen manteve um relacionamento com Mary até dezembro de 1976, e, enquanto estavam juntos, Freddie costumava trazer o piano para o lado da cama quando tinha algum insight para uma nova música. “Causou estragos na minha vida sexual”, reconheceu o cantor em uma frase do livro. Conhecido por reger uma multidão de fãs no Rock in Rio de 1985, Freddie encarnava o showman até mesmo no ninho de amor: “Uma noite enquanto Mary e eu morávamos juntos, acordei no meio da noite e uma música simplesmente não saía da minha cabeça. Eu tive que me sentar e escrever, então me levantei e arrastei meu piano até a perto da cama para poder alcançar o teclado”, assumiu o cantor.

Como visto no longa ‘Bohemian Rhapsody’, enquanto estava junto de Freddie, Mary foi extremamente tolerante em relação ao comportamento do ex-noivo em turnês. Até mesmo quando terminou o relacionamento e assumiu a homossexualidade. Só que dar um show ao lado da cama ultrapassou os limites de sua paciência. “Não durou muito – ela não aguentou. E não posso dizer que estou surpreso! A inspiração chega em qualquer lugar. Surpreende quando menos espero e causa estragos na minha vida sexual”, revelou o cantor. “Eu posso obter inspiração apenas sentado no banho”, completou.

 

Fonte: https://revistamonet.globo.com

 


O Queen serve de influência para vários artistas, mundialmente, mas algumas bandas levam a inspiração mais a sério

A banda Queen é uma das mais influentes da história da música, e sobre isso não há dúvidas. Por isso, não é surpresa saber que muitos outros grupos musicais se inspiram em Freddie Mercury e seus colegas na hora de criar um estilo.

Em alguns grupos, a influência se faz mais no gosto musical dos integrantes, aparente principalmente nos covers realizados em show. Em outras bandas, a música propaga elementos típicos do Queen, como a orquestração da guitarra do Smashing Pumpkins.

E por isso, algumas bandas têm tanto apreço pela banda britânica que não somente se inspiram mas  chegaram a passar por uma “fase Queen.” Confira 6 grupos que já viveram ou continuam passando por essa fase:

My Chemical Romance

Apesar de ter começado na cena emo, com The Black Parade a banda engrandeceu e aderiu a um estilo rock-opera pelo qual são conhecidos na atualidade.

A influência foi tão grande que ultrapassou as salas de estúdio. A música “Welcome to the Black Parade,” por exemplo, foi tocada com BrianMay, guitarrista do Queen, em 2011.

Green Day

Apesar de serem considerados reis do pop punk, os integrantes do Green Dayjá tiveram seu momento Queen.

Durante as apresentações de “King for a Day,” Billie Joe Armstrong costuma colocar uma capa e uma coroa de realeza, claramente encarnando as inesquecíveis performances de Freddie Mercury.

Panic! At The Disco

Inicialmente uma banda emo, Panic! At The Disco foi mudando o formato enquanto a banda crescia e Brendon Urie se tornava um superstar.

Atualmente, o P!ATD pode ser considerado uma banda de arena, e a mudança significativa se deu na gravação do álbum Pretty Odd. O disco inclui faixas teatrais, inspiradas no Queen, como “Nine in the Afternoon”.

E a “fase Queen” não para por aí. O P!ATD demonstra admiração pela banda também nos shows, por meio de covers, como o de “Bohemian Rhapsody”  – a faixa, inclusive, faz parte da trilha sonora oficial de Esquadrão Suicida.

Muse

As semelhanças entre Muse e Queen vão muito além da origem britânica. As duas bandas tem diversas características em comum, como o caminho que trilharam, formadas em ambientes universitários e sofrendo injustamente com comparações.

No entanto, os dois grupos se assemelham – e muito – na presença de palco. Matthew Bellamy, vocalista e guitarrista do Muse, consegue atrair o público com muita facilidade, assim como Freddie Mercury.

Além disso, algumas músicas têm uma levada bem parecida, como “Another One Bites The Dust”, do Queen, e “Supermassive Black Hole”, do Muse, ambas com influência da black music. Até as guitarras das bandas são parecidas, como na canção “Guiding Light”, inegavelmente inspirada pelos solos de Brian May.

The Darkness

A banda, também britânica, é sem dúvidas muito influenciada pelo Queen, e ambas são considerada hard rock.

Mas não para por aí: Justin Hawkins, vocalista e guitarrista do The Darkness, possui, de fato, uma idolatria por Freddie Mercury; nota-se na sonoridade das músicas do grupo de Hawkins.

The Struts

banda surgiu em Boston, EUA, e apesar de não ser tão conhecida, faz uso do funk e do hard rock de maneira única.

Além de uma bela presença de palco, a influência do Queen se faz presente em algumas músicas, como em “Star”. A canção inicia-se cantada a capella por Pat Badger (baixista), Nuno Bettencourt(guitarrista) e Gary Cherone(vocalista); segue um riff intenso da guitarra.

 

Fonte: https://rollingstone.uol.com.br

 

 

Queen + Adam Lambert
Global Citizen Festival
a partir de 5:27:00

 

O DJ Alok subiu aos palcos do Rock in Rio no dia 27 e apresentou um set bem diversificado de músicas. Remixando as faixas, ele tocou trabalhos autorais e também foi de Legião Urbana, com Como Nossos Pais, a Queen, com We Are The Champions.

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Assista Ao Vivo neste sábado, 28 de setembro, às 18:00 horas, a apresentação do Queen+Adam Lambert no “Global Citizen Festival”, em Nova York. Show que tem como causa aumentar a conscientização sobre a crise climática e proteger nosso planeta.

O show será transmitido via Youtube, no canal Oficial do Queen e Global Citizen

 

Fonte: www.queenonline.com

No dia 20 de Abril de 1992, várias bandas que faziam muito sucesso naquela época, como Extreme, Metallica, Guns N’ Roses, Def Leppard, reuniram-se no Estádio de Wembley, em Londres, para prestarem uma homenagem a Freddie Mercury, falecido no dia 24 de Novembro de 1991 em consequência de uma broncopneumonia causada pela AIDS.

O objetivo do concerto foi celebrar a vida, os sonhos e o trabalho do lendário vocalista do Queen. Todos os lucros do evento foram revertidos para o Mercury Phoenix Trust. O Concerto foi transmitido pela TV em mais de 76 países do mundo. No Estádio de Wembley 72.000 pessoas acompanharam ao vivo o concerto, vibrando, emocionando-se e cantando grandes clássicos dos Queen.

Vamos relembrar nesse vídeo como foi esse tributo a Freddie Mercury.

 

Fonte: https://whiplash.net


O anúncio foi feito nesta terça-feira, 24 de setembro, nas redes sociais da banda

Depois de apresentar o espetáculo “Rhapsody” na América do Norte, o Queen + Adam Lambert anunciou a realização de uma tour pela Europa em 2020. Serão ao todo dezesseis shows, que passarão pelos seguintes países: Inglaterra, Itália, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Suíça e Dinamarca.

 

Fonte: https://whiplash.net

O The Voice Brasil chegou a segunda noite de shows ao vivo e no time de Ivete Sangalo, a participante Rebeca Lindsay agradou ao público e os jurados ao cantar ‘Somebody To Love’ do Queen, ela que nas etapas anteriores do programa soltou a voz no ritmo do Pop e Sertanejo, dessa vez surpreendeu a todos ao cantar Rock com Queen. Rebeca foi escolhida pelo público para avançar para a próxima fase do programa com 55,70% dos votos, Samara Alves foi escolhida por Ivete e Camila Marotti deixou o programa.

Lembrando que ainda nessa edição outras duas candidatas cantaram Queen nas audições às cegas, Paula Araujo com ‘Bohemian Rhapsody’ e Catarina Rosa com ‘The Show Must Go On’, das duas apenas Paula continua na competição.

Confira a apresentação completa de Rebeca Lindsay com ‘Somebody To Love’ no link: https://globoplay.globo.com/v/7948966/

 

Olhar marcante e perturbador do vocalista do Queen chamaram atenção

Em 1988, quando Freddie Mercury já havia sido diagnosticado com AIDS (apesar de não revelar ao público) e já não fazia mais aparições em público, uma fã do Queen conseguiu conversar e tirar uma foto com o cantor quando ele saía de sua casa, em Londres, na Inglaterra.

Ela definiu o encontro como emocionante e relembra em especial do olhar do cantor: “olhos bonitos e perturbadores”.

Agora, décadas depois, a conta no Instagram freddiemercuryclub, que homenageia e enaltece o artista, não só conseguiu esse registro, como compartilhou a imagem rara para que todos possam ver e postou o depoimento da fã que descreveu em detalhes como foi essa breve conversa com seu ídolo.

A mulher chamada Helen disse que estava em frente a casa de Freddie com mais dois amigos exatamente no dia 13 de julho de 1988, curiosamente o Dia Mundial do Rock. Ela tinha feito um desenho do cantor junto com Mary Austin, que foi sua namorada na década de 70 e permaneceu sendo sua amiga após a separação, e Montserrat Caballé, uma das maiores sopranos do século XX, e queria entregá-lo.

Coincidiu de neste momento Freddie sair de casa junto justamente com Mary e Peter Straker, um cantor de musicais e também seu amigo. Ao ser chamado por Helen, o cantor parou e a atendeu.

Enquanto Mary e Peter entraram no carro, o frontman do Queen foi simpático e atencioso com ela. “Eu entreguei o desenho para ele e quase esqueci o que ia dizer quando ele olhou nos meus olhos”, escreveu. “Eram olhos muito mais bonitos e perturbadores do que qualquer foto pode mostrar”, relembra.

Ao ver o desenho emoldurado, Helen conta que Freddie já o mostrou à Mary pelo vidro do carro, que acenou lá de dentro. A foto dos dois juntos veio logo em seguida.

Ela colocou seu braço em volta da cintura de Freddie e pediu autorização para posicionar sua outra mão em seu peito. “Ele ergueu as sobrancelhas escuras e os olhos brilharam de divertimento respondendo que sim na sequência”, conta.

“Eu tentei descrever a maneira como eu me senti escrevendo alguns poemas, mas realmente o sentimento estava além das palavras e além de tudo. Eu estava muito perto de lágrimas”, diz o depoimento.

Os amigos de Helen também tiraram uma foto com o cantor, que agradeceu o presente, entrou no carro, o mostrou novamente à Mary, que voltou a sorrir e acenar lá de dentro, até eles finalmente irem embora.

Helen conta que ainda hoje seu coração dispara e que tem a sensação de que vai desmaiar ao relembrar do dia em que descansou sua cabeça nos ombros de Freddie Mercury com os olhos cheios de lágrimas depois de ter cruzado seu olhar com o dele. Não é para menos né?!

 

Fonte: www.tenhomaisdiscosqueamigos.com

Ninguém mais leva um centavo”, registrou o cantor em vídeo

Freddie Mercury: A Life in his Own Words, um novo documentário britânico sobre a vida de Freddie Mercury, falecido em 1991, mostrou o motivo pelo qual o músico deixou parte da herança para a ex-namorada Mary Austin e para o gato deles.

“Eu vou amá-la até meu último suspiro”, ele disse no vídeo, gravado anos antes de sua morte. Na ocasião, ele e Austin não estavam mais juntos. “Apenas dois indivíduos me deram tanto amor quanto eu dei a eles: a Mary, com quem eu tive um longo relacionamento, e nosso gato, Jerry. O meu vínculo com a Mary só parece crescer.”

E continuou: “Caso eu vá primeiro, deixarei tudo para ela. Ninguém mais leva um centavo, apenas os meus gatos. Eu posso ter todos os problemas do mundo, mas eu tenho a Mary e isso me motiva… Eu ainda a vejo diariamente e gosto tanto dela hoje quanto sempre gostei.”

Quando Freddie Mercury morreu, ele deixou a mansão, os bens e metade dos direitos às canções do Queen para a ex-namorada, enquanto a outra metade ficou com os pais dele e sua irmã, Kashmira.

Mary Austin tinha 19 anos quando conheceu Freddie Mercury – que, na época, tinha 23 – em uma loja de roupas em Londres em 1970. Eles saíram por seis anos, até que, em 1976, o cantor acabou tendo um caso com o executivo da gravadora Elektra.

Apesar do térmido do relacionamento, ela se manteve por perto como sua confidente e conselheira. Inclusive, Mary foi a primeira pessoa a saber que Mercury tinha AIDS, e cuidou dele até os seus últimos dia de vida.

 

Fonte: https://rollingstone.uol.com.br

Lançamento composto por um DVD com dois vídeos, mais um CD com os principais sucessos da banda, com músicas selecionadas!

Um excelente relação custo benefício, pois em um DVD temos dois vídeos, portanto muito mais conteúdo em uma única mídia e mais o CD, proporcionando ao fã dois produtos em um só box!

Aqui temos um DVD contendo um show com mais uma super produção, característica dos shows do Queen, relembrando as grandes atuações de Freddie Mercury e seus companheiros. E também uma coleção dos principais clipes de sucessos das mais diversas fases da carreira da Banda.

DVD Live In Budapest 1986 ( 01 One Vision 02 Tie Your Mother Down 03 In The Laps Of The Gods 04 Seven Seas Of Rhye 05 Tear It Up 06 A Kind Of Magic 07 Under Pressure 08 Who Wants To Live Forever ? 09 I Want To Break Free 10 Guitar Solo 11 Now Im Here 12 Love Of My Life 13 Tavaszi Szel 14 Is This The World We Created 15 Tutti Frutti 16 Bohemian Rhapsody 17 Hammer To Fall 18 Crazy Litle Thing Called Love 19 Radio Ga Ga 20 We Will Rock You 21 Friends Will Be Friends 22 We Are The Champions 23 God Save The Queen).

Video Collection (01 Seven Seas Of Rhye 02 Killer Queen 03 Stone Cold Crazy 04 Bohemian Rhapsody 05 Good Old Fashioned Lover Boy 06 We Are The Champions 07 Bicycle Race 08 Crazy Litle Thing Called Love 09 Another One Bites The Dust 10 Flashs Theme 11 Under Pressure 12 Body Language 13 Bohemian Rhapsody 14 Radio Gaga 15 One Vision 16 Who Wants To Live Forever 17 One Year Of Love 18 The Show Must Go On 19 I Want To Break Free \ Radio Ga Ga 20 Friends Will Be Friends 21 Somebody To Love 22 We Will Rock You).

CD (01 One Vision 02 Tie Your Mother Down 03 Tear It Up 04 A Kind Of Magic 05 Under Pressure 06 Who Wants To Live Forever ? 07 I Want To Break Free 08 Love Of My Life 09 Tavaszi Szel Vizet Araszt 10 Tutti Frutti 11 Bohemian Rhapsody 12 Hammer To Fall 13 Crazy Litle Thing Called Love 14 Radio Ga Ga 15 We Will Rock You 16 Friends Will Be Friends 17 We Are The Champions 18 God Save The Queen).

 

O DVD+CD está disponível em vários sites; americanas, submarino, shoptime

 

Neste vídeo do canal Fatos Desconhecidos, tudo o que o “Bohemian Rhapsody” não contou. “Ah, Freddie Mercury! Que voz! Que presença de palco! Que homem! Quem é fã da banda Queen sabe exatamente do que eu estou falando. E por falar nisso, vocês assistiram ao filme Bohemian Rhapsody. Muitas pessoas elogiaram essa obra cinematográfica, outros fizeram críticas, afirmando que o filme não foi fiel a realidade. O que há de diferente na vida real e na ficção?”

 

Fonte: https://whiplash.net

O fã estava vestido com cópia da vestimenta mais icônica do cantor do Queen

Foo Fighters tocou no Leeds Festival no último fim de semana e por lá tiveram convidados especiais. Além de chamar a filha do frontman Dave Grohl para subir ao palco, o grupo também convidou um fã.

Chamado Ryan, o homem estava vestindo uma jaqueta amarela e uma calça branca com listra vermelha, ambas peças parecidas com a de Freddie Mercury. Ryan acompanhou Grohl e companhia no já tradicional cover de “Under Pressure” que a banda apresenta em seus sets.

 

Fonte: www.wikimetal.com.br


John Deacon contou que a ideia inicial para a música era bem mais leve do que o resultado final

John Deacon em entrevista ao programa de rádio Classic Rock Nights contou uma história curiosa sobre o processo de criação do clássico “Another One Bites the Dust“, que tem a letra assinada por ele mesmo.

O músico relembrou dos momentos de gravação da faixa e disse que, inicialmente, sua ideia era fazer uma canção bem mais tranquila, para acompanhar os versos leves que havia escrito e mantinha em segredo do resto da banda.

Mas assim que o Queen finalizou a parte instrumental, e ele percebeu que tudo havia tomado um rumo mais pesado do que havia planejado, sentiu a necessidade de reescrever tudo aquilo que seria cantado por Freddie Mercury.

Na entrevista, ele explicou que a origem da frase “bite the dust”, que era uma expressão usada por cowboys e se referia a alguém que tivesse sido morto, ou, literalmente, “mordido a poeira”. E a princípio, isso era tudo que Deacon tinha: “apenas essa linha”.

“Quando fomos para o estúdio, eu já tinha algumas estrofes, mas ninguém sabia delas. Eu não mostrei para ninguém porque estava com vergonha” contou. “Era uma historinha, e no fim de cada verso, alguém morria”.

Com um instrumental que seguiu esse rumo mais pesado, aquilo que ele havia escrito não se encaixava mais na música. “As coisas de cowboy eram um pouco mais leves e cômicas, então decidi mudar a letra, e criei três novos versos para ela”, Deacon falou na entrevista.

Felizmente, no fim das contas deu tudo certo, e temos hoje um clássico absoluto do Queen, lançado em 1980 no disco The Game. “Another One Bites the Dust” também foi a segunda composição da banda britânica a ficar em primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos, e também foi a canção que mais ficou no top 10 do ano em que saiu.

 

Fonte: https://rollingstone.uol.com.br

 

Teatral, bombástico, brilhante: nunca mais existiu outra banda como o Queen ou um frontman como Freddie Mercury

Foi um renascimento inesperado. No instante em que Freddie Mercury e os outros integrantes do Queen – o guitarrista Brian May, o baterista Roger Taylor e o baixista John Deacon – subiram ao palco do Estádio de Wembley, em Londres, em 13 de julho de 1985 para o histórico show do Live Aid, a banda ganhou o dia.

Mercury se posicionou ao piano e tocou a bela e exótica “Bohemian Rhapsody”, com a banda que trovejava atrás dele em um andamento majestoso. O público de 72 mil pessoas cantou a letra em uníssono como se tivesse esperado por aquilo a vida inteira. Depois, o vocalista agarrou o pedestal do microfone enquanto os companheiros tocavam “Radio Ga Ga”. A multidão reagiu com um gesto coletivo de salva de palmas acima da cabeça e os punhos cerrados enquanto p vocalista os agitava poderosamente.

Algumas pessoas acharam assustadora a visão daquele movimento espontâneo da massa, como uma maré humana. Era muita potência, tudo sob o comando de uma banda e uma voz. O fato do Queen conseguir isso espantou a todos. Naquele momento, a banda parecia já estar próxima do fim.

Depois do épico A Night at the Opera (1975), o quarteto tinha lançado sucesso atrás de sucesso em formatos estilisticamente diversificados: do pop barroco ao rock pesado, rockabilly e funk. Então, em meados dos anos 1980, o destino havia mudado – em parte porque muitos fãs tinham dificuldade em aceitar a aparente homossexualidade de Mercury.

Depois de um erro de julgamento em 1984, quando a banda decidiu fazer uma série de shows em uma África do Sul marcada pelo apartheid, o grupo parecia ter se tornado uma espécie de pária até em sua Inglaterra natal. Mas, depois do Live Aid – que exemplificou tudo o que era extraordinário no Queen, como a abrangência, o virtuosismo, o domínio de palco –, todos só queriam mais. Anos mais tarde, May disse: “Aquilo aconteceu graças ao Freddie. O restante de nós tocou bem, mas ele entrou e levou as coisas para outro nível”.

Hoje, quase 30 anos depois da morte do cantor devido a uma broncopneumonia relacionada à AIDS, o legado do Queen como uma das maiores e mais polêmicas bandas do rock continua inseparável do vocalista. Quando Taylor e May falam sobre os anos com Mercury (Deacon se recusa a comentar), às vezes parece que ainda estão espantados com como aquilo tudo foi maravilhoso – e, ao mesmo tempo, horrível. “Éramos próximos como banda”, afirmou Taylor dias após a morte do cantor. “Só que mesmo assim não sabíamos tudo sobre Freddie.”

O Queen começa e termina com Freddie Mercury. Ele incorporou a identidade da banda, os triunfos e os fracassos, e era a personalidade cuja perda não pôde ser superada. O astro nasceu com o nome Farrokh Bulsara, no dia 5 de setembro de 1946, no protetorado britânico de Zanzibar, na costa leste da África, em uma família parsi que praticava o zoroastrismo, uma das religiões monoteístas mais antigas do mundo. Bomi, o pai de Farrokh, era um funcionário de alto escalão do banco do governo britânico, o que significava que ele, a esposa, Jer, o filho e, mais tarde, Kashmira, segunda filha do casal, viviam cercados de privilégios.

Em 1954, quando Farrokh tinha 8 anos, os pais o mandaram para a conceituada St. Peter’s Church of England School, em Panchgani, na Índia. Ele chegou como um menino tímido e com vergonha da arcada dentária proeminente. Muitos se lembram de que ele parecia solitário na St. Peter’s. “Aprendi a cuidar de mim mesmo e cresci rapidamente”, disse o rapaz anos mais tarde. Quando alguns professores começaram a chamá-lo carinhosamente de Freddie, ele se apossou do nome.

A família o havia apresentado à ópera, mas ele também cultivava um amor pelo rock de pianistas como Little Richard e Fats Domino. Em 1958, formou uma banda, The Hectics, com outros alunos da St. Peter’s. No palco, Freddie não era mais um garoto tímido – ali, era um artista desinibido que estava no controle.

Cinco anos mais tarde, em 1963, ele voltou para Zanzibar com a família. O domínio colonial britânico acabou no mesmo ano. A ilha eclodiu em revolução e assassinatos, e os Bulsara rumaram para Feltham, Middlesex, na Inglaterra. O clima era ruim, assim como o salário, e Freddie ficou inquieto. “Eu era rebelde”, ele contou à Rolling Stone EUA em 1981. “Queria mandar em mim mesmo.” Era a época da Swinging London, dos Beatles e dos Rolling Stones.

Como Bulsara, os outros dois jovens que iniciaram o QueenBrian May e Roger Taylor, frequentavam faculdades londrinas no final dos anos 1960. May era alto, magro, de fala mansa, culto (estudava matemática, física e astronomia na Imperial College) e estava no caminho de se tornar um guitarrista visionário. Ele e um amigo, o baixista Tim Staffell, tocavam em uma banda cover chamada 1984 quando ambos iniciaram a carreira universitária em meados daquela década.

Em 1968, porém, os dois formaram uma nova banda, Smile, mais próxima do espírito de improvisação que ganhava terreno no rock britânico daquela época. Eles publicaram uma nota no quadro de avisos da Imperial College procurando um baterista que pudesse tocar como Ginger Baker e Mitch Mitchell. Roger Taylor respondeu ao anúncio. Taylor era bonito, um pouco rude e tocava o que o Smile procurava.

Staffell também tinha interesses musicais em comum com Freddie Bulsara, que frequentava a Ealing College of Art, da qual ambos eram alunos. Bulsara agora era extrovertido. Tinha cabelo comprido, era bonito de uma forma atípica, perigosa e se movia sinuosamente.

No começo de 1969, quando Staffell levou o amigo para conhecer Taylor e May, eles o acharam peculiar – o cantor pintava as unhas de preto. Era charmoso e mandão. Gostava de cantar blues, mas as influências que tinha eram amplas: apreciava o compositor britânico Noël Coward; o som erudito de Chopin e Mozart; o estilo do vocal de Dick PowellRuby KeelerRobert Plant e Aretha Franklin; e a teatralidade de seus dois astros preferidos, Jimi Hendrix e, mais tarde, Liza Minnelli.

Depois de ver o Smile ao vivo, Freddie Bulsara quis se tornar o vocalista da banda. Na época, começo dos anos 1970, Staffell, que era a ligação inicial dele com a banda, anunciou que estava deixando o grupo. May e Taylor estavam cientes de que Bulsara era um pianista treinado e se tornava cada vez mais um cantor excepcional. Então, em abril de 1970, os três formaram uma nova banda. Tiveram vários baixistas antes de conhecerem John Deacon no ano seguinte. Deacon era outro aluno exemplar (tinha mestrado em acústica e tecnologia da vibração). Era reservado, mas aprendeu rápido e foi contratado no ato.

Foi Bulsara que persuadiu os outros a se vestir de forma mais exuberante. Ele também insistiu que tinha encontrado o nome perfeito para a banda. May e Taylor sugeriram The RichKids e The Grand Dance, mas o vocalista teimava que fosse Queen. “É tão aristocrático”. E disse anos mais tarde, que “é um nome muito forte, universal e imediato”. Naquela época, o vocalista já não era mais Freddie Bulsara: era Freddie Mercury. O novo sobrenome era uma referência a Mercúrio, mensageiro dos deuses romanos. “Acho que a mudança de nome fazia parte de ele assumir essa pele diferente”, afirmou May.

No começo do Queen, persistiu a lenda de que a banda tinha passado um ano ou dois mapeando estratagemas antes que qualquer pessoa pudesse ouvir a música deles. Para Mercury, não havia plano B. MayTaylor e Deacon poderiam recorrer à carreira acadêmica, embora o cantor tenha convencido os integrantes de que valia a pena abdicar de qualquer outra carreira.

Quando o quarteto lançou Queen, o álbum de estreia, em julho de 1973, o material já parecia velho para os integrantes. Mercury não tinha paciência para improvisos ou caprichos. Ele acreditava que se você quisesse que as pessoas ouvissem o seu trabalho, tinha que fazê-lo memorável – e que a aparência, como se vestir e se mexer no palco, era igualmente importante.

Com as unhas pintadas de preto, macacões de arlequim e mantos com asas de anjo que acentuavam seus movimentos atléticos e circulantes nos shows, Mercury se banhava de um esplendor andrógino. Esses atributos eram parecidos com o estilo forjado na época por David BowieT. RexRoxy Music e Mott the Hoople – e isso, para a banda, era preocupante. “Gostávamos do rock glam antes de aparecerem o Sweet e o David Bowie”, May disse na época, “e agora estamos encucados, porque podemos ter chegado tarde demais”.

O tempo passou e, com os dois álbuns seguintes, Queen II e Sheer Heart Attack (ambos de 1974), o Queen evoluiu com sucesso. A banda estabeleceu as bases para o som extravagante e complexo que marcou o primeiro período triunfante do grupo. No palco, Mercury era o ponto focal. A imprensa britânica odiou os maneirismos debochados e teatrais do cantor, mas ele construia um laço poderoso e incomum entre a banda e o público. “O que você precisa entender”, ele disse certa vez a outro cantor, “é que minha voz vem da energia da plateia. Quanto melhor ela for, melhor eu fico.”

Enquanto gravava o quarto disco, A Night at the Opera (1975), o vocalista revelou planos para uma faixa épica. O produtor Roy Thomas Baker contou a história sobre a primeira vez em que ouviu “Bohemian Rhapsody”: “Freddie estava sentado no apartamento dele e falou: ‘Tenho uma ideia para uma música’. Então, começou a tocá-la no piano… e, de repente, parou e disse: ‘Queridos, aqui é onde a parte de ópera entra’”. Do trecho de balada na abertura, a música ascendia em uma opereta, virava um rock intenso e voltava para uma balada.

Quando “Bohemian Rhapsody” ficou pronta, a banda quis que ela fosse o primeiro single de A Night at the Opera. John Reid, empresário do Queen na época, exigia que a faixa de quase seis minutos de duração fosse editada. Deacon também achava isso, mas Taylor e May compartilhavam da determinação do cantor. Qualquer dúvida foi eliminada quando Mercury e Taylor tocaram a gravação final para Kenny Everett, radialista da BBC, que ajudou a divulgá-la. Assim, o faixa se tornou o primeiro single do Queen a alcançar o topo da parada britânica. Também chegou ao Top 10 nos Estados Unidos.

Mas o líder do grupo não tinha paciência com quem lhe perguntava sobre o significado da música; é possível que a faixa tenha algo que seu criador ainda não estivesse pronto para divulgar. “As letras de Freddie eram veladas”, May afirmou mais tarde. “Mas dava para perceber, mesmo em pequenos vislumbres, que muitos dos pensamentos particulares dele estavam ali.”

Mercury protegia ferozmente a intimidade, porque sentia que precisava ser assim. Durante um tempo, ele manteve um relacionamento passional com Mary Austin, uma jovem glamourosa que conheceu no circuito de moda em Londres. “Ele achava que gostava de mulheres”, um conhecido de Mercury dos tempos de colégio disse à biógrafa Lesley-Ann Jones. “Levou um tempo para ele perceber que era gay… eu acho que ele não conseguia enfrentar os sentimentos que isso causava internamente.”

Então, na época do lançamento de A Day at the Races (1976), o cantor começou a agir de forma estranha com a namorada. “Dava para ver que ele se sentia mal com relação a algo”, ela disse no documentário Freddie MercuryThe Untold Story. Finalmente, ele conseguiu contar a ela sobre sua nova compreensão de si mesmo. “Foi um alívio ouvir aquilo dele próprio”, afirmou. Mercury continuaria próximo da amiga pelo resto de vida, contratando-a como secretária pessoal e conselheira. Até referia-se a ela como esposa. O fato é que, a partir daquele momento, ele não sentiu obrigação de explicar sua sexualidade a ninguém.

Em 1976, na época do lançamento de A Day at the Races, o punk começou a delinear divisões no rock, e começou a levantar críticas à música de bandas “pomposas” como o Queen. Por algum motivo, o som do quarteto mudou em News of the World (1977): era algo mais simples, sem orquestrações e harmonias. Duas faixas do LP, “We Will Rock You” e “We Are the Champions”, se tornaram icônicas. A primeira, composta por May, abria com uma forte marcação de bateria. A letra advertia para que quem estivesse no caminho saísse da frente. Foi considerada uma reação aos punks.

Já “We Are the Champions”, de Mercury, criou polêmica até dentro da banda. May temia que ela fosse considerada uma exercício de arrogância e disse que eles não poderiam gravá-la. O colega replicou, categoricamente: “Podemos sim”. Por causa dessas duas canções, o Queen foi chamado na resenha da Rolling Stone EUA do álbum Jazz (1978) de “a primeira banda de rock verdadeiramente fascista”. May afirmou que isso não tinha nada a ver – elas foram compostas para ser cânticos de estádio, com a participação do público em mente. Alguns também enxergam “Champions” como um reconhecimento engenhoso e subversivo de Mercury da resistência gay. Mas, no final, a canção resistiu como um hino universal de vitoriosos em eventos esportivos.

Mesmo que News of the World tenha mostrado um Queen diferente, a banda nunca levou o punk a sério. Quando o grupo estava gravando em um estúdio ao lado do Sex PistolsSid Vicious perguntou a Mercury: “Então você é o tal de Freddie Platinum [ou “Platina”, em português, gerando a piada com o sobrenome “Mercúrio”] que está levando balé para as massas?” Ao que o vocalista respondeu: “Ah, senhor Ferocious [uma referência a “Vicious”, algo como “malicioso” ou “cruel”]. Fazemos o nosso melhor, querido”.

O fato é que a mudança iniciada com o disco de 1977 desaguou no também menos complicado Jazz, seguido pelo álbum duplo ao vivo Live Killers (1979), que proporcionou uma merecida pausa.

Em junho de 1980, o Queen voltou ao mercado de músicas inéditas com The Game, que fez um sucesso estrondoso e mostrou que os rapazes sabiam brincar de rock retrô (a exemplo do rockabilly “Crazy Little Thing Called Love”) e também podiam ter uma pegada funk (“Another One Bites the Dust”).

A essa altura, Freddie Mercury havia se cansado do visual glam rebuscado da década anterior. Cortou o cabelo, o penteou para trás e passou a usar roupas de couro ou esportivas, com o tecido colado ao corpo. Também deixou crescer um vasto bigode. Era um exemplo do que ficou conhecido como o visual estereotipado dos gays no final dos anos 1970 – um comportamento com o qual o mundo do rock não estava nada acostumado.

Ao levar essa aparência para os shows – em particular durante a performance de “Another One Bites the Dust”, na qual desfilava pelo palco usando short justo e disparando frases como “morda com vontade, baby” –, ele parecia estar mais próximo do que nunca de uma admissão pública de sua homossexualidade.

Em alguns shows na turnê norte-americana da banda em 1980, fãs jogaram lâminas de barbear descartáveis no palco: eles não gostavam dessa identidade de Mercury – o percebiam como um herói abertamente gay do rock – e queriam que ele a eliminasse. Só que o vocalista não tolerava insultos.

Em uma apresentação em Manchester, Inglaterra, quando um sujeito perto do palco gritou “Bichona!”, o cantor pediu que a equipe de iluminação jogasse o holofote na plateia para achar o sujeito. Quando isso aconteceu, Mercury bradou ao microfone: “Fale isso novamente, querido”. O provocador, que era um grandalhão, encolheu diante de todos.

Depois da maratona de shows marcada pelo episódio das lâminas de barbear, a banda só fez uma turnê nos Estados Unidos novamente após 1982. Havia boatos de que integrantes do grupo culpavam a imagem de Mercury pelo afastamento do público norte-americano, que era enorme. “Alguns de nós odeiam isso”, Deacon disse à Rolling Stone EUA em 1981, “mas ele é desse jeito e não dá para impedir”. Brian May, no entanto, afirmava que eles não estavam preocupados com o mercado norte-americano: “Sempre havia algum lugar onde éramos o máximo e aonde poderíamos ir e sermos nós mesmos sem nos preocupar”.

Queen seguiu como uma potência ao vivo, que lotava estádios e arenas ao redor do mundo durante boa parte da década de 1980. As turnês eram tão grandes e os shows tão espetaculares que tudo isso se tornou mais um aspecto a trabalhar contra a banda: para algumas pessoas, ela era uma indústria, não arte.

No começo de 1981, o quarteto fez a primeira turnê na América do Sul – uma excursão breve, mas memorável. Parecia uma ambição válida, já que nenhuma grande banda de rock tinha levado os fãs da região suficientemente a sério para empreender um esforço tão grande. O primeiro show foi marcado em Buenos Aires, Argentina, e seria o maior realizado no país até então. Uma ditadura militar governava a nação na época, e o Queen tentou racionalizar a visita. “Estávamos tocando para o povo”, afirmou Taylor. “Não fomos para lá em busca de vendas.”

A banda também tocou no Brasil, mas a imagem do quarteto piorou quando eles aceitaram fazer 12 apresentações em Botsuana e na África do Sul, no Sun City Superbowl, em outubro de 1984. A África do Sul ainda estava dominada pelo Apartheid, e a ONU pedia aos artistas que boicotassem o regime racista. Além disso, o Sindicato de Músicos da Grã-Bretanha proibiu que qualquer um de seus membros se apresentasse no Sun City. O Queen tocou mesmo assim, apesar de uma intensa polêmica na Inglaterra. No final das contas, depois que Mercury perdeu a voz na primeira noite, várias apresentações foram canceladas.

Ao subir ao palco em países de regimes ditatoriais e racistas, parecia que o Queen aprovava esse tipo de poder. “Não gosto de compor músicas com mensagens”, o cantor disse na época. Eles eram artistas, afirmou – uma banda apolítica que não sancionava o governo de um país simplesmente por tocar para seus cidadãos.

Só que as críticas continuaram fortes. No final de 1984, quando ninguém do Queen foi convidado para participar da gravação beneficente “Do They Know It’s Christmas?” – do supergrupo Band Aid, organizado por Bob Geldof e Midge Ure para arrecadar dinheiro para aliviar a fome na Etiópia –, Mercury ficou genuinamente magoado. A banda passou por uma depressão coletiva na época e diversos relatos dizem que os integrantes consideravam se separar ou pelo menos tirar longas férias.

No entanto, alguns meses depois, Geldof convidou os músicos para participar do Live Aid em julho de 1985, no Estádio de Wembley, em Londres (um concerto norte-americano foi realizado simultaneamente na Filadélfia). O Queen inicialmente hesitou – eles se apresentariam durante a luz do dia, o que não gostavam de fazer, e estavam preocupados com a qualidade do som. Além disso, haveria uma competição considerável – Paul McCartneyU2Elton JohnDavid BowieThe Who e Sting com Phil Collins.

Os integrantes provavelmente sabiam que seriam vistos como um corpo estranho no evento, devido aos erros políticos que cometeram nos anos anteriores. Só que Geldof prevaleceu e, 22 minutos depois de subirem ao palco em Wembley no final da tarde de 13 de julho, durante a transmissão mundial do evento, os rapazes do Queen terminaram a apresentação como heróis inesperados. Elton John encontrou a banda nos bastidores: “Filhos da mãe, vocês roubaram o show!”, afirmou.

“Aquele foi o melhor dia de nossas vidas”, disse May. A apresentação reavivou a banda imediatamente. Em setembro de 1985, o Queen começou a trabalhar em Munique, Alemanha, em A Kind of Magic e também se preparou para uma turnê de verão em 1986. “Acho que, provavelmente, somos a melhor banda ao vivo do mundo no momento”, afirmou Taylor. Os shows pareciam confirmar a propaganda. O grupo estava no auge em todos os sentidos. Só que, enquanto isso, Mercury sofria mudanças drásticas e imprevisíveis de humor. Durante uma discussão na Espanha, disse a Deacon: “Não farei isto para sempre, esta provavelmente é a última vez”. A banda ficou em choque.

No final da turnê, a demanda por ingressos era enorme e o Queen acrescentou uma nova data final no Knebworth Park, Inglaterra, em 9 de agosto de 1986. Lá, tocaram para um público de cerca de 200 mil pessoas. Então, tudo acabou. Depois do show, Mercury foi embora apressadamente. Não queria mais ser visto pelo publico que o amavam. O Queen tinha feito sua derradeira performance ao vivo.

No começo dos anos 1980, a Aids começou a se alastrar pelos Estados Unidos – inicialmente centralizada em Nova York, onde cerca de metade das contaminações foram registradas pela primeira vez. Algumas pessoas chamavam a doença mortal de “peste gay”, mas logo ficou aparente que o vírus não discriminava ninguém, embora fosse mais disseminado por usuários de drogas que compartilhavam agulhas e pessoas que faziam sexo sem proteção, especialmente aquelas com vários parceiros. Freddie Mercury caiu nessa última categoria. “Sou apenas um lixo velho que acorda toda manhã, coça a cabeça e se pergunta com quem quer transar”, disse certa vez.

No final da década de 1970 e durante boa parte da de 1980, o Queen considerava Munique sua casa longe de casa – o que, mais tarde, foi motivo de arrependimento. A cidade tinha uma cultura sexual ativa, diversificada e parecia ser o paraíso e o inferno para MercuryMay afirmou que às vezes o vocalista mal conseguia suportar estar no estúdio – “Ele queria fazer a parte dele e cair fora” –, preferindo passar as noites nas discotecas e nos clubes locais. Uma noite, conheceu a atriz Barbara ValentinMercury iniciou um romance apaixonado com ela, ao mesmo tempo que mantinha casos intensos e tempestuosos com diversos homens. Usava drogas e bebia muito; em algumas ocasiões, sofria verdadeiros apagões, e não lembrava o que tinha feito na noite anterior.

Barbara Valentin contou à autora Lesley-Ann Jones que chegou a encontrar Mercury nu na sacada de um apartamento cantando “We Are the Champions” para alguns pedreiros na rua e, depois, gritando: “Quem tiver o maior p** pode subir!”. Há relatos variados sobre como ele lidava com o risco de contrair Aids. Algumas pessoas achavam que esse era o motivo para ele nunca estar ansioso por uma turnê do Queen nos Estados Unidos depois de 1982.

Mas o apresentador de rádio Paul Gambaccini, da BBC, desmente essa ideia ao lembrar de uma conversa que teve com o músico em uma noite de 1984, na boate londrina Heaven, um dos primeiros redutos gays da Europa, que funciona até hoje. O radialista perguntou a ele se a Aids tinha mudado sua atitude sobre o sexo livre. A resposta foi: “Querido, minha atitude é ‘foda-se’. Faço tudo com todos”.

Mercury uma vez disse ao jornalista Rick Sky: “Por natureza, sou muito inquieto e agitado, uma pessoa de verdadeiros extremos, e isso é destrutivo para mim e para os outros”. Em um momento, ele claramente reconsiderou o modo como vivia. No final de 1985, fez um teste de Aids – o resultado foi negativo. Abandonou a cena noturna de Munique e se instalou em uma mansão em Kensington; a ex-namorada Mary Austin, agora atuando como secretária pessoal dele, tinha encontrado a casa em 1980. “Eu vivia para o sexo”, contaria ele mais tarde.

“Fui extremamente promíscuo, mas a doença mudou minha vida.” Em 1987, se submeteu a outro teste de HIV, mas parecia evitar saber o resultado. Depois de tentar contatá-lo várias vezes sem resposta, o consultório do médico responsável entrou em contato com Mary e falou sobre a urgência da notícia: ele tinha sido diagnosticado como HIV positivo. “Senti meu coração desabar”, ela revelou mais tarde. Mercury, no entanto, não contou imediatamente ao resto do Queen. “Sabíamos que algo estava acontecendo”, May chegou a afirmar. “Mas não se falava sobre o assunto.”

Nessa época, Paul Prenter, ex-empresário pessoal de Mercury, já tinha contado a um jornal britânico sobre o primeiro exame de sangue e a imprensa pressionava a banda para comentar a respeito; Mercury insistia que era boato. Alguns amigos imaginavam que ele tinha desenvolvido um problema no fígado por beber demais, embora, em 1987, Barbara tivesse notado cicatrizes no rosto e nas mãos do cantor – possíveis sinais do sarcoma de Kaposi, comum em portadores da Aids antes do desenvolvimento de remédios mais avançados contra a doença.

Quando The Miracle, o 13º álbum do Queen, foi concluído no início de 1989, o vocalista queria começar logo outro LP. Esperava gravar o máximo que pudesse. Mas teria de dizer o motivo aos companheiros. “Ele convidou a todos nós para uma reunião na casa dele”, relembrou TaylorMercury contou a eles: “Vocês provavelmente percebem qual é o meu problema. Bom, é isso, e não quero que faça nenhuma diferença. Não quero que ninguém saiba. Não quero falar sobre isso. Só quero continuar trabalhando até morrer. Gostaria de ter o apoio de vocês”. May disse que ele, Taylor e Deacon ficaram devastados: “Saímos e fomos para algum canto passar mal. Foi a única conversa direta que tivemos sobre a doença”.

O conhecimento afetou o teor do novo álbum, Innuendo (1991). “Isso produziu uma união, uma proximidade”, disse TaylorMay afirmou que, na hora de compor, os músicos sabiam que iriam enfrentar o assunto final da história do grupo, mas os hábitos da banda dificultaram a comunicação sobre isso. “Não conversávamos sobre as letras”, falou o guitarrista em 2004 à revista Mojo. “Estávamos envergonhados demais para dialogar sobre elas.” Innuendo aborda a morte iminente de uma forma tão memorável e graciosa quanto qualquer obra poderia almejar fazer, e faz isso sem um instante sequer de autopiedade.

“Ele foi muito consciente perto do fim”, afirmou May. “Às vezes, Freddie não conseguia vocalizar [o que queria dizer] e nós, de certa forma… isso pode soar estranho, mas acho que Roger e eu falamos por ele ao compor algumas das letras. Porque ele estava quase além do ponto em que poderia colocar aquilo em palavras. Então, músicas como ‘The Show Must Go On’, no meu caso, ou ‘Days of Our Lives’, no caso do Roger, eram coisas que demos ao Freddie como uma forma de ele trabalhar aquilo conosco. E isso não foi falado. Éramos nós tentando encontrar o final antes de chegarmos lá.” Taylor acrescentou: “Estávamos determinados a ficar juntos até o fim”.

“Estranhamente, havia alegria”, continuava May. “Freddie tinha dores, mas dentro do estúdio havia uma espécie de proteção, e ele podia ser feliz e aproveitar o que mais gostava de fazer.” Às vezes, isso durava poucas horas por dia, porque o cantor ficava muito cansado. “Só que, durante aquelas horas, rapaz, ele dava muito de si. Quando não conseguia ficar em pé, costumava se apoiar em uma mesa e tomar vodca: ‘Vou cantar até sangrar’.”

Depois de Innuendo, o vocalista mais uma vez queria continuar a gravar – e concluir outro álbum, se possível. “Freddie disse: ‘Escreva coisas para mim, continue me dando palavras. Eu cantarei”, Brian May relembrou. O resultado foi lançado em Made in Heaven (1995). “Ele continuou porque gostava daquilo”, Mary contou há alguns anos. Jim Hutton, namorado de longa data do cantor que morou com ele até o fim, concordava: “Se não fosse pela música, ele não teria se mantido vivo”.

Em setembro de 1991, Mercury já havia gravado o máximo que podia e se aposentou em sua casa em Kensington. Continuou cauteloso com o que contava aos pais. Evita visitas – não queria que o vissem com o corpo degradado.

Parou de tomar remédios e teve crises de cegueira. Mesmo assim, insistia em negar que tinha a doença até a noite de 23 de novembro de 1991, quando emitiu um comunicado admitindo a condição: “Após uma enorme conjectura na imprensa, quero confirmar que fui diagnosticado como HIV positivo e tenho Aids. Sinto que era correto manter essa informação privada para proteger a privacidade dos que me cercam. Entretanto, chegou a hora de meus amigos e fãs em todo o mundo saberem a verdade, e espero que todos se juntem a mim, a meus médicos e a todos no mundo inteiro na luta contra essa terrível doença”. Segundo relatos, ele pareceu mais em paz depois disso.

No começo da noite seguinte, Peter Freestone, assistente do vocalista, e Hutton se preparavam para trocar os lençóis do cantor quando viram que ele não respirava mais. “Ele se foi”, disse Hutton. Freddie Mercury tinha 45 anos. Freestone ligou para Taylor, que estava a caminho para uma visita. O funeral aconteceu alguns dias depois, em uma cerimônia zoroastrista. Aretha Franklin cantou e a soprano Montserrat Caballé apresentou uma ária de Verdi. O corpo foi cremado e Mary Austin – a única pessoa em que o astro dizia realmente confiar e para quem deixou a mansão onde morava – colocou as cinzas em um local que nunca revelou.

Em abril de 1992, os três integrantes remanescentes do Queen fizeram um tributo ao vocalista no Estádio de Wembley e lançaram o Mercury Phoenix Trust, que continua arrecadando dinheiro para diversas organizações que lutam contra a Aids. Depois do show, a banda se desfez por 13 anos. Deacon se aposentou totalmente, exceto para as sessões que concluíram Made in Heaven, que incluiu gravações nas quais Mercury tinha trabalhado em seu último ano de vida.

Todas eram músicas sobre o esplendor do amor e a despedida das coisas terrenas. “Nunca superei a morte dele”, Taylor disse mais tarde. “Nenhum de nós superou. Acho que pensávamos que podíamos digerir rapidamente, mas subestimamos o impacto da morte de Freddie em nossas vidas. Para nós que ficamos, é como se o Queen tivesse sido em uma vida passada”.

Algumas pessoas não gostavam de como Mercury viveu e morreu. Homofóbicos viam a deterioração dele como uma punição pela homossexualidade e promiscuidade. Outros, que atuavam no trabalho sobre a conscientização da doença, repreendiam-no por não reconhecer sua condição antes de estar perto do fim. E esses julgamentos seguirão Mercury, mas, se a música que ele fez for alguma indicação, havia um qualidade quase sacra em suas falhas.

Em diversas faixas ele cantou sobre mortalidade, desolação solitária e esperança, mas também implorou por algum santuário inatingível. Fez isso em “Save Me”, de The Game: “Não tenho uma determinação real/ Salve-me/ Não posso enfrentar esta vida sozinho”. Ele sentia que precisava ficar sozinho, como na infância. “Esta pode ser uma vida muito solitária”, afirmou, “mas eu a escolho”.

Em vez de um refúgio doméstico, buscou êxtase e inquietude durante boa parte da vida, e obviamente a escolha teve um custo. O hit “Don’t Stop Me Now” revelou o modo de ser do artista com uma simplicidade eufórica: “Sou um foguete a caminho de Marte/ Em uma rota de colisão/ Sou um satélite fora de controle/ Sou uma máquina de sexo pronta para recarregar”.

Em “Was it All Worth it”, enfrentou os excessos sem se poupar e descobriu a resposta: “Valeram a pena todos esses anos?/ Não importava se vencêssemos ou perdêssemos/ Vivíamos e respirávamos o rock/ Valeu a pena?/ Sim, foi uma experiência válida/ Valeu a pena”. Ele sabia que tinha pouco tempo de vida quando cantou essas palavras. Não havia espaço para falsas esperanças. “Meus erros são responsabilidade minha”, cantou.

These Are the Days of Our Lives”, a música mais emblemática que Mercury cantou no final, foi composta para ele por Taylor. É uma faixa sobre o cantor aceitar tudo o que fez na vida e olhar para a morte com graça resoluta. O clipe traz os últimos momentos dele diante de uma câmera. É um homem prestes a morrer – estava dolorosamente magro, e quem estava presente nas filmagens disse que até o toque da roupa em sua pele lhe causava agonia.

No entanto, está totalmente presente nesses momentos – está ainda luminoso. Ele olha para o céu, de braços abertos, então fixa os olhos na lente da câmera enquanto diz o que lhe resta: “Aqueles foram os dias de nossas vidas – sim/ Havia pouquíssimas coisas ruins na vida/ Agora aqueles dias se foram, mas uma coisa ainda é verdadeira/ quando olho e percebo/ Que ainda te amo”. Nesses momentos, Mercury é tão resoluto quanto sempre foi: encontrou a sabedoria de um jeito árduo – talvez, do único jeito possível para ele. A morte o salvou.

Queen veio ao Brasil com Freddie Mercury em duas ocasiões, e ajudou a mudar o showbusiness nacional. A primeira vez foi em março de 1981, quando tocou em São Paulo. A banda se apresentou em duas noites no Estádio do Morumbi (nos dias 20 e 21) e inaugurou a era dos megashows em nosso território.

Em plena forma e com a ajuda de som e iluminação de primeira, o grupo mostrou um repertório calcado no então recém-lançado The Game. Em janeiro de 1985, eles foram uma das atrações da primeira edição do Rock in Rio. Com a grandiosidade de sempre, o quarteto tocou nos dias 11 e 18 e, além dos hits, aproveitou para apresentar faixas do disco The Works.

A carreira solo de Freddie Mercury começou em 1973, quando, com o pseudônimo Larry Lurex, ele lançou um obscuro single com as canções “I Can Hear Music” (The Ronettes) e “Goin’ Back” (Gerry Goffin e Carole King).

Em 1985, gravou o LP Mr. Bad Guy, muito criticado pelos fãs radicais do Queen, que não entenderam que, sem o resto do quarteto, ele não queria saber de rock. Em incursão solo, o interesse de Mercury era um tipo de música hedonista, dançante e debochada, como o hit “I Was Born to Love You”.

No ano seguinte, ele teve sucesso com o single “The Great Pretender”, regravação de um clássico do The Platters. Grande admirador de ópera, o vocalista do Queen realizou um sonho em 1988, quando gravou ao lado da soprano espanhola Montserrat Caballé o disco Barcelona, que teve como destaque “How Can I Go On”.

 

Fonte: https://rollingstone.uol.com.br

De acordo com o guitarrista do Queen, a banda e o cantor sofreram para achar um equilíbrio entre quem controlava o rumo das coisas

No programa de rádio Ultimate Classic Rock NightsBrian May contou ao apresentador lendário Uncle Joe Benson quais foram as principais dificuldades que o Queen enfrentou durante a composição e gravação do clássico “Under Pressure“, feita em parceria com David Bowie.

Segundo o guitarrista, ao longo desse processo, a banda e o artista solo sofreram para achar um equilíbrio entre quem controlava o rumo das coisas, e foi o Camaleão do Rock que eventualmente saiu vitorioso.

Apesar de terem se reunido ainda sem nada muito concreto, cada um dos músicos tinha uma preferência sobre o caminho a ser seguido. “Fomos lá [no estúdio] com uma folha em branco”, relembrou May.  Ele se recordou também que, inicialmente, a canção se chamava “People on the Streets“, e que esse nome durou “um dia e meio provavelmente”.

Um dos principais desentendimentos, porém, surgiu quando John Deacon apresentou o riff de baixo que se tornaria icônico e marca registrada da música. “Lembro que o David Bowie falou para o John ‘Não, não faz desse jeito’, e o John respondeu: ‘Como é? Eu sou o baixista, certo? Então é assim que eu faço'”.

Sobre a letra e a melodia, o guitarrista do Queen revelou que a banda aceitou seguir as direções dadas por Bowie: “Os vocais foram construídos de forma bem inovador, que vieram do David, porque ele tinha experiência com esse método avant-garde de construção”.

Essa técnica exigia que cada um dos integrantes entrasse na cabine de gravação e, com o instrumental tocando de fundo, cantasse a primeira coisa que viesse à cabeça. “E é nisso que ‘Under Pressure‘ é baseada. Todos esses pensamentos aleatórios”, finalizou.

 

Fonte: https://rollingstone.uol.com.br

Mais uma vez o Itaú cria seu comercial para o Rock in Rio com uma música do Queen, este ano com música “Somebody To Love” como tema, porque Queen é a cara do Rock in Rio!!

“Quem busca as diferenças se encontra. Se encontra na música, se encontra em um abraço e se encontra no Rock In Rio. Itaú. Patrocinador Master do Rock In Rio #BusqueAsDiferenças ”

Guitarrista revelou a informação em uma carta escrita para a revista britânica Classic Rock Magazine

Brian May escreveu a carta “Porque Eu Amo John Lennon” nesta segunda, 8, para a revista britânica Classic Rock Magazine. Na mensagem, o guitarrista do Queenrelembra momentos da infância e de como os Beatles influenciaram em sua vida.

Esse não é o primeiro comentário de Brian May sobre o quarteto de Liverpool. Enquanto se preparava para uma turnê pela América do Norte em julho deste ano – ao lado de Roger Taylor e Adam Lambert – , o guitarrista comparou a trajetória dos Beatles com os anos de estrada que ele vivenciou com o Queen.

“Hoje, eu estava pensando que é uma pena que os Beatles nunca tenham tido a chance de se entregar a si mesmos e aos seus fãs em tal fantasia. A vida em turnê tornou-se incontrolável para eles depois de poucos anos de fama”, lamentou o músico.

Enquanto isso, na carta o guitarrista reconheceu o Beatles como “o grupo de rock perfeito para inspirar todos os outros e reescrever o quadro, não apenas da música popular, mas de toda a cultura dos jovens”.

“Eu não tinha permissão para assistir os concertos dos Beatles quando era criança. Meus pais acreditavam que os shows de pop eram frequentados pelo grupo errado de pessoas. Então, eu nunca consegui ver o maior o maior fenômeno do século 20 ao vivo.

No entanto, a partir do momento que ouvi no rádio ‘Love Me Do’ eu sabia que os caras eram mágicos. Eles deram voz à minha alegria e angústia escondidas quando era adolescente e estava sofrendo para entrar no mundo dos anos 1960.

É impossível duvidar que a combinação dos quatro rapazes fosse única, uma peça mágica em um milhão – o grupo de rock perfeito para inspirar todos os outros e reescrever o quadro, não apenas da música popular, mas de toda a cultura dos jovens.

Apesar disso, com o passar dos anos ficou aparente que John Lennon estava no coração de todo esse poder incrível.

Ao lado do amigo e gênio melódico Paul McCartney, o emergente fogo espiritual de George Harrison e, sem dúvida, o baterista mais original de sua época Ringo Starr, era Lennon que manteve os Beatles firmemente fora do comum e nos extremos da criatividade perigosa.

Não há espaço suficiente aqui para narrar todas as obras de Lennon, mas ouça ‘Tomorrow Never Knows,’ ‘Lucy in the Sky With Diamonds,’ ‘I Am the Walrus’ e ‘Strawberry Fields Forever’ e depois me diga que você não se surpreende. Nunca algo como como esses trabalhos foi realizado em toda história.

Lennon, de um adolescente menos que glamuroso com um chip no ombro, transformou-se no cara mais legal do mundo.

Ele era legal o suficiente para escrever uma das maiores músicas de pop adolescente de todos os tempos (na minha humilde opinião, etc.) ‘I Want to Hold Your Hand’; para adotar a psicodelia e conseguir torná-la válida na música; para sair dos Beatles quando sentiu tudo se tornar um jogo superficial do qual não queria fazer mais parte; e depois de colocar todo o seu ser ao promover a paz no trabalho solo e produzir os melhores, mais ousados e reveladores discos já feitos, os quais incluem músicas como ‘Jealous Guy,’ ‘God’ e o hino imortal da humanidade ‘Imagine.’

Para todos nós musos da pós-revolução (seja lá o que isso foi), Lennon foi, é e sempre será…isso. Descanso meu caso.”

 

Fonte: https://rollingstone.uol.com.br

O guitarrista Brian May havia anunciado que um “álbum” está em andamento

Rumores de que um novo disco do Queen estaria a caminho começaram a circular na última semana, com uma publicação de Brian May nas redes sociais.

No entanto, Adam Lambert, que se juntou à banda em 2011 para a turnê Queen + Adam Lambert, negou as especulações e disse que “não sabe nada.”

Recentemente, May compartilhou, no Instagram, uma mensagem de vídeo gravada para o anúncio de um álbum, que ainda não foi revelado.

Enquanto isso, durante uma entrevista com Alan Light para a rádio SiriusXMLambert comentou sobre as especulações. “Vi uma notícia sobre isso”, disse ele. “Mas eu não sei nada.”

O cantor também observou que, dada a paixão do guitarrista e compositor do Queen por fotografia estereoscópica, a palavra “álbum” pode se referir a um álbum de fotos, e não a álbum de músicas.

“Tem muitos pequenos projetos nos quais ele está trabalhando”, afirmou Lambert. “Ele está trabalhando em algo no espaço… não sei o que significa, ainda não perguntei a ele.”